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Reabilitação cardíaca: retorno à vida ativa após uma intervenção

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A reabilitação cardíaca é um acompanhamento dado ao paciente que sofreu um ataque do coração para ajudá-lo a se reintegrar em suas atividades diárias. Neste artigo, mostramos como e quem faz isso.
Reabilitação cardíaca: retorno à vida ativa após uma intervenção
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A reabilitação cardíaca é uma forma estabelecida de acompanhamento ativo para pessoas que sofreram infarto do miocárdio ou que fizeram cirurgia do coração. Cada caso específico se beneficia de diferentes programas.

Basicamente, a reabilitação cardíaca consiste em educação para a saúde e exercícios, além de apoio emocional. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente cardíaco para que ele realize todas as suas atividades da maneira mais normal possível.

Além disso, como objetivo adicional, busca-se que a pessoa tome consciência dos hábitos de vida que devem ser modificados para não sofrer novamente de um episódio cardíaco. Aliás, pode-se dizer que na reabilitação cardíaca a educação é mais importante do que os exercícios programados.

As associações de cardiologia em países ao redor do mundo recomendam programas de reabilitação cardíaca. Portanto, não há dúvida sobre sua eficácia. Já foi demonstrado com estudos científicos que são capazes de reduzir o risco de angina de peito e ataques cardíacos no futuro desses pacientes.

Quem se beneficia com a reabilitação cardíaca

Os programas de reabilitação cardíaca não podem ser aplicados diretamente a nenhum paciente com cardiopatia isquêmica. Portanto, é feita uma seleção daqueles que se beneficiariam mais com o programa para incluí-los.

Em qualquer caso, existe consenso ao considerar que se beneficiam aqueles que sofreram ou sofrem de:

  • Insuficiência cardíaca: é uma patologia em que o coração não tem força suficiente para impulsionar o sangue para o sistema circulatório. Esses pacientes são muito afetados no seu dia a dia pela complicação que é para eles realizar atividades comuns.
  • Angina de peito: é a dor recorrente no peito causada pela menor chegada de sangue ao músculo cardíaco. A reabilitação cardíaca é essencial para impedir que ela progrida para um infarto agudo do miocárdio.
  • Infarto agudo do miocárdio: é a patologia grave e fatal do coração. A morte celular cardíaca ocorre devido à grande diminuição do fluxo sanguíneo para o coração.
  • Doença arterial periférica: quando a arteriosclerose obstrui as artérias nos membros superiores ou inferiores, a doença arterial periférica aparece. Os fatores de risco são semelhantes aos da doença isquêmica do coração.
  • Cirurgias cardiológicas: quando não havia outra solução além da intervenção cirúrgica, o paciente será acompanhado com reabilitação cardíaca para que se reintegre na sociedade e em seu ambiente de vida.
  • Transplante de coração: é o último recurso na patologia cardíaca. Embora não seja muito frequente, cada vez mais os avanços científicos permitem que seja considerado uma opção para pacientes muito graves que não têm outra alternativa.
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Fases e equipamentos

A reabilitação cardíaca possui três fases, das quais as duas últimas são as que correspondem ao programa de exercícios e educação. Essas fases são:

  • Internação ou diagnóstico: a primeira fase é a caracterização do paciente. Após estudos e avaliação por parte da equipe médica, é determinado se a pessoa pode se beneficiar do programa de reabilitação. Então ele é admitido.
  • Programa ativo: o paciente ingressa na reabilitação cardíaca e inicia seu plano de treinamento: entrevistas psicológicas, educação em saúde, acompanhamento médico para controle farmacológico. Essa fase dura o que for necessário dependendo de cada caso.
  • Alta: a terceira fase é um processo de alta, quando a equipe de reabilitação entende que o paciente é capaz de continuar com a mudança de estilo de vida por conta própria no ambiente diário habitual.

Essas fases são acompanhadas e guiadas por uma equipe multidisciplinar. Os profissionais que costumam intervir são:

  • Cardiologista: definirá o plano e administrará o manejo farmacológico.
  • Enfermeiro: em geral, o serviço de enfermagem orienta a rotina diária do programa com o registro adequado dos fatos.
  • Kinesiologia / fisioterapeuta: será responsável pelos exercícios e sua supervisão.
  • Fisiatra: juntamente com o fisioterapeuta, desenvolve os exercícios.
  • Psicólogo: atende o fator emocional do paciente na reabilitação cardíaca, apoiando portanto, o processo pelo lado afetivo.
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O que inclui a reabilitação cardíaca

Como dissemos no início, a reabilitação cardíaca não é apenas um programa de exercícios de fisioterapia, mas principalmente, uma educação em saúde. Portanto, consiste em várias áreas, incluindo:

  • Avaliação médica: o corpo médico determina qual reabilitação é apropriada e qual medicamento deve acompanhar o processo posterior ao evento cardíaco para melhorar os parâmetros internos.
  • Exercícios: na reabilitação cardíaca, são programados exercícios para que o paciente possa realizar e assim, melhorar o músculo cardíaco. Estes são variados: incluem desde a bicicleta ergométrica a levantamento de peso controlado.
  • Educação em saúde: o pilar do programa é que o paciente mude seu estilo de vida. Para isso, ele é educado sobre bons hábitos alimentares e atividade física. Há orientação para administrar o estresse, para realizar consultas com pontualidade e sem demora. Além disso é orientado sobre quais práticas são prejudiciais e como controlar outras doenças que podem complicá-lo.

Entretanto, o mais importante é saber que é indispensável o constante acompanhamento médico, mesmo que os sintomas já tenham desaparecido.

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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.