Shatavari: a planta ayurvédica para a saúde da mulher
Revisado e aprovado por a farmacêutica Franciele Rohor de Souza
Shatavari, de nome científico Asparagus racemosus, é uma planta que pertence à família Asparagaceae, a mesma do aspargo comum. Na verdade, também é conhecido como “aspargo selvagem” ou “aspargo indiano”. Geralmente cresce em solos da Índia, Sri Lanka e partes da Austrália.
Na linguagem popular é chamada de “aquela das cem raízes” ou “aquela dos cem maridos”, pois é uma raiz utilizada na medicina ayurvédica para tratar problemas de infertilidade. Diz-se que é um aliado das mulheres, pois ajuda na saúde hormonal e reprodutiva. O que a ciência pensa sobre isso? Descubra!
Shatavari: ingredientes ativos e propriedades medicinais
O shatavari é um arbusto trepadeira que pode atingir 2 metros de altura. Em países como a Índia é bastante popular devido às suas aplicações na medicina ayurvédica, especialmente por seus usos em relação à saúde reprodutiva.
De acordo com uma revisão compartilhada no Asian Pacific Journal of Tropical Disease, isso se deve em grande parte ao seu alto teor de fitoconstituintes. Em particular, foram identificados mais de 50 princípios ativos, entre os quais se destacam:
- Isoflavonas.
- Imunosídeo (glicosídeo).
- Ácidos graxos essenciais.
- Vitaminas A, B1, B2, C e E.
- Alcaloide policíclico (aspargamina A).
- Carboidratos, polissacarídeos e mucilagens.
- Flavonóides (kaempferol, quercetina e rutina).
- Saponinas esteróides, também conhecidas como shatvarinas.
- Traços de minerais, como zinco, manganês, cobre, cobalto, cálcio, magnésio, potássio e selênio.
Claro, devido a tal composição, não é surpreendente que esse arbusto esteja associado a uma série de propriedades farmacológicas. Segundo esta mesma publicação, possui atividade galactagoga (que estimula a produção de leite materno), potencial antiúlcera e efeitos adaptogênicos.
Da mesma forma, atribui-se-lhe capacidade antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, imunomoduladora e antidepressiva. Quando se trata da saúde da mulher, está ligada ao aumento da libido, fertilidade, equilíbrio hormonal e proteção dos órgãos sexuais. Nesta ocasião, nos concentramos justamente nesses efeitos.
Veja: Espinheiro-marítimo: uma planta com benefícios para a pele e a saúde
Quais são os benefícios do shatavari para a saúde da mulher?
É comum definir o shatavari e seus suplementos como “tônicos femininos”. Isso, em grande parte, se deve aos efeitos derivados de suas isoflavonas, que atuam como fitoestrógenos.
Oque quer dizer? Essas substâncias vegetais são semelhantes aos estrogênios humanos, hormônios que estão envolvidos em múltiplos processos da saúde feminina.
Embora seu efeito seja mais fraco, eles atuam como reguladores e podem ajudar tanto em casos de deficiência quanto de excesso incontrolável desses hormônios. Vamos ver em que condições é útil e o que a ciência diz sobre isso.
Síndrome pré-menstrual
Por muitos anos, remédios baseados em shatavari têm sido úteis contra os sintomas da síndrome pré-menstrual. Tanto as isoflavonas quanto os flavonóides e o glicosídeo saponina estariam por trás desses efeitos.
Uma composição medicinal contendo 85 partes de Asparagus racemosus e 5 partes de Withania sominifera, Pedalium murex e Tinospora cordifolia foi relatada como útil contra os sintomas adversos da TPM em mulheres em um estudo compartilhado pelo National Center for Biotechnology Information.
Para conseguir esse efeito, os pesquisadores sugerem tomar duas cápsulas do suplemento, três vezes ao dia. Cada cápsula possui meio grama da composição. De qualquer forma, são efeitos que continuam sendo objeto de estudo.
Equilíbrio hormonal
Ligado ao efeito anterior, deve-se notar de maneira especial que os suplementos shatavari são úteis para promover o equilíbrio hormonal nas mulheres. Assim, eles não apenas reduzem o risco de sintomas pré-menstruais, mas também períodos irregulares e síndrome dos ovários policísticos.
Uma revisão compartilhada por meio da Biomedicina e da Farmacoterapia detalha que o shatavari ajuda a reduzir o estresse oxidativo e aumenta a capacidade antioxidante do corpo. Melhora os problemas associados ao desequilíbrio hormonal, síndrome dos ovários policísticos (SOP), crescimento e desenvolvimento folicular e infertilidade.
Deve-se considerar que a maioria dos estudos foi feita em laboratório e em animais. Portanto, testes maiores são necessários para corroborar tais efeitos em mulheres e avaliar o mecanismo de ação.
Lactação
Um dos usos tradicionais do shatavari tem a ver com a estimulação da produção de leite materno. De fato, suas propriedades galactagogas foram avaliadas em alguns estudos clínicos.
Um estudo randomizado controlado compartilhado no Iranian Journal of Pharmaceutical Research relatou que a suplementação de Asparagus racemosus ajudou a aumentar os níveis de prolactina, um hormônio chave para a lactação.
Por sua vez, uma revisão de estudos determinou que os suplementos dessa planta ajudam a aumentar o volume do leite materno, mas seu uso não substitui outros fatores modificáveis envolvidos na produção de alimentos.
Menopausa
Tomar suplementos shatavari tem sido associado à diminuição das ondas de calor, sudorese, depressão e outros sintomas da menopausa. Através do Journal of Herbal Medicine, foi relatado que um suplemento de Asparagus racemosus – combinado com outras plantas, como Tinospora cardifolia, Withania somnifera e Commiphora mukul – ajudou a reduzir os sintomas da menopausa após 12 semanas de uso.
Em particular, os participantes que tomaram o suplemento relataram uma diminuição significativa nas ondas de calor durante o dia e suores noturnos. Somado a isso, um estudo na revista Nutrients associou esse suplemento à base de ervas com uma melhor função musculoesquelética em mulheres na pós-menopausa.
Fertilidade e libido
No que diz respeito à saúde sexual e reprodutiva, o shatavari está associado a um aumento do desejo sexual e da fertilidade. Uma publicação através da Farmacognosia detalha que a planta é útil contra problemas do sistema reprodutor feminino.
Para ser mais preciso, seu uso está relacionado à diminuição da infertilidade, aumento da libido, redução da inflamação dos órgãos sexuais e preparação do útero para a concepção. Essas aplicações geralmente são apoiadas por evidências anedóticas.
Estudos mais específicos e extensos são sugeridos para corroborar tais efeitos.
Shatavari riscos e contraindicações
O consumo do shatavari é geralmente seguro para a maioria das mulheres saudáveis. Ainda assim, é aconselhável consultar o médico antes de ingerir esse tipo de suplemento.
O consumo excessivo pode levar a desconfortos digestivos, como inchaço abdominal, náuseas e dores. Portanto, é aconselhável respeitar a dose sugerida pelo fabricante.
Da mesma forma, as seguintes contraindicações devem ser levadas em consideração:
- Gravidez de alto risco (consultar o médico).
- Doenças renais e do trato urinário.
- Histórico de alergia a espargos.
- Sensibilidade ao estrogênio.
- Doenças cardíacas.
Veja: Laqueadura: Senado decide que mulher não precisa mais de autorização de marido para fazer cirurgia
Apresentações e modo de consumo do shatavari
Em lojas de produtos naturais é possível encontrar suplementos shatavari em pó e cápsulas. Geralmente, uma dose de 6 gramas por dia é recomendada. Em mães lactantes a dose varia de 3 a 6 gramas por dia, dependendo do peso corporal (60 mg de pó/kg de peso).
O produto é geralmente tomado com ou após as refeições. O jejum não é recomendado.
O pó pode ser diluído em leite de vaca ou leite vegetal. Também pode ser preparado em água.
O período de consumo pode ser prolongado até 3 meses. Isso pode ser determinado com o médico.
O que há para lembrar sobre este tônico para mulheres?
Na medicina ayurvédica, o shatavari é um suplemento ideal para várias fases da vida da mulher. Devido ao seu conteúdo de antioxidantes e fitoestrógenos, é considerado um aliado contra os distúrbios derivados das flutuações hormonais.
Em qualquer caso, como outros suplementos de ervas, seu uso deve ser prudente e supervisionado pelo médico. Embora alguns estudos apoiem suas propriedades, não é considerado um tratamento de primeira escolha.
Seu consumo não substitui os efeitos de um estilo de vida saudável e outros tratamentos médicos. Tenha isso em mente!
Shatavari, de nome científico Asparagus racemosus, é uma planta que pertence à família Asparagaceae, a mesma do aspargo comum. Na verdade, também é conhecido como “aspargo selvagem” ou “aspargo indiano”. Geralmente cresce em solos da Índia, Sri Lanka e partes da Austrália.
Na linguagem popular é chamada de “aquela das cem raízes” ou “aquela dos cem maridos”, pois é uma raiz utilizada na medicina ayurvédica para tratar problemas de infertilidade. Diz-se que é um aliado das mulheres, pois ajuda na saúde hormonal e reprodutiva. O que a ciência pensa sobre isso? Descubra!
Shatavari: ingredientes ativos e propriedades medicinais
O shatavari é um arbusto trepadeira que pode atingir 2 metros de altura. Em países como a Índia é bastante popular devido às suas aplicações na medicina ayurvédica, especialmente por seus usos em relação à saúde reprodutiva.
De acordo com uma revisão compartilhada no Asian Pacific Journal of Tropical Disease, isso se deve em grande parte ao seu alto teor de fitoconstituintes. Em particular, foram identificados mais de 50 princípios ativos, entre os quais se destacam:
- Isoflavonas.
- Imunosídeo (glicosídeo).
- Ácidos graxos essenciais.
- Vitaminas A, B1, B2, C e E.
- Alcaloide policíclico (aspargamina A).
- Carboidratos, polissacarídeos e mucilagens.
- Flavonóides (kaempferol, quercetina e rutina).
- Saponinas esteróides, também conhecidas como shatvarinas.
- Traços de minerais, como zinco, manganês, cobre, cobalto, cálcio, magnésio, potássio e selênio.
Claro, devido a tal composição, não é surpreendente que esse arbusto esteja associado a uma série de propriedades farmacológicas. Segundo esta mesma publicação, possui atividade galactagoga (que estimula a produção de leite materno), potencial antiúlcera e efeitos adaptogênicos.
Da mesma forma, atribui-se-lhe capacidade antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, imunomoduladora e antidepressiva. Quando se trata da saúde da mulher, está ligada ao aumento da libido, fertilidade, equilíbrio hormonal e proteção dos órgãos sexuais. Nesta ocasião, nos concentramos justamente nesses efeitos.
Veja: Espinheiro-marítimo: uma planta com benefícios para a pele e a saúde
Quais são os benefícios do shatavari para a saúde da mulher?
É comum definir o shatavari e seus suplementos como “tônicos femininos”. Isso, em grande parte, se deve aos efeitos derivados de suas isoflavonas, que atuam como fitoestrógenos.
Oque quer dizer? Essas substâncias vegetais são semelhantes aos estrogênios humanos, hormônios que estão envolvidos em múltiplos processos da saúde feminina.
Embora seu efeito seja mais fraco, eles atuam como reguladores e podem ajudar tanto em casos de deficiência quanto de excesso incontrolável desses hormônios. Vamos ver em que condições é útil e o que a ciência diz sobre isso.
Síndrome pré-menstrual
Por muitos anos, remédios baseados em shatavari têm sido úteis contra os sintomas da síndrome pré-menstrual. Tanto as isoflavonas quanto os flavonóides e o glicosídeo saponina estariam por trás desses efeitos.
Uma composição medicinal contendo 85 partes de Asparagus racemosus e 5 partes de Withania sominifera, Pedalium murex e Tinospora cordifolia foi relatada como útil contra os sintomas adversos da TPM em mulheres em um estudo compartilhado pelo National Center for Biotechnology Information.
Para conseguir esse efeito, os pesquisadores sugerem tomar duas cápsulas do suplemento, três vezes ao dia. Cada cápsula possui meio grama da composição. De qualquer forma, são efeitos que continuam sendo objeto de estudo.
Equilíbrio hormonal
Ligado ao efeito anterior, deve-se notar de maneira especial que os suplementos shatavari são úteis para promover o equilíbrio hormonal nas mulheres. Assim, eles não apenas reduzem o risco de sintomas pré-menstruais, mas também períodos irregulares e síndrome dos ovários policísticos.
Uma revisão compartilhada por meio da Biomedicina e da Farmacoterapia detalha que o shatavari ajuda a reduzir o estresse oxidativo e aumenta a capacidade antioxidante do corpo. Melhora os problemas associados ao desequilíbrio hormonal, síndrome dos ovários policísticos (SOP), crescimento e desenvolvimento folicular e infertilidade.
Deve-se considerar que a maioria dos estudos foi feita em laboratório e em animais. Portanto, testes maiores são necessários para corroborar tais efeitos em mulheres e avaliar o mecanismo de ação.
Lactação
Um dos usos tradicionais do shatavari tem a ver com a estimulação da produção de leite materno. De fato, suas propriedades galactagogas foram avaliadas em alguns estudos clínicos.
Um estudo randomizado controlado compartilhado no Iranian Journal of Pharmaceutical Research relatou que a suplementação de Asparagus racemosus ajudou a aumentar os níveis de prolactina, um hormônio chave para a lactação.
Por sua vez, uma revisão de estudos determinou que os suplementos dessa planta ajudam a aumentar o volume do leite materno, mas seu uso não substitui outros fatores modificáveis envolvidos na produção de alimentos.
Menopausa
Tomar suplementos shatavari tem sido associado à diminuição das ondas de calor, sudorese, depressão e outros sintomas da menopausa. Através do Journal of Herbal Medicine, foi relatado que um suplemento de Asparagus racemosus – combinado com outras plantas, como Tinospora cardifolia, Withania somnifera e Commiphora mukul – ajudou a reduzir os sintomas da menopausa após 12 semanas de uso.
Em particular, os participantes que tomaram o suplemento relataram uma diminuição significativa nas ondas de calor durante o dia e suores noturnos. Somado a isso, um estudo na revista Nutrients associou esse suplemento à base de ervas com uma melhor função musculoesquelética em mulheres na pós-menopausa.
Fertilidade e libido
No que diz respeito à saúde sexual e reprodutiva, o shatavari está associado a um aumento do desejo sexual e da fertilidade. Uma publicação através da Farmacognosia detalha que a planta é útil contra problemas do sistema reprodutor feminino.
Para ser mais preciso, seu uso está relacionado à diminuição da infertilidade, aumento da libido, redução da inflamação dos órgãos sexuais e preparação do útero para a concepção. Essas aplicações geralmente são apoiadas por evidências anedóticas.
Estudos mais específicos e extensos são sugeridos para corroborar tais efeitos.
Shatavari riscos e contraindicações
O consumo do shatavari é geralmente seguro para a maioria das mulheres saudáveis. Ainda assim, é aconselhável consultar o médico antes de ingerir esse tipo de suplemento.
O consumo excessivo pode levar a desconfortos digestivos, como inchaço abdominal, náuseas e dores. Portanto, é aconselhável respeitar a dose sugerida pelo fabricante.
Da mesma forma, as seguintes contraindicações devem ser levadas em consideração:
- Gravidez de alto risco (consultar o médico).
- Doenças renais e do trato urinário.
- Histórico de alergia a espargos.
- Sensibilidade ao estrogênio.
- Doenças cardíacas.
Veja: Laqueadura: Senado decide que mulher não precisa mais de autorização de marido para fazer cirurgia
Apresentações e modo de consumo do shatavari
Em lojas de produtos naturais é possível encontrar suplementos shatavari em pó e cápsulas. Geralmente, uma dose de 6 gramas por dia é recomendada. Em mães lactantes a dose varia de 3 a 6 gramas por dia, dependendo do peso corporal (60 mg de pó/kg de peso).
O produto é geralmente tomado com ou após as refeições. O jejum não é recomendado.
O pó pode ser diluído em leite de vaca ou leite vegetal. Também pode ser preparado em água.
O período de consumo pode ser prolongado até 3 meses. Isso pode ser determinado com o médico.
O que há para lembrar sobre este tônico para mulheres?
Na medicina ayurvédica, o shatavari é um suplemento ideal para várias fases da vida da mulher. Devido ao seu conteúdo de antioxidantes e fitoestrógenos, é considerado um aliado contra os distúrbios derivados das flutuações hormonais.
Em qualquer caso, como outros suplementos de ervas, seu uso deve ser prudente e supervisionado pelo médico. Embora alguns estudos apoiem suas propriedades, não é considerado um tratamento de primeira escolha.
Seu consumo não substitui os efeitos de um estilo de vida saudável e outros tratamentos médicos. Tenha isso em mente!
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