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Cesárea ou parto normal?

7 minutos
Trazer um bebê ao mundo é uma experiência maravilhosa que boa parte das mulheres deseja experimentar. Algumas preferem a cesárea para evitar a dor, enquanto outras querem ser conscientes de tudo o que lhes acontece.
Cesárea ou parto normal?
Maricela Jiménez López

Revisado e aprovado por a médica Maricela Jiménez López

Escrito por Daniela Colmenares
Última atualização: 23 agosto, 2022

Escolher entre a cesárea ou o parto normal é uma dúvida comum entre as mulheres durante a gestação. Algumas optam pelo método clássico e desejam ter seus bebês pelo parto vaginal. Outras preferem ter a maior quantidade de variáveis controladas e decidem programar uma cesárea.

O parto é um processo totalmente natural e lindo, mas a maioria das mulheres o evitam por medo de sentir muita dor ou de sofrerem danos irreversíveis na vagina. Do ponto de vista funcional, a cesárea é incrível, já que por razões médicas, pode chegar a proteger a vida da mãe e do bebê.

É melhor optar pela cesárea ou pelo parto normal?

A maneira como o bebê chega ao mundo, cesárea ou parto normal, é uma decisão dos futuros pais, mas independentemente disso deve-se contar sempre com assessoria médica.

Geralmente, o especialista que monitora a gravidez e estará presente durante o parto é o responsável por determinar o método ideal de acordo com as características da mãe, do bebê e de cada situação em particular.

Além disso, esta decisão pode variar uma vez que chegue o momento de dar à luz. Geralmente, acontece quando se havia programado um parto vaginal, e por razões de risco o médico decide praticar uma cesárea.

Diferenças entre cesárea e parto normal

A grande diferença entre o parto normal e a cesárea é que esta última é uma intervenção cirúrgica que dura entre 20 e 30 minutos. Se programada, não deve ser feita antes da trigésima nona semana de gestação, a menos que o médico indique o contrário por alguma situação de risco.

A nível físico

“O que é menos doloroso, a cesárea ou o parto normal? ”. É uma dúvida muito comum entre as mães de primeira viagem na hora de dar à luz. Com a operação cirúrgica, diferente do parto vaginal, a dilatação não ocorre. Portanto, na cesárea não há dor (no momento da intervenção).

Em geral, esta intervenção é feita com anestesia peridural que causa um bloqueio sensorial e motor da área inferior do corpo, de 10 centímetros acima do umbigo até as extremidades inferiores, mas ao mesmo tempo, a mulher se mantém acordada. Seu efeito dura entre uma hora e uma hora e meia. Durante as 24 e 48 horas posteriores, a dor é controlada com analgésicos e anti-inflamatórios por via endovenosa.

Leia este artigo: 5 técnicas para aliviar a dor do parto

A nível imunológico

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Antes de nascer, os bebês são praticamente estéreis. Ou seja, não têm nenhuma bactéria em seu corpo. Porém, algumas bactérias são necessárias para o funcionamento correto dos órgãos. Quando a criança nasce por parto natural, enche-se dessas bactérias que vêm da mãe.

Agora, quando uma cesárea é feita, o bebê não recebe essa carga de microbiota materna. Em geral, absorve as bactérias do ambiente em que nasce e das pessoas ao seu redor, além de sua mãe. Além disso, muitas delas são desconhecidas por seu sistema imunológico, e isso é pior.

Um estudo realizado pela Universidade de Copenhague chegou à conclusão de que os partos por cesárea causam um déficit a longo prazo, de fatores que são chave na prevenção de doenças imunológicas.

A flora intestinal das crianças nascidas por parto natural é diferente a daqueles que nascem por cesárea. Os segundos têm menor quantidade de células relacionadas com fatores imunológicos; assim, aumenta o risco de sofrer de doenças como diabetes do tipo 1, doença de Crohn ou alergias severas.

A nível de cuidados

Depois de uma cesárea ou parto natural, a mulher requer muito descanso para que seu corpo se cure. Isso significa pouco ou nenhum trabalho de casa. Além disso, se a mãe tiver outros filhos pequenos, não deve ficar correndo atrás deles.

O período de pós-parto pode ser um dos momentos mais difíceis para as mães e os familiares. Esta etapa pode ser ainda mais difícil para as mulheres que tiveram uma cesárea.

Em ambos os casos, a nova mãe deve descansar o suficiente e evitar levantar peso. Quando se trata de um parto normal, a dor é momentânea enquanto que com a cesárea deve-se realizar uma intervenção cirúrgica e a mulher terá uma cicatriz externa, na epiderme, e uma interna, no útero.

Descubra: Como se preparar para o dia do parto

A nível econômico

Por se tratar de uma operação, a cesárea tem um custo maior. Além do obstetra e pediatra que receberão ao bebê, este processo requer uma equipe de médicos, especialistas e enfermeiros capacitados para atender a qualquer problema que possa se apresentar.

Ainda, a cesárea se realiza em uma sala de cirurgia equipada para a intervenção. Por sua vez, o parto normal é feito em um cômodo condicionado para trazer o bebê ao mundo. Além da peridural, o parto normal não requer anestesia. A menos que a mãe apresente alguma complicação, não precisa de antibióticos ou medicamentos por via intravenosa.

Porque e quando escolher cesárea ou parto normal?

Muitas mulheres ficam na dúvida entre escolher uma cesárea ou parto natural para trazer seu bebê ao mundo. Ainda que um parto natural costume ser mais seguro para a mãe e para o bebê, em alguns casos é necessário praticar uma cesárea.

Vantagens e desvantagens da cesárea

Vantagens

  • Devido ao fato de que se aplica uma injeção peridural na parte abdominal, perde-se a sensibilidade da cintura até os pés. Ou seja, a cesárea é um parto livre de dor.
  • Costuma-se programar a data de nascimento da criança.
  • A operação dura de três a quatro horas, incluindo o tempo de preparo e a recuperação.

Desvantagens

  • É uma cirurgia com anestesia, e qualquer intervenção cirúrgica leva a riscos de infecção e dano a outros órgãos.
  • O tempo de recuperação demora de um a dois meses, no mínimo.
  • Custa para a mãe se levantar e caminhar durante os primeiros dias. Requer muito apoio físico.
  • Os efeitos adversos da anestesia podem causar náuseas, enjoos e vômitos durante os dias posteriores à cesárea.

Vantagens e desvantagens do parto normal

Vantagens

  • Os riscos colaterais do parto natural como perda excessiva de sangue, dano aos rins e possibilidades de contrair infecções são menores do que na cesárea.
  • A pressão arterial se mantém mais estável.
  • A injeção de oxigênio na placenta e no bebê é melhor do que durante a cesárea.
  • O bebê nasce mais alerta, porque passar pelo canal do parto estimula seus sentidos.
  • O corpo da mamãe libera oxitocina, o que favorece a produção de leite e o vínculo afetivo entre mãe e bebê.

Desvantagens

  • Risco de sofrer incontinência urinária pós-parto.
  • O parto natural não pode ser programado, como a cesárea.
  • Risco de desgarro vaginal.
  • Existe a possibilidade de que o doutor opte por realizar uma episiotomia.

A importância de consultar um especialista

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Se ainda não se decide pela cesárea ou parto normal, sempre pode procurar o médico para tirar suas dúvidas. Lembre-se de que ele tem seu histórico clínico e sabe como seu bebê se desenvolveu em seu útero. Em alguns casos, se recomenda a cesárea se o bebê está em pé ou não encaixou na posição correta para sair do útero.

Por exemplo, as mulheres com mais de 35 anos são mais propensas a sofrer de complicações durante o parto normal, por isso se recomenda programar uma cesárea. Assim, terão uma equipe médica especializada para atender a qualquer tipo de eventualidade.

Conclusões

As mães que optam pelo parto natural são mais conscientes do que acontece ao seu redor e desejam ter uma experiência completa da chegada de seu bebê ao mundo. Inclusive, podem ver e ter seu pequeno nos braços na hora de nascer.

Porém, são muitas as razões pelas quais uma mulher requer uma cesárea. Tudo depende do caso. É importante levar em conta que cada grávida tem necessidades e situações diferentes de outras parturientes.

Portanto, a decisão final deve ser tomada com plena consciência e logo consultar um especialista.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.