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O açúcar mascavo é melhor do que o refinado?

4 minutos
Descubra por que o açúcar mascavo e o refinado são praticamente a mesma coisa, e qual é o seu verdadeiro impacto na saúde humana.
O açúcar mascavo é melhor do que o refinado?
Saúl Sánchez Arias

Escrito e verificado por nutricionista Saúl Sánchez Arias

Última atualização: 23 agosto, 2022

Nos últimos anos, o açúcar refinado de mesa foi substituído por outras substâncias aparentemente melhores para a saúde. Um exemplo é o açúcar mascavo. Com o tempo, surgiu a dúvida: será que o açúcar mascavo realmente é melhor do que o refinado?

Este produto não deixa de ser semelhante ao açúcar comum, mas apresenta um nível de processamento menor. Mantém quase todas as propriedades do açúcar de mesa comum, e seu impacto na saúde é muito semelhante. Portanto, ele não melhora em nada os “defeitos” do primeiro e não é inofensivo para a saúde.

A quantidade de fibras é um pouco mais alta no açúcar mascavo, embora isso não o torne imediatamente melhor do que o refinado. Se o compararmos com outros alimentos, a quantidade de fibra permanece insignificante. Por outro lado, o índice glicêmico e a resposta pancreática à sua ingestão são praticamente idênticos.

O açúcar na indústria

O açúcar é um dos produtos mais utilizados na indústria. Possui propriedades antimicrobianas, que melhoram a preservação dos alimentos. Além disso, tem a capacidade de melhorar as propriedades organolépticas, tornando outros alimentos mais atrativos.

Apesar disso, este é um alimento relacionado ao desenvolvimento de muitas doenças complexas, como a diabetes e o câncer. Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde limitou seu consumo para tentar reduzir a taxa de obesidade.

Um dos problemas da adição sistemática de açúcar aos produtos é o vício que este gera. Este deveria ser um alimento usado apenas em alguns casos, em âmbitos esportivos, mas se tornou uma das substâncias mais consumidas pela população.

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Leia também: 7 maneiras de reduzir o açúcar da dieta das crianças

O nome não importa: é açúcar

Atualmente, após a campanha de conscientização para reduzir o consumo de açúcar, encontramos variedades com nomes distintos, mas que, no fundo, são a mesma coisa. O açúcar mascavo, o melaço, o mel e o açúcar de coco são todos produtos que, na sua composição, apresentam o açúcar como ingrediente principal.

O efeito sistêmico de todos esses produtos é bastante semelhante, embora o marketing queira apresentá-los de uma forma diferente. Portanto, é uma boa ideia reduzir o consumo desse tipo de alimento.

Como contrapartida, é melhor aumentar a ingestão de carboidratos com baixo índice glicêmico e alimentos ricos em fibras, que garantam a saúde intestinal. Também não é uma má ideia aumentar a ingestão de gorduras essenciais, ainda que dentro da estrutura de uma dieta saudável.

Uma boa maneira de reduzir o consumo de açúcar é usar adoçantes artificiais, embora estes não devam ser usados em excesso. Esses tipos de produtos costumam ser testados em laboratório, embora nem todos os efeitos colaterais a longo prazo sejam conhecidos.

Saiba mais: 6 adoçantes naturais para substituir o açúcar refinado

Jejum para reparar os problemas causados ​​pelo açúcar

Uma estratégia que está muito na moda para perder peso e prevenir o aparecimento da diabetes é o jejum intermitente. Com ele, podemos reparar – sempre que a identificarmos a tempo – a resistência à insulina que produz um elevado consumo de açúcar.

Atualmente, o protocolo de jejum intermitente mais utilizado por sua praticidade é  o 16:8. Este consiste em passar dezesseis horas todos os dias sem comer alimentos calóricos. Durante esse período, é ativada a via AMPK do metabolismo, responsável pelos processos catabólicos e produção de energia a partir da queima de gordura.

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A indústria de alimentos usa o açúcar para muitas coisas. Trata-se de um aditivo que aparece em vários produtos sem percebermos.

Portanto, o jejum é uma boa maneira de perder peso, pois também reduz significativamente a quantidade de calorias ingeridas por semana.

Pular o café da manhã costuma ser uma forma eficaz de jejum intermitente. Além disso, é no café da manhã que existe uma possibilidade maior de ingerir alimentos açucarados, industrializados ou de má qualidade.

Conclusão: o açúcar mascavo é melhor do que o açúcar refinado?

Ainda que a indústria tente dar muitos nomes diferentes a um mesmo produto e criar formas de apresentação distintas, a sua qualidade não muda. O açúcar mascavo é muito semelhante ao refinado para quase todos os fins.

Por isso, é um alimento que não deve ser consumido em excesso. Ao evitá-lo, podemos prevenir problemas relacionados à obesidade e ao aparecimento de doenças.

Uma estratégia interessante para reduzir o consumo pode ser substituir o açúcar por adoçantes artificiais, embora sempre com moderação. Outra opção válida é seguir um protocolo de jejum intermitente, pulando o café da manhã, que é a refeição crítica em termos de ingestão de açúcar.

Nos últimos anos, o açúcar refinado de mesa foi substituído por outras substâncias aparentemente melhores para a saúde. Um exemplo é o açúcar mascavo. Com o tempo, surgiu a dúvida: será que o açúcar mascavo realmente é melhor do que o refinado?

Este produto não deixa de ser semelhante ao açúcar comum, mas apresenta um nível de processamento menor. Mantém quase todas as propriedades do açúcar de mesa comum, e seu impacto na saúde é muito semelhante. Portanto, ele não melhora em nada os “defeitos” do primeiro e não é inofensivo para a saúde.

A quantidade de fibras é um pouco mais alta no açúcar mascavo, embora isso não o torne imediatamente melhor do que o refinado. Se o compararmos com outros alimentos, a quantidade de fibra permanece insignificante. Por outro lado, o índice glicêmico e a resposta pancreática à sua ingestão são praticamente idênticos.

O açúcar na indústria

O açúcar é um dos produtos mais utilizados na indústria. Possui propriedades antimicrobianas, que melhoram a preservação dos alimentos. Além disso, tem a capacidade de melhorar as propriedades organolépticas, tornando outros alimentos mais atrativos.

Apesar disso, este é um alimento relacionado ao desenvolvimento de muitas doenças complexas, como a diabetes e o câncer. Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde limitou seu consumo para tentar reduzir a taxa de obesidade.

Um dos problemas da adição sistemática de açúcar aos produtos é o vício que este gera. Este deveria ser um alimento usado apenas em alguns casos, em âmbitos esportivos, mas se tornou uma das substâncias mais consumidas pela população.

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Leia também: 7 maneiras de reduzir o açúcar da dieta das crianças

O nome não importa: é açúcar

Atualmente, após a campanha de conscientização para reduzir o consumo de açúcar, encontramos variedades com nomes distintos, mas que, no fundo, são a mesma coisa. O açúcar mascavo, o melaço, o mel e o açúcar de coco são todos produtos que, na sua composição, apresentam o açúcar como ingrediente principal.

O efeito sistêmico de todos esses produtos é bastante semelhante, embora o marketing queira apresentá-los de uma forma diferente. Portanto, é uma boa ideia reduzir o consumo desse tipo de alimento.

Como contrapartida, é melhor aumentar a ingestão de carboidratos com baixo índice glicêmico e alimentos ricos em fibras, que garantam a saúde intestinal. Também não é uma má ideia aumentar a ingestão de gorduras essenciais, ainda que dentro da estrutura de uma dieta saudável.

Uma boa maneira de reduzir o consumo de açúcar é usar adoçantes artificiais, embora estes não devam ser usados em excesso. Esses tipos de produtos costumam ser testados em laboratório, embora nem todos os efeitos colaterais a longo prazo sejam conhecidos.

Saiba mais: 6 adoçantes naturais para substituir o açúcar refinado

Jejum para reparar os problemas causados ​​pelo açúcar

Uma estratégia que está muito na moda para perder peso e prevenir o aparecimento da diabetes é o jejum intermitente. Com ele, podemos reparar – sempre que a identificarmos a tempo – a resistência à insulina que produz um elevado consumo de açúcar.

Atualmente, o protocolo de jejum intermitente mais utilizado por sua praticidade é  o 16:8. Este consiste em passar dezesseis horas todos os dias sem comer alimentos calóricos. Durante esse período, é ativada a via AMPK do metabolismo, responsável pelos processos catabólicos e produção de energia a partir da queima de gordura.

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A indústria de alimentos usa o açúcar para muitas coisas. Trata-se de um aditivo que aparece em vários produtos sem percebermos.

Portanto, o jejum é uma boa maneira de perder peso, pois também reduz significativamente a quantidade de calorias ingeridas por semana.

Pular o café da manhã costuma ser uma forma eficaz de jejum intermitente. Além disso, é no café da manhã que existe uma possibilidade maior de ingerir alimentos açucarados, industrializados ou de má qualidade.

Conclusão: o açúcar mascavo é melhor do que o açúcar refinado?

Ainda que a indústria tente dar muitos nomes diferentes a um mesmo produto e criar formas de apresentação distintas, a sua qualidade não muda. O açúcar mascavo é muito semelhante ao refinado para quase todos os fins.

Por isso, é um alimento que não deve ser consumido em excesso. Ao evitá-lo, podemos prevenir problemas relacionados à obesidade e ao aparecimento de doenças.

Uma estratégia interessante para reduzir o consumo pode ser substituir o açúcar por adoçantes artificiais, embora sempre com moderação. Outra opção válida é seguir um protocolo de jejum intermitente, pulando o café da manhã, que é a refeição crítica em termos de ingestão de açúcar.


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Patterson RE., Sears DD., Metabolic effects of intermittent fasting. Annu Rev Nutr, 2017. 37: 371-393.

Mattson MP., Longo VD., Harvie M., Impact of intermittent fasting on health and disease processes. Ageing Res Rev, 2017. 39: 46-58.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.