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Tecnopatias na infância: por que se preocupar?

4 minutos
As tecnopatias na infância são comportamentos negativos associados às novas tecnologias. Por que elas ocorrem e como podemos evitá-las? Descubra a seguir!
Tecnopatias na infância: por que se preocupar?
Andrés Carrillo

Escrito e verificado por o psicólogo Andrés Carrillo

Última atualização: 23 agosto, 2022

Atualmente, é normal ver crianças pequenas terem acesso às novas tecnologias. Alguns pais acreditam que é positivo que seus filhos passem muito tempo em frente às telas. No entanto, as tecnopatias na infância são uma realidade e um grave problema que compromete o seu desenvolvimento.

Quando as crianças passam muito tempo diante de aparelhos tecnológicos, elas acabam abandonando outras atividades. Ou seja, seu interesse está focado apenas em passar o tempo conectado. Por que essa situação é negativa? Vamos explicar a seguir.

Como a tecnopatia se desenvolve?

As tecnopatias na infância ocorrem quando os pais têm um estilo de criação permissivo. Os pais que não conseguem estabelecer padrões são um fator de risco. Ou seja, aquelas crianças que podem fazer o que querem e quando querem estão mais expostas a essa condição.

Quando não há rotinas na vida dos menores, eles procuram passar o tempo todo se divertindo. A tecnologia tem múltiplos usos, mas nas mãos das crianças, ela se reduz apenas a jogos e interação social.

A princípio pode parecer uma atividade inofensiva, mas o uso excessivo de tecnologia acaba afetando negativamente o comportamento das crianças. Algumas das suas manifestações incluem baixa tolerância à frustração, acessos de raiva e isolamento social.

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As tecnopatias na infância comprometem o desenvolvimento normal das crianças. Elas podem causar problemas de interação social.

Quais são os efeitos das tecnopatias na infância?

A tecnopatia é caracterizada por centralizar o interesse apenas nas atividades que envolvem telas. Como vimos antes, as crianças exigem variedade em suas rotinas diárias. Ao se dedicar a apenas uma coisa, seu desenvolvimento integral é limitado.

Uma das áreas mais afetadas por essa situação é a das habilidades sociais. Quando as crianças não interagem fora do mundo digital, elas crescem limitadas na interação social. Até o relacionamento com os seus pais fica complicado.

À medida que o apego à tecnologia se torna mais intenso, os pais perdem o controle. Idealmente, deve haver uma detecção precoce do problema; caso contrário, os jovens podem atingir a idade adulta com uma série de questões.

Nesse sentido, entende-se que as tecnopatias vão além da infância. Uma criança que cresce apegada à tecnologia será um adulto vulnerável. A autoestima não se estabelece adequadamente e existe o medo de sair dessa zona de conforto.

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6 dicas para prevenir as tecnopatias na infância

Os estilos de criação funcionais são baseados no respeito, na confiança e, acima de tudo, no cumprimento das regras. Para alguns pais, é difícil exercer um papel de autoridade. A seguir, compartilhamos algumas recomendações para agir na hora certa.

1. Não dê acesso precoce às redes sociais

Um erro comum cometido pelos pais é permitir que seus filhos tenham acesso precoce às redes sociais. A este respeito, deve-se considerar que não é bom ceder a todos os pedidos dos menores. Isso não quer dizer que eles não poderão usar a tecnologia, mas é preciso monitorar este uso.

2. Estabeleça rotinas diárias

As rotinas são fatores que protegem as crianças. Os pais devem educar seus filhos para distribuir bem o seu tempo. Defina horários para comer, tirar uma soneca, brincar, e assim por diante.

As rotinas devem ser firmes, mas não estressantes. A ideia é que as crianças possam curtir suas atividades, e não vê-las como um castigo.

3. Faça atividades ao ar livre

As atividades ao ar livre permitem que as crianças interajam melhor com o ambiente. Viver experiências reais desenvolve a criatividade. Além disso, interagir com outras crianças em espaços abertos beneficia as habilidades sociais e a empatia.

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4. Ter animais de estimação

Os animais de estimação representam uma fonte de responsabilidade. Quando as crianças crescem com responsabilidades, elas aprendem que nem tudo é divertido. Nesse sentido, os animais de estimação são uma boa alternativa para diversificar o tempo das crianças; os animais requerem cuidado e carinho.

5. Praticar esportes

Praticar esportes traz benefícios físicos e mentais para as crianças. No entanto, é importante que os menores se sintam motivados a iniciar a sua prática. Não é bom forçá-los a fazer atividades de que não gostam.

6. Incentive o hábito da leitura

Ter o hábito de ler desde cedo ajuda a estimular os processos cognitivos das crianças. Este ponto está relacionado à dica número 2 desta lista. Ler na companhia dos seus filhos pode se tornar uma rotina diária; 10 minutos de leitura por 21 dias são suficientes para formar o hábito.

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Passar algum tempo lendo com as crianças é bom para o seu desenvolvimento cognitivo. Além disso, reduz o tempo de exposição às telas.

Com que idade é recomendado que as crianças se iniciem na tecnologia?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, crianças com menos de 2 anos não devem ter acesso a smartphones ou outros dispositivos com conexão à Internet. Após os 2 anos, a recomendação é supervisionar o uso dos aparelhos para que eles não afetem a rotina diária.


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