Transtornos do sono infantil: exames e tratamentos

Às vezes, os transtornos do sono infantil têm sua origem em padrões de comportamento inadequados; outras vezes, em razões orgânicas. Em todos os casos, deve-se consultar o especialista para determinar o rumo a ser seguido.
Transtornos do sono infantil: exames e tratamentos

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

Estudos indicam que 50% dos pequenos têm algum problema para dormir. Muitas vezes, tais problemas não são diagnosticados como transtornos do sono infantil porque os pais os atribuem à indisciplina ou a um excesso de mimos.

No entanto, é certo que, caso a criança não durma bem, seu comportamento se vê afetado, assim como sua capacidade de aprendizadoalém disso, reduz-se sua concentração e sua memória. TPor outro lado, também pode se ver afetado seu comportamento motor, tornar-se mais irritável e danificar sua autoestima.

Por isso, é importante diagnosticar e tratar a tempo os transtornos do sono infantil. Conheça mais sobre eles nesse artigo.

O que são os transtornos do sono infantil?

Menino dormindo na aula

Os transtornos do sono infantil compreendem todos aqueles comportamentos problemáticos associados ao ato de dormir da criança. Incluem, entre outros, por exemplo:

  • A dificuldade para conciliar o sono.
  • Permanecer com sono.
  • Ter muito sono.
  • Dormir em momentos inapropriados.
  • Fazer algo anormal durante o sono.

Em outras palavras, fala-se de transtornos do sono infantil quando se apresentam estas duas circunstâncias:

  • As dificuldades com o sono afetam de forma significativa o desempenho cotidiano da criança.
  • As dificuldades com o sono geram problemas nas relações familiares, escolares e sociais em geral.

Além disso, é normal que uma criança altere seu padrão regular de sono quando acontece um evento que foge do habitual. Por exemplo, uma perda, um conflito familiar, etc. No entanto, em pouco tempo, volta à normalidade. Pelo contrário, s e isso se mantém, é possível se falar um transtorno do sono infantil.

Tipos

Os principais transtornos são classificados da seguinte maneira:

  • Dissonias. Incluem:
    • Narcolepsia.
    • Síndrome de apneias obstrutivas do sono (SAOS).
    • Síndrome de movimentos periódicos das pernas.
    • Transtorno ambiental do sono.
    • Atraso da fase de início do sono.
    • Transtorno do estabelecimento de limites.
    • Transtorno das associações do início do sono.
  • Parassonias. Incluem:
    • Despertares confusos.
    • Sonambulismo.
    • Terrores noturnos.
    • Movimentos rítmicos do sono.
    • Soniloquia.
    • Pesadelos.
    • Outras parassonias:
      • Bruxismo.
      • Enurese.
      • Mioclonias do sono.
      • Ronco primário.
      • Apneias do lactante.
      • Morte súbita do lactante.

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Exames diagnósticos

Criança com medo

Os pais podem suspeitar da presença dos transtornos do sono quando o pequeno tem problemas para conciliar o sono, roncam ou respiram com dificuldade quando estão dormindo, mostram-se inquietos enquanto dormem, urinam na cama ou mostram muita sonolência.

Os dados que os pais proporcionam são fundamentais para realizar o diagnóstico, que inicialmente se baseia nessa informação. A partir da história clínica é provável que sejam ordenados alguns exames como os seguintes:

  • Polissonografia. É o mais completo dos exames para diagnosticar os transtornos. Monitora a atividade cerebral, cardíaca, respiratória e muscular enquanto a criança dorme.
  • Poligrafia. É um método que permite fazer um seguimento domiciliar do sono da criança.
  • Monitoramento cardiorrespiratório contínuo. Aplica-se aos lactantes que tenham apresentado apneia ou episódios de pausa respiratória. Monitora a frequência cardíaca e a respiração.

Ademais, é comum que também seja ordenado um hemograma nos casos de excessiva sonolência e irritabilidade da criança. Este permite descartar ou confirmar a presença de anemia, parasitas e problemas na tireoide.

Tratamentos para os transtornos do sono infantil

O tratamento para este tipo de problema depende da causa que o origine. Sem dúvida alguma, sempre é bom consultar o pediatra para que este indique o caminho a ser seguido. No entanto, em todos os casos, é aconselhado, primeiramente, garantir uma correta higiene do sono para a criança.

Para ter um guia a respeito, deve-se considerar que o tempo de sono necessário varia de acordo com a idade. Veja:

  • Entre os 0 e os 3 meses, o comum é que a criança durma 16 horas.
  • Entre os 3 e os 12 meses: 15 horas.
  • De 12 meses a 2 anos: 14 horas.
  • De 2 a 5 anos: 13 horas.
  • Entre 5 e 9 anos: 10 horas.
  • De 9 a 14 anos: 9 horas.
  • De 14 a 18 anos: 8 horas. 

Finalmente, do ponto de vista comportamental, um dos tratamentos mais utilizados para corrigir os transtornos do sono infantil é o método Ferber. Em conclusão, trata-se de uma estratégia que tem alta eficácia e se aplica aos lactantes. Consiste basicamente em criar uma série de rotinas para ajudar o bebê a conciliar o sono.

Além disso, se os pais suspeitam que o problema tem uma origem física, devem encaminhar exclusivamente ao especialista.


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