Paralisia cerebral: do que se trata?

A paralisia cerebral é um transtorno do movimento que costuma aparecer antes dos 3 anos de idade.
Paralisia cerebral: do que se trata?

Escrito por Carmen Martín

Última atualização: 23 agosto, 2022

A paralisia cerebral é um tipo de deficiência produzida por uma lesão cerebral. A lesão limita a atividade da pessoa, porque afeta tanto a mobilidade como a postura. Os cientistas definem a paralisia como um grupo de transtornos permanentes do movimento.

Costuma ocorrer durante o desenvolvimento do feto nos primeiros anos de vida. Além disso, pode surgir acompanhada de déficits de sensibilidade ou intelectuais. Por isso, dizem que é uma plurideficiência.

Saiba mais sobre essa afecção a seguir.

Do que se trata a paralisia cerebral?

Como já mencionamos, a paralisia cerebral, na verdade, se refere a um conjunto de transtornos que afetam a capacidade de movimento, o equilíbrio e a postura. Costuma aparecer nos primeiros anos de vida, já que na maioria das vezes ocorre durante a gestação.

A paralisia cerebral costuma surgir acompanhada de outras dificuldades. Por exemplo, tarefas como caminhar ou escrever são complexas. Também tende a coexistir com deficiência mental ou outras patologias. Tudo isso depende do lugar e do tamanho da lesão cerebral.

Trata-se de uma patologia permanente que não muda ao longo da vida. Isso se deve ao fato de que a lesão cerebral é irreversível e, consequentemente, o dano neurológico. Como a maioria dos casos ocorre antes dos 3 anos, os sintomas são visíveis desde cedo.

Hemorragia cerebral

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Sintomas

A paralisia cerebral costuma ser percebida porque é difícil para o bebê se sentar, engatinhar e, até mesmo, sorrir. O tônus muscular é alterado de maneira diferente segundo o tipo de paralisia.

No entanto, os sintomas relacionados com o movimento não são os únicos. Essa condição pode provocar problemas auditivos ou dificuldade para reconhecer as sensações táteis (agnosia). Também pode causar falta de coordenação, alterações da atenção ou discinesia.

Tipos de paralisia cerebral

Existem diferentes tipos de paralisia cerebral, e suas características principais são:

  • Paralisia espástica. As pessoas que sofrem desse tipo de paralisia têm muita dificuldade para controlar os músculos, que tendem a ficar enfraquecidos. Costuma afetar braços e pernas.
  • Paralisia discinética. Ocorrem movimentos involuntários e lentos. Piora com a fadiga e com as emoções fortes. Mas melhora com o descanso e com o sono. As pessoas que têm esse tipo de paralisia apresentam uma fala difícil de entender.
  • Atáxica. Afeta o cerebelo, que é a parte do encéfalo que controla o equilíbrio.
  • Paralisia cerebral mista. Deve-se a lesões em várias estruturas. Por isso, apresenta uma combinação de sintomas.

Por outro lado, a paralisia também pode ser classificada de acordo com as regiões do corpo que são afetadas. Dessa maneira, temos:

  • Hemiplegia (apenas em uma metade do corpo).
  • Paraplegia.
  • Tetraplegia.
  • Monoplegia.

Do mesmo modo, também pode ser classificada em função da gravidade. Assim, pode ser leve, moderada ou severa.

Abordagem da paralisia cerebral

Como já mencionamos, trata-se de uma patologia permanente e, infelizmente, incurável. No entanto, graças a certos tratamentos e cuidados, é possível conseguir ter uma boa qualidade de vida. Para isso, são colocadas em prática conjuntamente a fisioterapia, a terapia ocupacional e a logopedia.

Para receber o melhor tratamento, existem diferentes centros de assistência. Destacam-se os centros de dia, os ocupacionais, as residências, etc. Neles, são empregados todos os métodos mencionados.

Além disso, foram identificadas certas causas da paralisia cerebral que podem ser prevenidas. Por exemplo, é necessário evitar que o bebê bata a cabeça. É preciso utilizar medidas de segurança, como cadeirinhas e assentos adequados no carro. Ademais, também é importante ter atenção em casa.

Bebê dormindo

Outra situação relacionada é a incompatibilidade do grupo sanguíneo da mãe e do feto. Isso pode ser detectado e prevenido desde o início da gravidez. Do mesmo modo, é preciso vacinar a mãe contra o vírus da rubéola, que parece estar relacionado.

Em conclusão

O ideal é manter uma gravidez da maneira mais saudável possível. Qualquer hábito de risco, como fumar ou consumir álcool, pode prejudicar o feto. Além disso, é necessário realizar todos os exames pertinentes durante a gravidez. Lembre-se de procurar o médico perante qualquer sintoma.


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