Como tratar a apneia do sono?

No caso de não receber um tratamento adequado, a apneia pode causar problemas mais graves, desde a obesidade até doenças do coração.
Como tratar a apneia do sono?

Última atualização: 28 janeiro, 2021

A apneia do sono é um transtorno que afeta nossa respiração durante o momento em que dormimos. A pessoa que sofre com este problema, experimenta uma “respiração artificial”, ou seja, deixa de inalar ar durante breves pausas à noite.

As interrupções podem durar até 20 segundos. Conheça mais sobre a apneia do sono e saiba como tratá-la.

A apneia do sono: características

Impede que a pessoa durma bem, esse é o primeiro ponto a saber sobre a apneia, já que interfere no ritmo de sono natural. É provável que a pessoa tenha sonos leves ou nunca consiga dormir profundamente, por isso, não descansará suficientemente ou o que seu corpo precisa para se restaurar depois de sua jornada.

Muitos são os aspectos negativos da apneia e de uma noite mal dormida como, por exemplo, baixo consumo de energia, menos produtividade, redução do alerta mental diurno, reflexos lentos, etc.

Não pode ser tratada igual à sonolência ou à insônia e, caso não se faça nada a respeito, pode desencadear problemas mais graves, desde doenças do coração a obesidade, passando por hipertensão ou diabetes.

Com um tratamento adequado, os sintomas podem ser reparados, o sono ocorrer com normalidade e a pessoa poderá desfrutar os benefícios de um sono saudável.

Sintomas da apneia do sono

  • Pausas na respiração
  • Roncos fortes
  • Asfixia
  • Ofego
  • Sonolência durante o dia
  • Sono inquieto
  • Sensação de falta de ar ao despertar
  • Despertar com a garganta irritada ou seca
  • Dor de cabeça pela manhã
  • Irritabilidade
  • Incapacidade de concentração
  • Mudanças de humor
  • Depressão
  • Posturas incomuns para dormir
  • Pesadelos
  • Tendência a respirar sempre pela boca
  • Transpiração excessiva à noite
  • Baixo rendimento profissional, acadêmico etc.

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As causas pelas quais se desenvolve a apneia do sono podem ser diversas, mas se dividem basicamente em:

  • Apneia obstrutiva do sono: se produz um estreitamente das vias respiratórias ao inalar devido ao desequilíbrio nos músculos da garganta. Isto conduz a pessoa a fazer breves pausas no movimento de inspiração, o que reduz o oxigênio que chega ao sangue. Quando isto ocorre, a pessoa desperta instantaneamente, já que seu cérebro detecta que há incapacidade para respirar, fazendo o corpo a despertar para abrir as vias respiratórias. Às vezes, diretamente nem é preciso despertar porque o mecanismo volta a funcionar sem problemas. É possível que este episódio ocorra várias vezes durante a noite e produza cansaço ou sensação de asfixia.
  • Apneia central do sono: é o menos frequente, mas vale a pena destacá-lo. Ocorre quando o cérebro não se comunica de maneira correta com os músculos que se encarregam pela respiração. Neste caso, a pessoa também tem problemas para conciliar o sono ou se o faz é muito breve. Os que tendem a sofrer com este tipo de apneia são os pacientes com problemas cardíacos e que despertam muitas vezes na madrugada.
  • Apneia do sono complexo: produz-se por uma obstrução nas vias respiratórias por diferentes fatores ou falhas na função dos músculos que intervêm. Algumas das causas podem ser fumar, a obesidade, o consumo de álcool em excesso, a obstrução na passagem do nariz ou antecedentes familiares.

Tratamentos naturais para reduzir a apneia do sono

Estes conselhos podem ajudar aqueles que têm problemas durante a noite, para que seu sistema respiratório esteja em boas condições e evite a apneia:

  • Reduzir alguns quilos ou, em alguns casos, um pouco mais. Dessa forma, se aliviará a constrição da garganta. Será necessário, portanto, a redução ao peso ideal, fazendo uma dieta equilibrada e adequada.
  • Realizar exercícios: 30 minutos de atividade física moderada por dia, como fazer uma caminhada breve, pode ajudá-lo a aliviar a apneia do sono obstrutiva.
  • Evitar certos medicamentos e beber muito álcool: os tranquilizantes, pílulas para dormir ou anti-histamínicos são prejudiciais nestes casos. Também o fato de consumir bebidas alcoólicas porque relaxam os músculos posteriores da garganta, interferindo na respiração.
  • Dormir de um lado só ou de barriga para cima: não durma de barriga para cima porque a língua ou o palato mole podem se apoiar na garganta e bloquearem as vias respiratórias. Alguns dizem que costurar uma bola de tênis ou algum objeto atrás do pijama pode ajudar a evitar que a pessoa se vire durante a noite.

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Mais tratamentos

  • Mantenha as fossas nasais abertas toda a noite: usar um spray nasal salino ou algumas faixas especificamente criadas para este objetivo. A ideia é o nariz sempre estar aberto para receber o ar. Não usar descongestionantes ou anti-histamínicos.
  • Evitar o consumo de cafeína ou jantares muito pesados: a cafeína interfere no ritmo normal do sono, igual as grandes quantidades de comida. Sempre espere duas horas entre a hora de dormir e o jantar.
  • Respeitar a hora do sono: procure sempre ir se deitar e levantar na mesma hora para que o corpo fique acostumado. Assim, você estará “programado” para dormir o suficiente todos as noites, ajudando a reduzir, por sua vez, os episódios de apneia e reduzindo o cansaço.
  • Praticar ioga: este exercício contempla uma respiração mais consciente e ao mesmo tempo serve para ampliar as fossas nasais e as vias respiratórias. Com uma prática regular, é possível controlar a respiração e assegurar uma passagem correta de ar tanto para dentro quanto para fora do corpo.
  • Consumir alho: te ajudará a aliviar o aumento das amídalas ou a inflamação no sistema respiratório. Assim, poderá inalar e exalar com mais naturalidade e comodidade. Faça uma pasta com alho e consuma antes de dormir ou adicione mais alho em suas preparações.

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  • Rodrigues, A. P., Pinto, P., Nunes, B., & Bárbara, C. (2014). Sindrome de Apneia Obstrutiva do Sono: epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Um estudo da Rede Médicos-Sentinela. Programa Nacional Para as Doenças REspiratórias- DGS.
  • Sbpt. (2010). Distúrbios respiratórios do sono. J Pneumol.

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