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Para que serve a Novalgina?

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A Novalgina é utilizada no tratamento de dores pós-operatórias ou pós-traumáticas agudas moderadas ou graves, do tipo cólica ou de origem tumoral.
Para que serve a Novalgina?
Última atualização: 13 abril, 2020

A Novalgina é um medicamento composto por metamizol ou dipirona. Pertence ao grupo das pirazolonas e possui ação analgésica e antipirética. 

No entanto, a Novalgina também possui propriedades anti-inflamatórias e espasmolíticas, embora de menor potência. A seguir, veremos uma série de características deste medicamento.

Como funciona a Novalgina?

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Assim como outras drogas do grupo, a dipirona ou o metamizol atuam inibindo a ação da ciclo-oxigenase. Inibe, portanto, a síntese de prostaglandinas devido às suas propriedades analgésicas e antipiréticas.

No entanto, apesar disso e apesar dos seus metabólitos também serem ativos e bloquearem a síntese de prostaglandinas, a sua atividade anti-inflamatória não é importante.

Por outro lado, o metamizol relaxa e reduz a atividade do músculo liso gastrointestinal e uterino. A dipirona ou o metamizol podem ser utilizados por via oral, intramuscular ou intravenosa.

A Novalgina é rapidamente metabolizada no fígado, onde é transformada em metabólitos ativos que são eliminados na urina.

Para que é utilizada?

Este medicamento é utilizado no tratamento de dor pós-operatória ou pós-traumática aguda moderada ou grave, do tipo cólica ou de origem tumoral. Também é indicado em casos de febre alta que não responde a outras medidas ou outros medicamentos antipiréticos.

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Dose e contraindicações

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A dose utilizada depende do efeito analgésico procurado e da situação do paciente. Em geral, para adultos, a dose habitual de administração oral está entre 8 e 16 mg/kg de peso corporal.

A administração parenteral está associada a um risco aumentado de reações anafiláticas. Para o tratamento da febre em crianças, a dose de 10 mg/kg de peso corporal geralmente é suficiente.

Os efeitos analgésicos e antipiréticos ocorrem 30 a 60 minutos após a administração. A dose parenteral de mais de 1 g de dipirona deve ser cuidadosamente analisada quanto ao risco de hipotensão.

Outra recomendação a se ter em mente é que, para pacientes diabéticos, devem ser usados ​​comprimidos ou gotas em vez de xarope. Além disso, devem ser evitadas doses elevadas de metamizol em pacientes com comprometimento renal ou hepático.

Por outro lado, no que diz respeito às contraindicações, a Novalgina não deve ser utilizada nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade às pirazolonas.
  • Insuficiência renal ou hepática, aguda e crônica.
  • Discrasias sanguíneas.
  • Úlcera duodenal ativa.
  • Insuficiência cardíaca.
  • Durante a gravidez e amamentação.

Além disso, a avaliação hematológica é recomendada antes e periodicamente durante o tratamento.

Reações adversas

A dipirona ou o metamizol é um analgésico que, devido aos seus efeitos tóxicos, principalmente devido à sua relação com a agranulocitose, foi retirado do mercado em muitos países. Há informações disponíveis que indicam que o seu uso resulta em reações graves de hipersensibilidade. Entre eles, destacam-se:

  • Agranulocitose: embora seja de baixa frequência, é uma reação séria e às vezes irreversível. No entanto, embora a sua origem seja desconhecida, é considerada uma reação imunológica.
  • Choque: essa é outra reação essencial da hipersensibilidade. Manifesta-se com prurido, suor frio, obnubilação, náusea, dispneia e descoloração da pele.

A agranulocitose e o choque põem em risco a vida do paciente e exigem suspensão do tratamento. Nesses casos, é preciso receber atenção médica imediata.

Além disso, podem ocorrer reações de hipersensibilidade cutânea, principalmente nas mucosas oculares e na região nasofaríngea. Outras reações que podem ocorrer devido à administração do metamizol são leucopenia, trombocitopenia e anemia hemolítica.

Recomendações da AEMPS aos profissionais de saúde

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A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos de Saúde analisou a situação do metamizol na Espanha devido às notificações de casos de agranulocitose. Por esse motivo, ela insiste em lembrar que estes são medicamentos prescritos. Além disso, faz as seguintes recomendações aos profissionais de saúde:

  • Use metamizol apenas para tratamentos de curta duração, no máximo 7 dias.
  • Recomenda seu uso apenas em casos que estejam em conformidade com as indicações autorizadas e com as doses mínimas efetivas.

No entanto, se for necessário um tratamento mais longo, devem ser realizados controles hematológicos periódicos, incluindo a fórmula de leucócitos. Em pacientes nos quais não é possível realizar controles, o metamizol não deve ser usado.

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Conclusão sobre a Novalgina

Recomenda-se que, antes de prescrever o metamizol, seja analisado o histórico médico detalhado do paciente. Dessa forma, seu uso pode ser evitado em pacientes com histórico de hipersensibilidade ou reações hematológicas a este medicamento.


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