Logo image
Logo image

7 alimentos que você deve evitar caso sofra de refluxo ácido

4 minutos
Embora estes alimentos sejam os mais relacionados ao refluxo ácido, você deve avaliar quais estão causando mais problemas e tentar evitá-los.
7 alimentos que você deve evitar caso sofra de refluxo ácido
Eliana Delgado Villanueva

Revisado e aprovado por a nutricionista Eliana Delgado Villanueva

Última atualização: 24 agosto, 2022

O refluxo ácido é uma condição digestiva caracterizada por uma forte sensação de ardor na parte superior do abdômen que quase sempre se estende para o esôfago e a boca. Ele ocorre quando o esfíncter esofágico inferior se enfraquece, facilitando a passagem de substâncias ácidas até a parte superior do corpo.

A dor que se percebe pode ser leve ou forte. Em alguns casos, essa dor pode ser confundida como sintoma de um infarto do miocárdio.

Sua causa principal é a má combinação de alimentos e as refeições pesadas. No entanto, também pode surgir devido a anomalias específicas do esôfago e problemas digestivos. Embora geralmente seja de caráter e não grave, é fundamental tratar para não dar origem a outras complicações.

Além disso, para controlar o refluxo por completo, você deve evitar alguns alimentos cuja composição tendem a piorar o problema.

Neste artigo, compartilhamos em detalhes os 7 principais alimentos que você deve evitar caso sofra de refluxo ácido.

1. Carnes vermelhas e sua relação com o refluxo ácido

Some figure
A carne vermelha é uma importante fonte de proteína, podendo estar presenta na dieta de forma regulada.

As carnes vermelhas são uma importante fonte de proteínas que, em porções mínimas, podem beneficiar o organismo. Apesar disso, elas não são recomendadas para a dieta dos pacientes com refluxo ácido, já que muitos de seus componentes demonstraram poder agravar o sintoma.

Suas purinas e compostos ácidos afetam o processo digestivo e aumentam a produção de sucos ácidos. Além disso, é um alimento rico em gorduras que pode causar digestões lentas e prisão de ventre.

Leia também: Quantas vezes por semana devemos comer carne?

2. Café

O delicioso sabor e poder energético do café fazem dele uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo. Ele contém substâncias antioxidantes, vitaminas e minerais que, em quantidades moderadas, podem melhorar a saúde.

No entanto, ele não é adequado para quem tem tendência a ter refluxo, pois a cafeína pode desencadear esse problema, conforme aponta uma pesquisa publicada na revista Current Medicinal Chemistry.

Esta substância age como relaxante nas válvulas que regulam a passagem dos sucos ácidos, o que pode facilitar seu retorno para a garganta e a boca.

3. Embutidos e enlatados

Some figure
Os alimentos embutidos e enlatados contêm grandes quantidades de sódio.

Os produtos de carne embutidos, assim como os alimentos enlatados, podem causar dificuldades digestivas, especialmente em casos de episódios recorrentes de refluxo.

Seus altos teores de sódio e compostos artificiais causam irritação no revestimento do estômago, o que facilita o retorno dos ácidos para o esôfago.

Além disso, suas gorduras saturadas, farinhas e açúcares produzem desordens metabólicas e problemas digestivos após serem assimiladas no organismo.

4. Temperos picantes

O consumo de temperos picantes pode causar alterações nos ácidos do estômago e, algumas vezes, é irritante para a mucosa gástrica. Embora em pequenas porções geralmente não cause problemas, foi demonstrado que algumas pessoas costumam sofrer refluxo ácido e ardor após ingeri-los.

Portanto, é essencial minimizar seu consumo, principalmente na presença de outros alimentos irritantes.

5. Chocolate

Some figure
O chocolate é um dos alimentos que devem ser evitados em quadros de dispepsia.

Uma pequena quantidade de chocolate por dia pode fornecer ao organismo compostos antioxidantes, vitaminas e minerais que beneficiam a saúde. No entanto, não é a melhor opção para quem costuma ter incômodos digestivos, já que ele pode ser um alimento irritante.

Comer chocolate em caso de refluxo gera um maior enfraquecimento das válvulas do esfíncter esofágico inferior, o que piora o sintoma. Isso se deve ao seu teor de gorduras, cafeína e teobromina, que são substâncias associadas à produção excessiva de ácidos no estômago.

6. Frituras

As frituras, principalmente as de origem industrial, são consideradas inimigas potenciais da saúde metabólica e digestiva.

Elas contêm altos teores de gordura trans, químicos adicionados e sal que, em conjunto, irritam a mucosa gástrica e alteram o pH digestivo.

Seu consumo eleva a produção de ácidos e provoca repetidos episódios de refluxo e gastrite.

Entre outras coisas, sua ingestão excessiva afeta os processos inflamatórios do organismo, aumentando a pressão estomacal.

Pode te interessar: Como fazer batatas fritas mais saudáveis e rápidas?

7. Farinhas refinadas

Some figure

Os produtos de panificação e todas as receitas que contêm farinhas refinadas podem piorar a saúde de quem tem sintomas digestivos.

Estes produtos produzem um ambiente ácido no estômago e no esôfago. Além disso, causam inflamação em seus tecidos.

Seus carboidratos são mais difíceis de serem assimilados e podem elevar os níveis de glicose no sangue.

Portanto, seu consumo deve ser moderado, já que sua ingestão em excesso está relacionada ao risco de úlceras e gastrite.

Cuide da sua dieta para tratar o refluxo ácido

Você costuma consumir estes alimentos? Se sim, e se você sofre de refluxo ácido, vale a pena começar a limitar seu consumo para controlar essa condição.

Lembre-se de que, mesmo que os antiácidos possam ajudar a tratar o refluxo, a melhor maneira de evitá-lo é mantendo bons hábitos alimentares. No entanto, se o refluxo persistir, é aconselhável consultar um médico especialista.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Cano Valderrama O., Sánchez Pernaute A., Rubio Herrera MA., et al., Long term food tolerance after bariatric surgery: comparison of three different surgical techniques. Obes Surg, 2017. 27 (11): 2868-2872.
  • Surdea Blaga T., Negrutiu DE., Palage M., Dumitrascu DL., Food and gastroesophageal reflux disease. Curr Med Chem, 2019. 26 (19): 3497-3511.
  • Patcharatrakul T., Gonlachanvit S., Chili peppers, curcumins, and prebiotics in gastrointestinal health and disease. Curr Gastroenterol Rep, 2016.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.