Sarampo na gravidez: sintomas e tratamento
Revisado e aprovado por bióloga, médica María Belén del Río
O sarampo é uma doença respiratória transmitida por contágio que pode ser fatal. O sarampo na gravidez representa um perigo para a saúde da mãe e do feto, pois aumenta o risco de nascimentos prematuros, abortos e malformações no bebê.
Embora seja uma doença que pode ser evitada através da vacinação, e embora as taxas de mortalidade por sarampo tenham diminuído em 80% nos últimos 10 anos, em 2017 houve 110 mil mortes, principalmente entre crianças menores de 5 anos anos.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença causada por um vírus da família dos paramixuvírus. Este vírus se reproduz no nariz e na garganta das pessoas, e é transmitido quando é expulso pela tosse ou pelo espirro. O vírus pode permanecer no ar ou se depositar em uma superfície, onde permanece ativo por várias horas, e pode infectar pessoas que entrem em contato com ele.
Sintomas
Os sintomas do sarampo aparecem entre 10 e 14 dias após a exposição ao vírus e se manifestam de maneiras diferentes. Eles incluem:
- Febre
- Tosse e dor de garganta
- Rinite
- Conjuntivite
- Manchas dentro da boca, chamadas de manchas de Koplik
- Erupção cutânea em todo o corpo.
Esses sintomas ocorrem em dois estágios. Primeiro, se manifestam os sintomas de gripe ou resfriado, como febre, tosse e dor nos olhos. Após dois ou três dias, as erupções começam a aparecer dentro da boca. Ao longo dos dias, elas se espalham pelo corpo.
O sarampo é contagioso desde os primeiros dias em que os sintomas semelhantes aos da gripe aparecem, e até 4 dias após o aparecimento da erupção cutânea. Se não houver complicações, a doença dura cerca de 10 dias.
Complicações do sarampo
As complicações mais comuns do sarampo são;
- Diarreia
- Pneumonia
- Encefalite
- Ulceração da córnea
Um caso menos comum é a panencefalite, que ocorre quando o vírus se aloja no cérebro. Lá, permanece passivo por períodos de 4 a 8 anos. Eventualmente, o vírus progride e se torna ativo, causando sérios problemas neurológicos que levam a distúrbios de personalidade, problemas motores e eventualmente causam a morte.
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Sarampo na gravidez
As mulheres grávidas que nunca tiveram a doença ou não foram vacinadas são suscetíveis à infecção. O Dr. Neil Silverman, membro do conselho do Centro de Medicina Fetal e Ultrassom para Mulheres em Los Angeles, Califórnia, alerta que os sintomas do sarampo na gravidez costumam ser mais graves e têm consequências para o feto e a gravidez.
Os principais riscos para o bebê são:
- Parto prematuro
- Aborto
- Encefalite
- Cegueira
- Surdez
- Malformações físicas
Se uma mulher contrai sarampo, ela pode ser tratada com uma injeção de anticorpos chamada imunoglobulina sérica, que ajuda a diminuir os sintomas. A imunoglobina sérica deve ser administrada dentro de 6 dias após a infecção.
Riscos da vacinação em mulheres grávidas
A vacinação contra o sarampo é feita com o vírus ativo; portanto, não deve ser administrada em mulheres grávidas, pois o mesmo pode ser transferido para o bebê se a vacinação for realizada nos seguintes períodos:
- A partir de 6 meses antes da gravidez.
- Durante a gravidez.
- Dentro de 30 dias após o nascimento, se o bebê estiver sendo amamentado.
Se uma mulher foi vacinada ou já teve sarampo, seus anticorpos passam para o bebê através do leite; portanto, se eles forem infectados, o caso será muito leve. No entanto, se uma mulher for infectada no período de lactação, pode transmitir a doença para o bebê, e isso é muito perigoso porque o maior número de mortes por sarampo ocorre em bebês – diz o Dr. José Tessone, do Centro de Ginecologia Integral do México.
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Vacinação
A vacina contra o sarampo é recomendada a partir dos 12 meses de idade, e uma segunda dose 28 dias depois. Pesquisas mostram que a vacina reduz o risco de contrair o sarampo em 90%.
Em alguns casos, recomenda-se a revacinação de adultos. “Quando começou a vacinação contra o sarampo, há cerca de 40 ou 50 anos, o sistema imunológico tinha que combater o vírus com frequência.
Agora que o vírus está mais raro, as pessoas que foram vacinadas entre as décadas de 1960 e 1980 poderiam ser mais suscetíveis à doença hoje”, esclarece o Dr. Silverman. Portanto, a vacinação contra o sarampo na gravidez deve seguir as orientações indicadas acima.
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