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Tipos de histerectomia

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Existem diferentes tipos de histerectomia, dependendo das necessidades e da paciente que vai fazer a cirurgia. São os cirurgiões e os ginecologistas que definem a técnica mais apropriada para cada mulher.
Tipos de histerectomia
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

Os cirurgiões que precisam realizar a histerectomia, ou seja, a remoção do útero de uma mulher, têm diferentes técnicas para escolher. A escolha entre os diferentes tipos de histerectomia será feita com base no quadro clínico da paciente e no seu estado de saúde no momento da sua realização.

É importante que a mulher participe da decisão sobre o tipo de cirurgia a ser realizada. Devemos entender que as consequências não são exatamente as mesmas em todas as modalidades.

Esta é uma decisão muito difícil de tomar. Embora existam indicações precisas e, em geral, essa operação seja inevitável para certas patologias, nunca é uma opção agradável.

A histerectomia é a remoção do útero do corpo da mulher. Uma vez realizada a cirurgia, qualquer que seja o tipo, a pessoa perde a sua capacidade reprodutiva. Ou seja, não haverá gestações no futuro.

Por esse mesmo motivo, na legislação da maioria dos países do mundo, está claramente estabelecido que as mulheres devem dar seu consentimento informado de maneira concisa e irrefutável. Portanto, nenhum médico pode realizar esse procedimento cirúrgico sem que a paciente assine o acordo.

Indicações para histerectomia

Como dissemos antes, esse procedimento é inevitável em muitos casos. Infelizmente, algumas patologias não podem ser resolvidas de nenhuma outra maneira além da remoção do útero.

Antes de analisar os diferentes tipos de histerectomia, primeiro informamos quais são algumas das indicações mais comuns para esta cirurgia.

Câncer cervical

É a doença que leva à cirurgia com mais frequência. Mesmo existindo opções de quimioterapia e radiação, a remoção do órgão pode ser necessária.

Embora o tratamento dessa patologia oncológica tenha avançado, se for detectado em estágio avançado ou se os tratamentos terapêuticos falharem, não haverá outro caminho que não seja a histerectomia.

Prolapso do útero

No prolapso, o útero se desloca da sua posição normal, gerando sintomas e desconforto nas mulheres. Se o prolapso não for tão grave, é resolvido usando outros procedimentos cirúrgicos. No entanto, se for um prolapso grave com comprometimento da qualidade de vida, a histerectomia é uma opção.

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Esse procedimento é inevitável diante de algumas patologias, como o câncer cervical, a endometriose, o prolapso do útero e os leiomiomas.

Leiomiomas

Os leiomiomas uterinos são, na verdade, tumores de músculo e tecido fibroso que se desenvolvem na parede uterina. Eles causam deformação do órgão e, às vezes, sangramento intenso com dor. A histerectomia não é o melhor tratamento para esses casos, mas pode ser necessária.

Endometriose

Nesta patologia, o tecido endometrial cresce fora do útero, onde essas células deveriam se desenvolver. Os sintomas são muito variados e as possibilidades de tratamento também.

Se as medidas conservadoras falharem, um tipo de histerectomia chamada de ‘radical’ deve ser realizado, e envolve a remoção de quase todos os órgãos genitais femininos.

Leia mais: Pólipos no útero, o que você deveria saber?

Quais são as consequências da histerectomia?

Após a realização de qualquer tipo de histerectomia, a menstruação chega ao fim. Isso significa que a mulher para de menstruar para sempre, iniciando a menopausa se ainda estava em idade fértil.

Sem períodos menstruais, também não há chance de gravidez. Portanto, esses casos são chamados de menopausa precoce. No entanto, a histerectomia também pode ser realizada em mulheres que já estão na menopausa. Nesses casos, a fertilidade não é mais uma questão.

Existe um tipo de histerectomia em que os ovários são preservados e, portanto, a produção hormonal é mantida. Embora a menopausa não ocorra imediatamente nesses casos, geralmente há um avanço na idade da perimenopausa.

Em relação ao exame de Papanicolau, deve ser mantido em mulheres submetidas à histerectomia parcial. Nesta técnica, o colo do útero é mantido; portanto, o câncer provocado pelo vírus do papiloma humano pode se estabelecer.

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Mesmo no caso de uma histerectomia parcial, o exame de Papanicolau continua sendo necessário.

Quer saber mais? Então leia: Tratamento do papiloma humano

Tipos de histerectomia

Finalmente, citamos quais são os tipos de histerectomia disponíveis. Devemos distinguir entre as vias de acesso para realizar a cirurgia e as técnicas utilizadas. Como vias de acesso, temos a histerectomia abdominal, vaginal, laparoscópica e robótica. Então, pode-se optar por várias abordagens finais:

  • Total: a histerectomia total era anteriormente chamada de histerectomia simples. Consiste na remoção de todo o útero do corpo da mulher, deixando os ovários e as trompas de Falópio.
  • Supracervical: é o tipo de histerectomia que mantém o colo do útero, removendo apenas a parte superior deste órgão. Os ovários e as trompas de Falópio também são mantidos.
  • Radical: é a forma mais agressiva de histerectomia. Todo o útero, ovários e trompas de Falópio são removidos.

Conclusão sobre os tipos de histerectomia

Existem diferentes tipos de histerectomia. É o médico quem propõe a técnica mais adequada para cada caso clínico e paciente. Entretanto, a mulher deve sempre dar o seu consentimento informado.

Você deve saber que, depois da cirurgia, vai parar de menstruar e a menopausa vai começar. Infelizmente, às vezes não há outra opção de tratamento, mas a vida continua e há muitas outras coisas que você pode continuar apreciando.


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