14 razões comuns pelas quais suas coxas doem

Quando as coxas doem, isso pode ser devido a diversas razões: trauma, golpes, lesões durante o treino, problemas no nervo ciático. Continue lendo para saber mais sobre as causas e tratamentos.
14 razões comuns pelas quais suas coxas doem

Última atualização: 23 agosto, 2022

Quando as coxas doem, sentimos dificuldade em fazer alguns exercícios, como agachamentos, corrida ou ciclismo. A dor pode ser sentida na parte de trás, laterais ou na frente.

Às vezes ela se torna tão intensa que as atividades da vida diária também são afetadas. Nesse sentido, pode haver desconforto ao subir escadas, caminhar ou até mesmo ficar parado.

Isso pode acontecer devido à exaustão física, overtraining ou uma lesão. Além das circunstâncias relacionadas à atividade física, a dor na coxa é um dos sintomas de algumas condições de saúde.

Anatomia da coxa

A coxa é a parte do membro inferior entre as articulações do quadril e do joelho. Ela é composta por vários grupos musculares:

  • Quadríceps: reto femoral, vasto intermédio, medial e lateral.
  • Sartório: juntamente com os anteriores, constituem a parte anterior da coxa.
  • Isquiotibiais: semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral, que compõem a parte posterior.
  • Compartimento medial: nesta área estão os adutores (maiores, longos e curtos), juntamente com o grácil e o pectíneo.

Razões pelas quais as coxas doem

Existem várias razões pelas quais as coxas doem. Algumas são mais comuns e outras menos frequentes. Aprender a reconhecê-las é importante, pois isso ajudará a identificar a causa e determinar como o problema pode ser tratado.

1. Trauma ou golpe

Como em outras partes do corpo, qualquer tipo de golpe ou trauma na coxa pode ser doloroso. E como essa é uma área onde há muitos nervos, às vezes a sensação dura um certo tempo. Além da sensibilidade, hematomas e inchaço também podem ser evidentes.

2. Cãibras

As cãibras podem aparecer depois de muito tempo na mesma posição, seja em pé, sentado ou agachado de forma errada. Além da dor, a cãibra deixa a coxa dormente, e dificulta a movimentação da perna.

Dor na coxa.
As lesões na coxa estão associadas à prática esportiva intensa ou a movimentos inadequados.

3. Espasmos musculares

Os espasmos são contrações temporárias e involuntárias de um músculo que são dolorosas. Os fatores que contribuem para o aparecimento de um espasmo incluem hidratação inadequada e insuficiente, baixos níveis de potássio ou cálcio, além da sobrecarga de trabalho.

4. Adaptação ao treinamento

Se tivemos um longo tempo de inatividade, qualquer treino que começamos do zero pode deixar nossas coxas doloridas. Essas dores, no entanto, devem desaparecer após um curto período de tempo, à medida em que o exercício se torna habitual para nós.

5. Aquecer e alongar

Se começarmos a nos exercitar imediatamente, sem passar pela fase anterior de preparação do corpo para a atividade física, podemos sentir espasmos, cãibras, dores ou nos machucar. Por isso, não devemos esquecer ou subestimar a importância do aquecimento e alongamento na rotina de exercícios.

6. Treinamento intenso

Esta é uma das causas mais frequentes pelas quais as coxas doem. Pode ser por usar um peso excessivo ou fazer um treino muito longo. Até por uma mudança de rotina, incorporando exercícios que não estávamos acostumados.

7. Lesão

Existem vários tipos de lesões: contratura muscular, distensão e ruptura. Qualquer um deles pode fazer nossas coxas doerem, dificultando o movimento das pernas. As lesões ocorrem por esforço excessivo, movimentos bruscos, trabalho com fadiga, equipamentos inadequados ou falta de aquecimento.

8. Tendinite

A tendinite é uma inflamação dolorosa nos tendões. No caso da coxa, pode ocorrer tendinite do quadríceps ou isquiotibiais. Ela também afeta a mobilidade, bem como o tônus e a força muscular e leva semanas para cicatrizar.

9. Atrito da banda iliotibial

A banda iliotibial é a fáscia (tecido conjuntivo) na parte externa da coxa, que às vezes pode ficar irritada e inflamada por excesso de atividade ou estresse repetitivo. Segundo pesquisas, a síndrome da banda iliotibial é bastante comum entre corredores e ciclistas, sendo responsável por 12% das lesões nesses atletas.

10. Meralgia parestésica

A meralgia parestésica é uma condição na qual há uma compressão do nervo cutâneo femoral, que passa pela parte lateral da coxa. Isso não apenas causa dor no local, mas também diminui a sensibilidade. Ela geralmente piora quando a pessoa fica em pé ou anda por muito tempo.

11. Ciatalgia

O nervo ciático inflamado também é outra razão pela qual nossas coxas doem. Neste caso, a sensibilidade está localizada na parte posterior. Muitas vezes produz uma sensação de formigamento, bem como fraqueza e dificuldade para andar ou ficar parado.

12. Compressão do nervo espinhal

Quando há uma hérnia nos discos lombares, os nervos que saem da coluna podem ser comprimidos. Se os afetados são aqueles que atingem ou se movem pela coxa, a dor ocorre nesse local.

13. Estenose espinhal

É um processo semelhante ao descrito acima, exceto pelo fato de que a estenose espinhal é degenerativa. Nela, ocorre um estreitamento do canal lombar devido à compressão da coluna. Entre seus sintomas estão dor e sensação de peso ou dormência nas coxas, que pioram ao estar de pé ou caminhar.

14. AVC e trombose

Após um acidente vascular cerebral (AVC) ou uma trombose, as coxas também doem, assim como a articulação do ombro, da mão ou outras partes do corpo. Ela é conhecida como dor neuropática, sendo descrita como uma sensação latejante, ardente ou de compressão. Também pode haver dormência, fraqueza muscular e formigamento.

Também pode te interessar: Distensão na virilha: por que acontece?

Como é o diagnóstico quando as coxas doem?

Quando as coxas doem, o médico deve começar com um exame físico geral, incluindo as pernas. Além disso, a anamnese é muito importante.

Nesse sentido, o médico perguntará ao paciente sobre a dor, em qual posição ele a sente mais, durante qual atividade, com que frequência, em que horas do dia ocorre, se teve algum trauma e quais outros sintomas se manifestam.

Ele também observará se existem hematomas ou inchaço. Irá examinar as áreas fisicamente e verificar as articulações e os músculos em busca de sinais de lesão. Além disso, ele pedirá ao paciente que faça movimentos e esforços controlados.

Além disso, vários exames podem ser realizados. Entre estes estão os seguintes:

  • Radiografia.
  • Eletromiografia.
  • Ressonância magnética.
  • Ultrassom.

Tratamentos para dor na coxa

O tratamento a seguir quando as coxas doem dependerá das razões pelas quais isso ocorre. No entanto, existem algumas recomendações gerais que podem ser comuns a todos os casos:

  • Descansar: suspender qualquer atividade física e descansar é a primeira medida para aliviar a dor ou evitar que ela aumente.
  • Aplicar calor ou frio no local.
  • Tomar analgésicos ou anti-inflamatórios (ibuprofeno, diclofenaco).
  • Aplicar pomadas para reduzir a dor ou inflamação (especialmente em caso de traumas).
  • Manter o membro elevado.
  • Imobilizar o local por um tempo, se necessário.

Tratamentos

Em certos pacientes, sessões de fisioterapia são realizadas quando há tendinite, contratura, distensão ou laceração, para auxiliar no processo de recuperação. Isso também é feito com meralgias e outros distúrbios.

Da mesma forma, exercícios e movimentos moderados com alongamento podem ajudar a aliviar a dor na coxa. Em outros pacientes, quando existe dor crônica, as abordagens tradicionais são combinadas com opções alternativas, como a acupuntura. Isso pode ser feito desde que o médico autorize.

Dor na coxa ao correr.
Às vezes é necessário mudar a atividade física por um tempo para evitar que a dor aumente.

Devo ir ao médico se minhas coxas doerem?

A condição pode desaparecer por conta própria, apenas com um descanso adequado. Mas é necessário ir ao médico caso a dor se torne crônica, recorrente, muito aguda, incapacitante ou outros sintomas aparecerem (como hematomas). É importante ressaltar que, às vezes, a dor na coxa pode ser um sinal de uma condição maior.

Por outro lado, para ajudar no processo de diagnóstico, tratamento e recuperação, a pessoa deve estar ciente do que acontece quando as coxas doem. Nesse sentido, sugere-se anotar os sintomas experimentados, e em que momento ou em que posição a dor é sentida.

Obviamente, se durante esse processo você perceber que determinadas atividades fazem as suas coxas doerem mais, deve tentar moderar essa atividade, mesmo que seja um exercício.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Abush S, Katz C. Síndrome de fricción de la banda iliotibial. Diagnóstico y tratamiento en pacientes corredores. Revista Mexicana de Ortopedia y Traumatología. 1999; 13(2): 99-104.
  • Bagley C, MacAllister M, Dosselman L, et al. Current concepts and recent advances in understanding and managing lumbar spine stenosis. F1000Res. 2019; 8(1):137. doi:10.12688/f1000research.16082.1
  • Farfán E, Matamala F. Comparative Study between Two Intensities of Continuous Ultrasound in the Repair of the Spinal Nerve Injured by Compression. Int. J. Morphol. 2013;  31(3): 1124-1129.
  • Koh Z, Lin S, Hey H. Lumbar disc herniation presenting with contralateral symptoms: a case report. J Spine Surg. 2017; 3(1): 92-94.
  • Sherry M. Examination and treatment of hamstring related injuries. Sports Health. 2012; 4(2): 107-14.
  • Shamus J, Shamus E. The management of iliotibial band syndrome with a multifaceted approach: a double case report. Int J Sports Phys Ther. 2015; 10(3): 378-390.
  • Scuteri D, Mantovani E, Tamburin S, et al. Opioids in post-stroke pain: A systematic review and meta-analysis. Front Pharmacol. 2020; 11(1): 1-13.
  • Xiang A, Cheng K, Shen X, Xu P, Liu S. The immediate analgesic effect of acupuncture for pain: A systematic review and meta-analysis. Evid Based Complement Alternat Med. 2017; 1(1): 1-13.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.