Como deve ser a alimentação em caso de ácido úrico elevado?

No tratamento da hiperuricemia, existem dois objetivos claros: aumentar a excreção de ácido úrico na urina e personalizar 100% da dieta da pessoa para que ela não seja rica em purinas.
Como deve ser a alimentação em caso de ácido úrico elevado?
Eliana Delgado Villanueva

Escrito e verificado por a nutricionista Eliana Delgado Villanueva.

Última atualização: 19 abril, 2023

Os problemas de ácido úrico elevado estão diretamente relacionados a uma má alimentação, visto que as purinas que os provocam são encontradas principalmente nas pessoas que levam um tipo de vida pouco saudável. Por esse motivo, neste artigo vamos propor alguns alimentos que poderão ajudá-lo a melhorar essa situação.

É verdade que os níveis desse ácido também aparecem dentro do nosso corpo sem ajuda externa. No entanto, em condições normais, 80% dos níveis de ácido úrico podem ser controlados seguindo determinadas dietas.

O que significa ter o ácido úrico elevado?

O que significa ter o ácido úrico alto?
Se o ácido úrico estiver alto no sangue, ele se depositará nas articulações na forma de cristais, causando inflamação e dor.

A hiperuricemia consiste em ter o ácido úrico alto no sangue. O sintoma mais temido desta doença é o ataque de gota, que ocorre quando o ácido úrico fica depositado nas articulações. A gota causa uma dor intensa e deve ser evitada o máximo possível.

Com uma boa dieta, prescrita por um nutricionista, é possível reduzir os níveis de ácido úrico no sangue e aumentar o controle da situação para evitar que surjam ataques de gota.

O que é considerado um nível elevado de ácido úrico?

De acordo com os especialistas de saúde, os níveis corretos de ácido úrico são aqueles que estão entre  2,4 e 5,7 mg/dl em mulherese entre 3,4 e  7,0 mg/dl em homensPortanto, qualquer valor que exceda esses limites é considerado um indicador de hiperuricemia e deve ser tratado a tempo, antes que a condição possa piorar.

Como deve ser a alimentação em caso de ácido úrico elevado?

Em nossa alimentação, devemos reduzir os alimentos ricos em purinas, pois quando eles se decompõem no corpo, resultam na hiperuricemia. Felizmente, existem alguns alimentos que podem ajudar a diminuir o ácido úrico se forem consumidos regularmente:

Alimentos com baixo teor de purina que podemos consumir

Quais alimentos devo consumir se eu tiver ácido úrico alto?
Os laticínios são considerados alimentos com baixo teor de purina, motivo pelo qual são recomendados em uma dieta para a hiperuricemia.

Existem alimentos com baixas concentrações de purinas na sua composição que podem ser incluídos na nossa dieta sem problemas. Esses alimentos são:

  • Laticínios
  • Vegetais: exceto alguns que serão mencionados abaixo
  • Raízes e tubérculos
  • Frutas ricas em vitamina C
  • Oleaginosas sem sal

Devemos prestar atenção a todos os alimentos, pois todos eles contêm purinas em maior ou menor grau. Com um planejamento adequado, podemos obter ótimos resultados.

Alimentos com teor médio de purina

Alimentos com teor médio de purina
Os cogumelos são alimentos de consumo moderado em uma dieta para reduzir o ácido úrico, uma vez que a presença de purinas é limitada.

Estes são alimentos com concentrações médias de purina, cujo consumo deve ser um pouco mais moderado em comparação com a lista anterior. Esses alimentos são:

  • Carnes brancas
  • Cogumelos e aspargos
  • Leguminosas: exceto favas e lentilha
  • Couve-flor
  • Espinafre

Esse tipo de alimento pode ser incluído na dieta, mas seu consumo não deve ser abusivo.

Quais alimentos devem ser evitados?

Quais alimentos devem ser evitados?
A carne vermelha, junto com o peixe e os frutos do mar, devem ser totalmente evitados se quisermos reduzir o ácido úrico no sangue.

As gorduras animais e os alimentos ricos em purina são aqueles que devem ser limitados. Estes incluem vísceras, caldos concentrados, molhos e sopas feitas com pedaços de carne. Também devemos evitar os peixes, principalmente peixes oleosos, como a sardinha, a anchova, o biqueirão, o salmonete, o camarão e a cavala.

consumo de álcool e produtos processados ​​não é recomendado para diminuir os níveis de ácido úrico do corpo ou impedir que eles aumentem, por isso é melhor eliminá-los ou limitar bastante a sua ingestão.

Aspectos a considerar no que diz respeito à alimentação em caso de ácido úrico elevado

No caso das frutas, devemos controlá-las bem, porque, por um lado, elas são muito boas (possuem pouca quantidade de purinas), mas, por outro lado, têm altas concentrações de frutose, que uma vez no organismo, gera purinas.

O tipo de cozimento também pode ser importante em caso de hiperuricemia. Se o alimento for fervido, é possível reduzir o número de purinas do mesmo. Pratos fervidos ou cozidos são opções melhores do que aqueles fritos ou preparados com grandes quantidades de óleo, por exemplo.

Beber água com frequência

A bebida por excelência que devemos tomar é a água. Devemos aumentar o nosso consumo de água caso este não seja suficiente. É preciso tentar beber pelo menos 2 litros de água por dia, conforme indicado nas recomendações gerais. Se mantivermos uma dieta rica em frutas e legumes, além de caldos, sopas ou infusões, também estaremos consumindo água.

Embora essas dicas possam ajudá-lo a diminuir seus níveis de hiperuricemia, é importante que você consulte seu médico, que fará uma avaliação e poderá prescrever o tratamento mais adequado para a sua condição.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Escudero, C., Bertoglia, P., Muñoz, F., & Roberts, J. M. (2013). Purinas y ácido úrico en pre-eclampsia: interacciones fisiopatológicas y proyecciones en investigación. Revista médica de Chile, 141(7), 895-902.
  • Contreras Roura, J. (2012). Errores innatos del metabolismo de las purinas y otras enfermedades relacionadas. Revista Cubana de Pediatría, 84(2), 197-200.
  • Álvarez-Lario, B., & Alonso-Valdivielso, J. L. (2014). Hiperuricemia y gota: el papel de la dieta. Nutricion hospitalaria, 29(4), 760-770.
  • Menéndez, E., Milano, C., Alassia, F., Carreras, R., Casonú, M., Cipres, M., … & Elbert, A. E. (2016). Nutrición e hiperuricemia. Revista de Nefrología, Diálisis y Trasplante, 36(4), 246-252.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.