O que é a tendinopatia glútea?
A tendinopatia glútea, também conhecida como bursite trocantérica ou tendinite glútea, é uma das causas da dor no quadril. Ela surge devido à inflamação nos tendões da área, que pode ocorrer por diferentes razões. Por que esse tipo de bursite ocorre? Como podemos resolver este problema?
A tendinopatia glútea geralmente é causada por microtraumatismos de repetição. Por esse motivo, muitos atletas, como os maratonistas, costumam sofrer dessa condição.
O atrito constante da área causa desgaste, e as bolsas serosas (bursa) ficam inflamadas. No entanto, você não precisa ser atleta para sofrer de bursite trocantérica. Existem alguns fatores que podem nos predispor a manifestá-la.
O que caracteriza a tendinopatia glútea?
Ser atleta e correr maratonas ou jogar futebol pode nos predispor à bursite trocantérica. No entanto, existem outros fatores que podem nos tornar suscetíveis. Vamos ver alguns deles:
- Obesidade: a pressão na área devido ao excesso de gordura pode fazer com que a bursite apareça mais facilmente.
- Fibromialgia: a rigidez muscular que se manifesta nesta doença pode causar o atrito na região, causando uma tendinopatia glútea.
- Artrite do quadril: sem dúvida, esse problema que causa inflamação das articulações da região pode favorecer o aparecimento da bursite trocantérica.
- Gonartrose: a degeneração da cartilagem pode causar esse tipo de tendinopatia.
Se você se sentiu identificado com algum desses fatores, tem uma boa chance de ter esse problema, embora isso não signifique que vá manifestá-lo. No entanto, é necessário sabermos quais são os sintomas que nos alertam para o seu aparecimento.
Você pode estar interessado: Alivie a tendinite de forma natural com estes 7 remédios
Sintomas da bursite trocantérica
A tendinopatia glútea apresenta vários sintomas que podemos confundir com outros tipos de problemas.
Por esse motivo, embora o desconforto possa não ser muito sério a princípio, sempre recomendamos consultar um profissional de saúde. Desta forma, poderemos evitar sofrer dessa doença e impedir que o mal-estar aumente com o tempo. Além disso, poderemos iniciar um tratamento o mais rapidamente possível, para que esta circunstância não se agrave.
Os sintomas são os seguintes:
- Dor que se estende para a frente da coxa.
- Dificuldade para caminhar sem notar desconfortos.
- Sensação de dor que atinge a parte interna da coxa.
- Rigidez nas articulações da área.
- Estalos e dores na região.
- Dor próxima à tuberosidade isquiática, que se estende até ao glúteo.
Como podemos perceber, a dor na região afetada é o sintoma que, às vezes, aparece acompanhado por estalos.
O fato de se estender para a parte anterior, posterior ou interior da coxa e, às vezes, até o joelho, dependerá daquilo que fizermos para favorecer o atrito e a inflamação das bolsas serosas.
Por exemplo, pacientes que apresentam dor na virilha que se estende para a frente da coxa a manifestam quando estendem o quadril excessivamente. Além disso, aqueles que passam muito tempo sentados geralmente sofrem o último dos sintomas que apresentamos anteriormente.
Você pode estar interessado: Tendinopatia dos adutores do quadril: o que é e quais são seus sintomas?
Tratamentos disponíveis
Quando um paciente é diagnosticado com tendinopatia glútea (radiografia, ultrassom, cintilografia óssea, tomografia ou ressonância magnética), a perda de peso pode ser recomendada se essa for a causa da bursite. No entanto, os analgésicos também podem ser prescritos para aliviar a dor e a inflamação.
Além disso, é recomendável fazer exercícios específicos que fortaleçam os glúteos e os quadris. Da mesma forma, destaca-se a importância de não dormir do lado em que a tendinopatia causa dor, pois isso só piora o problema.
Em alguns casos, a extração de líquido das bolsas serosas ou a injeção de uma mistura de anestésico e corticosteroide pode dar bons resultados no tratamento.
Agora que você conhece um pouco melhor o que é a tendinopatia glútea, se tiver algum dos sintomas mencionados, não hesite em procurar um médico. Este realizará os exames pertinentes para que você possa evitar sentir dor e desconforto, pois essa condição é facilmente tratável.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- García, M. F., Pérez, C. E., & De Paz, M. P. (2003). Programas de ejercicios en tendinopatías. Rehabilitación, 37(6), 354-362.
- Medrano San Ildefonso, M., Mauri Llerda, J. A., & Bruscas Izu, C.. (2007). Tendinopatías por fluoroquinolonas. Anales de Medicina Interna, 24(5), 227-230. Recuperado en 28 de febrero de 2019, de http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0212-71992007000500005&lng=es&tlng=es.
- Pruvost, J. (2012). Tendinopatías del deportista. EMC-Podología, 14(2), 1-10.
- Schvartzman, P., Salgado, D., Buteler, J., Alonso, P., Ríos, A., & Mondello, E.. (2016). Utilidad de la resonancia magnética en el diagnóstico de lesiones musculares de localización atípica. Revista argentina de radiología, 80(1), 27-38. Recuperado en 27 de febrero de 2019, de http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1852-99922016000100005&lng=es&tlng=es.
- Vittecoq O, Lequerré T, Michelin P, Dujardin F. Actitud diagnóstica y tratamiento ante un dolor de cadera en el adulto. EMC – Tratado Med. 2018;
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.