Melanoma maligno: causas e diagnóstico

A principal forma de prevenir o aparecimento do melanoma maligno é se proteger da radiação ultravioleta, seja solar ou procedente de fontes artificiais.
Melanoma maligno: causas e diagnóstico

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

O melanoma maligno é um tumor cancerígeno que normalmente se desenvolve na pele. Em algumas ocasiões, também pode aparecer nas mucosas ou em outras áreas do corpo. É a forma mais letal do câncer de pele, pois se propaga com extrema facilidade para outras partes do corpo.

Este tipo de tumor aparece quando os melanócitos, células da pele produtoras de melanina, adquirem características cancerosas. É o terceiro tipo mais frequente de câncer de pele, de fato, sua incidência a nível mundial aumentou nas últimas décadas. Além disso, também aumentou a taxa de mortalidade associada a esta doença.

Fatores de risco e tipo de melanoma maligno

Forma de melanoma maligno

Os indivíduos com maior risco de desenvolver um melanoma maligno são as pessoas loiras de pele clara, aquelas que têm muitas pintas ou as que frequentemente sofrem com queimaduras solares. Somente 25% dos melanomas malignos derivam de uma pinta pré-existente.

Geralmente, os homens têm tendência a desenvolver melanomas malignos nas costas, enquanto que nas mulheres, a zona mais comum de aparecimento deste tipo de tumor é nas pernas. Em geral, o melanoma maligno inicialmente se parece com uma pinta normal, a qual mudará pouco a pouco, aumentando de volume e adquirindo um traço mais irregular.

É possível distinguir até quatro tipos de melanomas malignos:

  • Extensivo e superficial: corresponde a 70% dos casos. Aparece principalmente nas pernas e no tronco. É uma lesão plana, com algumas áreas elevadas. Tem um crescimento lento e apresenta diferentes cores (cinza, vermelho, preto, azul ou café).
  • Nodular: corresponde a 15% dos casos. É uma lesão elevada, de cor preta, azul ou incolor. Cresce muito rapidamente.
  • Lentiginoso: abarca entre 5 a 10% dos casos. Tem aparência de pápula ou nódulo e aparece geralmente nos idosos. É de cor marrom, preto, azul ou sem pigmento. Cresce lentamente.
  • Lentigo maligno: corresponde a 5% dos casos. Aparece nos idosos no rosto, pescoço ou dorso das mãos. É uma lesão plana, com pequenas áreas mais volumosas. Apresenta tons azuis ou cinzas e tem um crescimento muito lento.

Diagnóstico do melanoma maligno

O melanoma maligno muda de tamanho

Como mencionamos anteriormente, sempre que aparecer uma pinta estranha na pele ou algo que se pareça, suspeite que se trate de um melanoma maligno. Existe um padrão chamado a “regra do ABCDE” utilizado para detectar com precisão este tipo de tumor. Nesse sentido, é aconselhado avaliar cada lesão cutânea e observar se apresenta as seguintes características:

  • A: Assimétrica, ou seja, que apresenta forma irregular.
  • B: Bordas irregulares.
  • C: Coloração irregular.
  • D: Diâmetro superior a 6 mm.
  • E: Evolução, ou seja, que mude com o tempo.

Quando uma lesão reúne estas características o médico ordenará uma biópsia ou a extirpação da lesão. Em ambos os casos, realiza-se um estudo histopatológico, ou seja, o tecido será observado no microscópico para determinar se se trata de um melanoma maligno. Também é medida a profundidade do mesmo.

A principal medida de prevenção contra um melanoma maligno é se proteger das radiações ultravioleta, tanto naturais como artificiais. Deve-se evitar se expor aos raios solares especialmente nas horas mais calorosas do dia. Por outro lado, um diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura.

Complicações e prognóstico

Mulher com melanoma maligno

Há melanomas malignos que têm pouca profundidade, considerando superficiais se não superam os 0,9 milímetros. São os casos mais frequentes. São chamados de melanoma in situ e são mais fáceis de tratar. Além disso, os melanomas malignos que não se espalham para além de sua localização inicial têm grandes chances de serem curados.

Contudo, caso o melanoma seja mais profundo, o problema geralmente é mais grave. Dessa maneira, d eve-se determinar se alcançou os gânglios linfáticos mais próximos mediante o estudo do gânglio sentinela.

O prognóstico de um melanoma maligno depende de vários fatores:

  • Localização
  • Grossura
  • Índice mitótico, ou seja, a frequência com que as células cancerosas se multiplicam.
  • Nível de invasão.
  • Infiltração linfoide.
  • Ulceração.

Também deve-se levar em conta sua evolução, no entanto, o fator que mais influencia no prognóstico é se o melanoma está localizado ou se, do contrário, se espalhou. No primeiro caso, o prognóstico é muito positivo, enquanto que no segundo caso costuma dar lugar a prognósticos graves.


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