Ansiolíticos ou medicamentos para a ansiedade
Está comprovado que o estilo de vida que a sociedade mantém atualmente costuma gerar estados de nervosismo que tornam necessário o uso de ansiolíticos, os medicamentos para a ansiedade.
No entanto, essa emoção é um mecanismo natural do organismo, por isso sempre esteve presente ao longo da história e está ligada à reação de alerta a um perigo iminente.
O problema surge quando o estresse, a pressão e as preocupações excessivas fazem com que esse estado se torne patológico, como veremos ao longo deste artigo. Nesse caso, deverá ser considerada a administração de substâncias farmacológicas para reverter a situação.
O que é a ansiedade?
Como dissemos no início, a ansiedade é uma sensação normal do organismo. Surge com o objetivo de nos defendermos de situações de perigo ou preocupação, preparando o corpo para responder com mais eficácia nesses momentos.
Porém, há pessoas que não conseguem lidar com essa emoção e a sofrem em situações normais da vida cotidiana, o que interrompe as rotinas do seu dia a dia.
Por isso, quando alguém sente ansiedade com uma certa frequência sem que pareça haver um motivo que justifique esse estado de nervosismo, estaríamos falando de um transtorno específico.
Os pacientes que sofrem desta doença podem apresentar diversos sintomas desagradáveis, que serão tratados com medicamentos para a ansiedade. Dentre eles, podemos citar os seguintes:
- Taquicardia e palpitações.
- Suor excessivo
- Tremores nas extremidades.
- Dificuldade para respirar.
- Náusea e sensação de um nó no estômago.
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Remédios para a ansiedade
Felizmente, para o tratamento desta doença, dispomos de diversos tipos de medicamentos. Os mais usados são os ansiolíticos e os antidepressivos.
Medicamentos para a ansiedade: ansiolíticos
Para que se possa adquirir estes medicamentos, o médico deve prescrevê-los, pois eles não são de venda livre. Alguns deles são os que pertencem ao grupo das benzodiazepinas ou dos barbitúricos, entre outros.
Esses fármacos devem sua eficácia ansiolítica à capacidade de potencializar os efeitos do neurotransmissor GABA. Essa substância é responsável pela inibição do sistema nervoso central, ou seja, produz efeitos como:
- Promove o controle dos estados de estresse, ansiedade e pressão mental.
- Ajuda a conciliar o sono.
- Estimula a produção do hormônio do crescimento.
Ao interagir com o receptor do neurotransmissor GABA, todos os seus efeitos são potencializados, sendo eficazes no tratamento da ansiedade.
No entanto, lembre-se de que os medicamentos ansiolíticos usados para tratar a ansiedade podem provocar uma série de reações adversas das quais é importante estar ciente. Nesse sentido, os benzodiazepínicos podem produzir tolerância e dependência no paciente que os toma.
Por isso, as pessoas em tratamento com esse tipo de ansiolítico devem estar sob supervisão e controle e, no caso de interrupção do tratamento, esta deve ser feita de forma progressiva e nunca repentina, pois uma síndrome de abstinência pode ser desencadeada.
Medicamentos para a ansiedade: antidepressivos
Os antidepressivos são outro grupo terapêutico indicado nos casos de ansiedade; na verdade, são a primeira linha de tratamento. Em especial, utilizam-se principalmente os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, o ISRS.
Há diversos estudos, como este de uma equipe da Universidade de Ciudad Real (Espanha), que sugerem que a serotonina está altamente implicada nos transtornos de ansiedade, embora as pesquisas ainda estejam em andamento nesta área.
O certo é que esses antidepressivos apresentam uma alta especificidade contra a ansiedade e têm menos consequências adversas do que o grupo de medicamentos anterior. No entanto, como todos os medicamentos no mercado, também pode desencadear alguns efeitos colaterais, como:
- Sonolência.
- Aumento de peso.
- Disfunção sexual
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Fique longe do que prejudica a sua saúde
Muitas pessoas dependem de substâncias tóxicas, como o álcool e o tabaco, para combater a ansiedade. No entanto, tudo que elas fazem é agravá-la ainda mais.
Por isso, é fundamental que você consulte um profissional para que ele possa orientá-lo sobre o tratamento mais adequado para o seu caso. Você nunca deve ingerir nada por conta própria ou recorrer a elementos prejudiciais, pois poderá agravar a sua condição.
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