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Antidepressivos e álcool: que efeitos essa combinação tem?

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A interação entre álcool e antidepressivos ainda não é totalmente conhecida. Muitas vezes, depende da quantidade de álcool consumida ou do tipo de antidepressivo usado.
Antidepressivos e álcool: que efeitos essa combinação tem?
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 janeiro, 2023

Muitas pessoas combinam medicamentos antidepressivos e álcool sem saber que essa combinação de substâncias pode trazer sérias consequências para a saúde.

Além disso, 15% das pessoas que sofrem de um distúrbio do tipo afetivo têm dependência de álcool, o que piora ainda mais a situação.

O que são os antidepressivos?

Os antidepressivos são uma opção de tratamento bem conhecida para a depressão, uma doença que afeta 15% da população.

No corpo, temos substâncias chamadas neurotransmissores responsáveis ​​pela transmissão de sinais. Um deles regula o humor e sua deficiência leva à depressão. Trata-se da serotonina, embora ela não seja o único neurotransmissor envolvido nesta doença.

Dessa maneira, os antidepressivos visam aumentar a concentração desses neurotransmissores no corpo e, assim, reverter esse estado patológico da mente.

Existem diferentes tipos de antidepressivos, como:

  • Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs).
  • Inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (SNRIs).
  • Antidepressivos atípicos.
  • Antidepressivos tricíclicos.
  • Inibidores da monoamina oxidase (MAOIs).

Que efeitos eles produzem?

Apesar de terem um mecanismo de ação diferente, todos são projetados com o objetivo descrito. Entre os efeitos colaterais que podem ocorrer no corpo em decorrência de seu uso, podemos destacar:

  • Fadiga e sonolência
  • Náuseas
  • Insônia
  • Boca seca
  • Visão turva
  • Constipação
  • Agitação, inquietação e ansiedade

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O perigo de misturar antidepressivos e álcool

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A interação entre álcool e antidepressivos ainda não é totalmente conhecida. Muitas vezes, depende da quantidade de álcool consumida ou do tipo de antidepressivo usado.

Por exemplo, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, como vimos, aumentam a concentração desse neurotransmissor, impedindo sua a recaptação. O álcool, por outro lado, também aumenta os níveis de serotonina, embora temporariamente.

Dessa forma, uma pessoa que toma antidepressivos e álcool corre o risco de ter muita serotonina no cérebro e, consequentemente, desenvolver a síndrome da serotonina.

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O que é a síndrome de serotonina?

Como comentamos, é um quadro clínico desencadeado pelo excesso de serotonina. Sua gravidade é altamente variável e depende da causa desencadeante.

O paciente sofre de inquietação, agitação, pressão alta, espasmos musculares e diarreia. Mesmo em casos mais graves, a vida do paciente pode estar em perigo.

Por outro lado, se o consumo de álcool for crônico e prolongado, pode levar a baixos níveis de serotonina. A razão para isso é que nosso corpo se adapta às substâncias psicoativas por um fenômeno conhecido como habituação.

Assim, ao se acostumar à ingestão de álcool, os sintomas depressivos aparecem porque reduzem a serotonina disponível. Se, além disso, forem tomados antidepressivos, o resultado será uma diminuição da sua eficácia.

Efeitos da combinação de antidepressivos e álcool

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Os efeitos resultantes dessa combinação de substâncias são um agravamento dos efeitos adversos dos medicamentos antidepressivos. Alguns exemplos são:

  • Agravamento do quadro depressivo: consumir álcool pode neutralizar os efeitos benéficos dos antidepressivos, gerando uma maior dificuldade no tratamento dos sintomas.
  • Atividade cognitiva reduzida: o álcool afeta os tempos de coordenação, pensamento e reação. Portanto, se as duas substâncias forem combinadas, esses efeitos serão agravados pelos efeitos dos antidepressivos no sistema nervoso central.
  • Efeitos sedativos: alguns antidepressivos podem causar sonolência. Este efeito também é característico do álcool. Portanto, quando as duas substâncias são tomadas em conjunto, o efeito sedativo pode ser intensificado. Você precisa ter um cuidado especial se quiser dirigir, por exemplo.
  • Risco de morte: essa é obviamente a consequência mais séria da combinação de antidepressivos e álcool. É produzida por um quadro sério da síndrome da serotonina, explicado na seção anterior.

Conclusões

O consumo conjunto de antidepressivos e álcool pode ter sérias consequências. Assim, antes de iniciar um tratamento com este tipo de medicamento, é muito importante que você converse com o seu médico a respeito do seu consumo de álcool ou se você tem algum tipo de patologia com esta substância. Caso contrário, as consequências podem ser fatais.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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