Alopecia infantil: causas e tipos

A alopecia infantil é a perda excessiva de cabelo que pode ocorrer em crianças menores de 12 anos. No início, o problema costuma passar despercebido, pois muitos pais veem a queda de cabelo como um sintoma normal da fase de crescimento.
Porém, em alguns casos ela tende a ser perceptível, principalmente porque o volume dos cabelos diminui drasticamente e, inclusive, é possível ver áreas calvas. Quais são as suas causas? Como a alopecia infantil é classificada? A seguir, detalhamos os aspectos mais relevantes desta condição.
Qual é a causa da alopecia infantil?
Segundo informações da American Hair Loss Association, a alopecia infantil corresponde a 3% de todas as consultas ao pediatra em países como os Estados Unidos. Para muitos, é um assunto preocupante não só pela sua possível relação com problemas de saúde, mas também pelo impacto emocional na criança.
Felizmente, na maioria dos casos, é um problema temporário e geralmente é resolvido com a intervenção adequada do profissional. No entanto, para determinar o melhor tratamento é aconselhável primeiro fazer um diagnóstico. Ou seja, é necessário estabelecer qual é a causa da alopecia e de que forma ela se apresenta.
Em muitos casos a alopecia em crianças é o resultado de processos infecciosos no couro cabeludo ou de fatores genéticos. No entanto, existem outros possíveis gatilhos que podem explicá-la. Entre estes, estão incluídos os seguintes:
- Doenças: hipotireoidismo, lúpus eritematoso, câncer infantil, entre outros.
- Distúrbios metabólicos
- Déficit nutricional (deficiência de zinco ou ferro, por exemplo).
- Por tração.
- Emocional (divórcio dos pais, bullying, etc…).
Como a alopecia infantil é classificada?
A alopecia infantil geralmente é dividida em cicatricial e não cicatricial. Na primeira há destruição do folículo e, consequentemente, um efeito permanente e irreversível. Enquanto isso, na segunda, o efeito é reversível. Quais são os tipos de alopecia pediátrica?
Alopecia occipital
Conforme detalhado em artigo publicado na revista Annals of Dermatology, ocorre nos primeiros meses de vida devido à evolução do ciclo folicular que se desenvolve no período fetal e neonatal.
Na 20ª semana de gestação o couro cabeludo já apresenta folículos em fase de crescimento, que com o passar dos meses entram na fase de queda. É no momento do nascimento que a queda é observada abruptamente. Não precisa de tratamento; o cabelo irá repovoar a área por si só.
Alopecia triangular congênita (CTA)
Tudo começa no útero. É caracterizada pela presença de uma placa triangular sem cabelo na região temporal do couro cabeludo, em um ou em ambos os lados. A queda de cabelo não se espalha para outras regiões. É permanente, ou seja, não tem tratamento.
Eflúvio telógeno e anágeno
As crianças que apresentam este tipo de problema sofrem com uma queda de cabelo intensa. Geralmente está relacionada às seguintes condições:
- Doenças endócrinas.
- Doenças crônicas.
- Déficit nutricional.
- Quimioterapia.
- Medicamentos.
- Intervenções cirúrgicas.
- Febre intensa
- Vacinação.
O tratamento consiste em diagnosticar a causa que originou o problema e solucioná-la. É a variante mais comum da alopecia difusa na infância.
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Alopecia areata
É um processo inflamatório crônico de origem imunológica. A queda de cabelo ocorre pela detenção abrupta do folículo em certas áreas, seja na cabeça ou no corpo (como pernas ou braços).
Em geral, começa antes dos 20 anos e tem tratamento. Sua principal causa são tensões emocionais ou momentos de intenso estresse, como períodos de exames escolares, algum tipo de abuso emocional e físico de crianças ou divórcio dos pais.
Alopecia de tração infantil
Tranças, rabos de cavalo ou penteados muito apertados podem causar a queda de cabelo nas meninas. Este tipo de alopecia é provocada por puxar continuamente o cabelo em certas áreas. Em alguns casos, torna-se irreversível. Recomenda-se evitar gerar tensão no cabelo e deixá-lo relaxado e livre.
Alopecia tricotilomania
Causada por quadros de forte ansiedade nos quais a criança tende a arrancar os cabelos, causando a alopecia. O tratamento consiste em fazer um acompanhamento psicológico para apurar a causa. É considerado um tique nervoso, que se localiza mais frequentemente na região da nuca e da franja.
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Alopecia por micoses
Causada pela presença de fungos. Observa-se uma área localizada com queda de cabelo. É transmitida pelo contato direto com outra criança, que pode ocorrer na escola, pelo compartilhamento de uma escova de cabelo ou toalha. Tratamentos caseiros não devem ser realizados. O dermatologista indicará a medicação adequada.
Alopecia devido a tratamentos oncológicos
Não é observada apenas na cabeça, mas também no rosto e no corpo. Recomenda-se não usar remédios e esperar o término do tratamento oncológico para que o cabelo volte a crescer.
O que mais você deve saber sobre a alopecia infantil?
Em geral, cada tipo de alopecia é mais comum em uma determinada faixa etária.
- Alopecia occipital e triangular ocorrem em bebês ou crianças pequenas.
- Eflúvio telógeno e anágeno, a tricotilomania, os tumores, a micose e alopecia areata ocorrem no final da infância ou adolescência.
Em todo caso, o ideal é ir ao pediatra ou dermatologista para obter um diagnóstico adequado. O profissional, uma vez determinada a origem da alopecia, é quem vai decidir quais são as opções de tratamento mais adequadas.
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