Proteína na urina: sintomas, causas e tratamento

A presença de proteína na urina nem sempre significa que há um problema de saúde. Às vezes, são apenas circunstâncias passageiras, mas se essa condição persistir, significa que há uma dificuldade no funcionamento dos rins.
Proteína na urina: sintomas, causas e tratamento

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

A presença de proteína na urina pode ser um sinal de que os rins não estão funcionando tão bem quanto deveriam. Em princípio, essa condição não gera nenhum sintoma e só é detectável por um exame de urina. Portanto, na maioria das vezes passa despercebida nos estágios iniciais.

Todos temos proteínas no sangue. Estas desempenham um papel muito importante no corpo, pois ajudam a configurar ossos e músculos, bem como a controlar a quantidade de fluidos no sangue e prevenir infecções, entre outros. No entanto, elas não devem estar presentes na urina.

Quando há proteínas na urina em grande quantidade e de maneira persistente, isso significa que os rins estão fazendo uma filtragem incorreta. Eles devem processar e descartar resíduos, e não proteínas. Este é considerado um sinal precoce de problemas renais que devem ser resolvidos.

Presença de proteína na urina

proteínas na urina

Há sempre alguma quantidade de proteína na urina. Quando seu volume é baixo, é considerado normal. Na verdade, há algumas circunstâncias em que a presença de uma grande quantidade de proteína não é considerada anormal. Ela sobe, por exemplo, após a prática de exercício ou diante de uma infecção, especialmente em jovens.

Esse quadro nos alerta para um problema de saúde quando seus níveis são persistentemente altos. Esta condição é chamada de proteinúria, se não houver outras anormalidades na urina. É quase sempre um sinal de que há alguma disfunção renal que ainda não foi detectada.

A presença de um alto volume de proteínas na urina é mais comum em pessoas com hipertensão  ou diabetes e em pessoas com histórico familiar de doença renal. No entanto, qualquer um pode desenvolver esse sintoma.

Sintomas

A proteinúria ocorre devido a diferentes causas e, portanto, suas características variam consideravelmente de caso para caso. Como observado acima, não gera nenhum sintoma inicialmente. É comum que os primeiros sinais apareçam quando o problema renal já evoluiu.

Nesses casos, podem ocorrer sintomas como diminuição da produção de urina, retenção de líquidos que causa inflamação nos tornozelos, fadiga, tontura, vômito, falta de apetite e gosto desagradável na boca. Um dos sintomas mais comuns é a urina espumosa com textura ensaboada.

A maneira mais comum de diagnosticar a proteinúria é através de um exame de urinaHá um teste rápido, que é feito submergindo uma tira na urina. Se ela mudar de cor, significa que há proteína na urina em altas quantidades. Uma análise química também pode ser feita, fornecendo resultados mais detalhados.

O que causa a presença de proteína na urina?

Saúde renal

Como já explicamos, em alguns casos a causa da proteinúria é alguma circunstância transitória, como um grande esforço físico, presença de febre, temperaturas externas extremas ou até mesmo tensão emocional. Nestes casos, a função renal é alterada apenas temporariamente.

No caso da proteinúria grave, a causa mais comum é a doença glomerular. Está relacionada a uma anormalidade no glomérulo, uma rede capilar que age como um filtro nos rins. A doença glomerular às vezes é causada por diabetes, lúpus, pré-eclâmpsia e outros problemas de saúde.

A proteinúria moderada geralmente é causada por anormalidades nos túbulos renais. Em outros casos, o fator que desencadeia o problema é o fenômeno conhecido como “transbordamento”. Isso ocorre quando as proteínas têm um peso molecular muito baixo e passam facilmente através dos filtros renais.

Tratamento

O tratamento da proteinúria depende da causa do problema. Se for uma doença secundária, ela deve ser tratada.

É mais comum que medicamentos de dois tipos sejam prescritos quando a doença subjacente é a diabetes ou a hipertensão Os primeiros são os chamados “inibidores de enzimas conversoras de angiotensina”, conhecidos como ACE. Os segundos são os “bloqueadores dos receptores de angiotensina”, ou ARB.

Ambos os medicamentos costumam ser prescritos quando a doença subjacente é diabetes ou hipertensão. No entanto, mesmo que esses problemas de saúde não estejam presentes, estes medicamentos também são usados para prevenir danos nos rins. De qualquer forma, a presença de proteína na urina é sempre um motivo de consulta médica.


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  • Farías, R., Páez, N., García, E. A., Marino, A., Herrera, B., & Padilla, E. (2015). Correlación entre cociente proteína/creatinina y proteinuria de 24 horas en pacientes con enfermedad renal. Acta bioquímica clínica latinoamericana, 49(2), 215-220.

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