Mulher nega pedido da irmã com câncer para cuidar dos filhos quando ela falecer

Entenda os motivos para essa mulher ter recusado o pedido da irmã com câncer de cuidar dos filhos dela.
Mulher nega pedido da irmã com câncer para cuidar dos filhos quando ela falecer

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 11 março, 2022

Um relato postado na rede social Reddit está provocando muita discussão na internet. Uma usuária comentou que recebeu uma ligação da irmã, que mora em outro país, na qual ela dizia que estava com um tumor no cérebro e tinha pouco tempo de vida e pedia para a irmã cuidar dos filhos dela. A história, que até então parecia triste e emocionante, teve uma reviravolta inesperada: a usuária respondeu com um “não”.

“Minha irmã (31 anos) foi recentemente diagnosticada com um tumor cerebral. É grande e inoperável, por causa da localização. Não sei quanto tempo de vida ela tem, mas é provável que seja pouco. Aparentemente, ela já tem alguns sintomas bem ruins. Minha irmã tem três filhos, um recém-nascido, um de dois anos e um de seis anos. Ela me pediu para cuidar deles quando ela se for. Não temos mais ninguém na família e o ex-marido dela não quer saber das crianças porque ela o traiu durante anos com vários homens e os filhos não são dele. Ela não sabe quem são os pais das crianças”.

Os motivos para a recusa do pedido de cuidar dos filhos da irmã

A usuária da rede social mencionada, de 25 anos de idade, explicou os principais motivos pelos quais tomou a decisão de recusar o pedido feito pela irmã:

  • Ela e o marido decidiram em conjunto que não teriam filhos e não seria justo exigir que o companheiro fizesse esse sacrifício. Ela comenta que isso poderia ser motivo de divórcio.
  • A irmã disse que quer que ela crie os sobrinhos seguindo a religião católica, levando as crianças à igreja regularmente. A usuária comenta que é ateia, de forma que obviamente não frequenta a igreja e não pretende começar a fazer isso.
  • A irmã vive em outro país, de forma que as crianças (principalmente a mais velha) teriam que se adaptar a novos costumes e uma língua diferente, o que poderia causar uma série de transtornos para elas.
  • As duas irmãs têm uma diferença de seis anos e não chegaram a conviver nem mesmo durante a infância. Todas as memórias que a usuária tem da irmã são de situações nas quais ela foi destratada. Além disso, depois que a irmã se mudou aos 18 anos elas não mantiveram contato, apenas se viram no funeral dos pais.

A usuária comenta que a irmã começou a chorar ao ouvir a resposta negativa, mas ela permaneceu firme em sua decisão. Ela também afirmou que vem recebendo diversas ligações e mensagens dos amigos da irmã, que a chamam de egoísta e dizem que ela tem a obrigação de assumir a criação dos sobrinhos.

“É a minha vida e eu preciso ser egoísta nesse sentido. Uma criança não é um compromisso de 18 anos, é para a vida toda, e é um compromisso que decidi não ter”.

A usuária também comenta que sugeriu que a irmã fizesse testes de DNA para encontrar os pais das crianças e inclusive se ofereceu para pagar pelos exames, mas a irmã recusou. Ela finaliza sua postagem rebatendo as críticas e oferecendo seu ponto de vista sobre a questão:

“Não é porque eu quero ensinar uma lição à minha irmã porque eles são frutos de traição”, acrescentou, respondendo a alguns comentários que insinuavam isso. “Eu só levantei esse assunto porque sei que todo mundo ia perguntar ‘onde está o pai’. É porque minha irmã é uma estranha para mim. Eu não falava com ela há mais de 10 anos, eu nunca a conheci e nem conheci seus filhos. E eu não quero filhos. Meu marido (sim, nós conversamos sobre o assunto) iria embora. Falando realisticamente, não ia funcionar. Com a renda dele não seríamos capazes de custear as crianças de qualquer maneira.

Não quero crianças, não só porque sou egoísta, como vários de vocês sugeriram, mas porque eu tenho questões de saúde mental que jamais me deixariam ser uma boa mãe.

Eu tenho TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e ‘gosto da minha casa limpa’. É um TOC no nível que eu preciso fechar a porta várias vezes, até que eu tenha certeza de que está completamente fechada, barulhos como o de uma torneira pingando me deixam louca, imagine se eu tiver um recém-nascido em casa. Quando o som pode deixar você mentalmente insana, é debilitante.

Minha irmã não merece falecer e os filhos dela não merecem esse destino, mas, sinceramente, o pai deles é que precisa se prontificar, não eu”.


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