Descubra um remédio muito simples para aliviar as enxaquecas
As enxaquecas são reconhecidas pela Organização Mundial da saúde (OMS) como uma doença altamente incapacitante que dificulta a atividade diária.
Milhões de pessoas padecem deste tipo de dor de cabeça crônica ao redor do mundo, sendo uma das causas mais frequentes de faltas laborais.
O mais comum é a sofrê-la entre 10 a 15 dias por mês, e apesar de cada pessoa a tratar de uma forma diferente, na hora de reduzir seu impacto, muitas delas recorrem aos medicamentos para controlar seus gatilhos: certos alimentos, luzes, aromas, estresse…
Um estudo recente publicado na revista Functional Neurology rehabilitation and Ergonomics nos oferece uma nova e curiosa técnica para aliviar a dor das enxaquecas. Falaremos dela a seguir…
Enxaqueca, uma das doenças mais incapacitantes
De acordo com dados da Sociedade de Neurologia (SEN), na Espanha, para que nos sirva como um exemplo orientativo, as enxaquecas afetam quase 3,5 milhões pessoas e 42% delas a sofrem de uma forma tão intensa que é impossível manter um ritmo de vida normal.
- A enxaqueca geralmente ocorre durante quase duas semanas por mês, durante três meses seguidos, e dura cerca de 4 horas por dia.
- 9 entre cada 10 pessoas sofrem de náuseas, tonturas, hipersensibilidade à luz, sons, cheiros…
- Por afetar a produtividade no trabalho, é comum que inclusive se acabe sofrendo de depressão, pelo fato de as enxaquecas afetarem nosso desempenho e até mesmo nossos relacionamentos.
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Causas das enxaquecas
- A enxaqueca ocorre devido à irritação ou ativação das fibras do nervo trigêmeo.
- O nervo trigêmeo é o que transmite a sensibilidade da cabeça e tem três ramificações, que afetam vários vasos sanguíneos e as meninges.
- As meninges são as que mais experimentam a sensação de dor causada pela liberação de substâncias inflamatórias por parte do trigêmeo.
- É um tipo de inflamação ou “meningite” não infecciosa, que causa esse tipo de dor latejante que pode ser vista em um dos lados da testa.
- Qualquer movimento ou estimulação intensa aumenta esta inflamação e, portanto, o sofrimento.
- Certos alimentos, tais como os ricos em sal, com estimulantes químicos ou laticínios ativam a vasodilatação que tende a superestimular o nervo trigêmeo.
- Um fato que devemos ter em mente é que a enxaqueca muitas vezes têm uma base genética e afeta as mulheres em particular.
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Para aliviar a enxaqueca: ar fresco nas orelhas
Sabemos que, pela simplicidade da estratégia, pode soar como brincadeira ou mais um remédio sobre os quais lemos todos os dias. No entanto, de acordo com o estudo citado acima, se trataria do seguinte:
- Para aliviar a enxaqueca deveríamos aplicar ar sobre uma orelha ou ambas, para reduzir o excesso de excitação.
- O ar estimula o mesmo nervo da face diretamente ligado à membrana do tímpano. Esta ação detém os sinais de dor que chegam ao tronco cerebral e ativam a sensação de dor.
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- Esta estratégia pode ser realizada através de um instrumento chamado otoscópio pneumático. É um instrumento muito semelhante ao que os especialistas usam para examinar nossos ouvidos.
- Tem um cone de bocal pequeno através do qual o ar é levado ao tímpano. Uma vez que se estimula o tímpano, a dor se acalma, porque nós congelamos a sobreativação do nervo trigêmeo (responsável, como já sabemos, pelas enxaquecas).
Hoje os médicos estão realizando o tratamento experimentalmente em muitos centros. Por esta razão, insuflam um fluxo de ar de baixa intensidade durante 20 minutos.
Especialistas estão esperançosos, dado que o tratamento se baseia simplesmente em uma estimulação direta dos nervos no canal auditivo e do tímpano, algo que acalma a dor de cabeça de uma maneira simples e econômica.
Podemos fazer isso em casa?
É claro que nem todos tem em casa um otoscópio pneumático. À medida que esta técnica seja desenvolvida mais detalhadamente, teremos mais dados sobre se este dispositivo estará ou não à nossa disposição para uso.
Enquanto isso, a melhor maneira de superar ou prevenir as enxaquecas é não comendo os alimentos que atuam como gatilhos, e seguindo as recomendações de nossos médicos.
Cada caso é um caso e, muitas vezes, um mesmo remédio não é eficaz para todos.
Ficaremos aguardando o progresso desta técnica para que possamos transmitir as novidades a você.
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- Goadsby, P. J., Lipton, R. B., & Ferrari, M. D. (2002). Migraine — Current Understanding and Treatment. New England Journal of Medicine. https://doi.org/10.1056/NEJMra010917
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