O vírus do HIV foi completamente eliminado do sangue de um paciente britânico
Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é talvez uma das doenças mais temidas por todos.
Ela ocorre quando o HIV consegue infectar as células do sistema imunológico. Altera ou anula completamente seu funcionamento, o que impede o combate às infecções e doenças.
Depois de infectado, o paciente pode não ter consciência da doença, pois em primeiro lugar, não costuma manifestar sintomas fortes, ou apenas experimenta um breve período de gripe.
À medida que a doença progride, o sistema imunológico é enfraquecido. Há um aumento significativo no risco de infecções respiratórias, tumores e outras patologias crônicas.
O principal meio de transmissão é através das relações sexuais sem proteção com uma pessoa infectada. No entanto, pode também ocorrer por:
- Transfusão de sangue contaminado.
- Uso de agulhas ou lâminas infectadas.
- A partir de uma mãe infectada para o filho durante a gravidez, parto ou aleitamento materno.
Desde a sua descoberta até agora tem representado um desafio para a comunidade médica e científica, não só por causa das várias maneiras em que afeta os pacientes, mas também por seu difícil controle e tratamento.
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Na verdade, embora progressos significativos tenham sido alcançados, ainda não há uma cura definitiva para as pessoas infectadas.
No entanto, tudo isso estaria prestes a mudar graças a um novo avanço que tem aumentado as esperanças.
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O fim do HIV? Um grupo de cientistas britânicos está muito perto da cura
O vírus do HIV desapareceu por completo do sangue de um paciente britânico de 44 anos, cuja identidade não foi revelada.
O tratamento é parte de um trabalho experimental em que estão envolvidas prestigiadas universidades do Reino Unido, incluindo Oxford, Cambridge, Imperial College de Londres, University College de Londres e King’s College de Londres.
A primeira fase consiste em modificar o vírus de modo que ele possa ser detectado pelo sistema imunológico do corpo. Em seguida, este gera os anticorpos necessários para removê-lo do sangue.
Por enquanto o tratamento está sendo testado em outros 50 pacientes, mas os médicos têm muitas expectativas com os resultados.
O caso deste homem é o primeiro em que foi demonstrado que o vírus desapareceu por completo.
Apesar disso, os especialistas dizem que ainda é muito cedo para celebrar a cura definitiva, já que é necessário repetir os exames no paciente de tempo em tempo para confirmar que não há recidiva.
Lembre-se também de que o HIV é um vírus que pode se esconder muito bem, motivo pelo qual só chega a ser detectado meses depois do contágio inicial.
“Trata-se de uma das primeiras tentativas sérias de uma cura completa para o HIV. Estamos explorando a possibilidade real de cura. É um grande desafio e, embora ainda seja cedo, o progresso tem sido notável”
-Mark Samuels, diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde britânico.-
Em que consiste o novo tratamento?
Uma das grandes dificuldades que existe para os cientistas no desenvolvimento da doença é a detecção do vírus.
Este tem a capacidade de se ligar às células T, que se tornam seu principal meio de reprodução.
Os tratamentos atuais não conseguem detectar as células T infectadas e, por essa razão, os cientistas britânicos focaram nisso.
O novo tratamento pode se tornar o único em detectar e destruir o HIV em todas as áreas afetadas.
Primeiro, aplica-se uma vacina que ajuda o sistema imunológico a detectar células infectadas, a fim de iniciar o processo de limpeza.
Em seguida, em um segundo passo, administra-se uma droga chamada Vorinostat, utilizada em casos graves de linfoma cutâneo das células T e que já mostrou êxito in vitro.
O tratamento não somente pode limpar o organismo de todos os vírus em reprodução, mas também daqueles que estão inativos.
Um tratamento promissor
Embora não haja evidência, existem pelo menos dois outros casos de pacientes curados do HIV. Este caso é bastante especial, porque, se der resultado, poderia ser aplicado em milhões de portadores do vírus no mundo.
Segundo estimativas da ONU, o número de infectados em 2015 superou mais de 36 milhões. Trata-se de um dos mais graves problemas de saúde pública.
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