Infecção vaginal fúngica: causas e abordagem
Uma infecção vaginal fúngica é uma condição comum que geralmente se desenvolve a partir do crescimento do fungo candida albicans. Esse micro-organismo habita naturalmente a vagina, mas pode se multiplicar diante de certos fatores.
Como resultado ocorrem sintomas desconfortáveis, como inflamação, coceira e alterações no fluxo. Além disso, às vezes produz um odor incômodo e desconforto no momento das relações sexuais. Quais são as suas causas? Você pode combatê-la com remédios naturais?
Nesta oportunidade, queremos dedicar este espaço para resolver essas questões. Da mesma forma, revisaremos detalhadamente seus principais sintomas e algumas recomendações para sua prevenção.
Tome nota!
Causas da infecção vaginal fúngica
Uma grande variedade de micro-organismos habita naturalmente na vagina. O fungo Candida albicans é um deles. Em um estado normal, as bactérias conhecidas como Lactobacillus ajudam a manter o seu crescimento sob controle a fim de evitar desconfortos.
No entanto, quando sofrem um desequilíbrio, a levedura cresce excessivamente e causa uma infecção. Isso, por sua vez, pode ser a consequência de fatores como:
- Consumo prolongado de antibióticos
- Gravidez e alterações hormonais
- Sistema imunológico enfraquecido
- Diabetes não controlada
- Maus hábitos alimentares
- Estresse e insônia
Quando a infecção vaginal fúngica é recorrente ou não desaparece com o tratamento usual, sua causa pode ser diferente do crescimento do fungo Candida. Nestes casos, é essencial solicitar exames médicos e laboratoriais.
Descubra também: Como detectar e tratar uma infecção vaginal a tempo
Sintomas
Os sintomas de uma infecção vaginal por leveduras ou fungos podem variar dependendo da evolução da doença. Quando a infecção é leve, a paciente pode experimentar apenas coceira vaginal e alterações no fluxo. No entanto, à medida que o problema progride, também pode ocorrer:
- Inchaço ao redor da vagina
- Dor durante a relação sexual
- Ardor ao urinar
- Pele avermelhada
- Erupções
- Fluxo cinza e com grumos
Remédios naturais para combater uma infecção vaginal fúngica
Todas as infecções por leveduras são diferentes. Por isso é importante consultar o médico quando o desconforto persistir por vários dias. O tratamento convencional inclui medicamentos tópicos como clotrimazol ou fluconazol, entre outros.
No entanto, casos mais leves podem ser aliviados com alguns remédios naturais com propriedades antifúngicas e antibacterianas. Embora ainda não hajam estudos científicos sobre a sua eficácia e não sejam tão potentes quanto os remédios prescritos, seu uso pode favorecer o alívio dos sintomas. Você os conhece?
Iogurte Grego
Os probióticos contidos no iogurte grego podem apoiar o tratamento da infecção vaginal por leveduras causadas por Candida albicans. Essas bactérias vivas, especificamente o Lactobacillus acidophilus, ajudam a criar um ambiente saudável na vagina.
Como usá-lo?
- Antes de tudo, é essencial comprar um iogurte grego que não contenha açúcar adicionado, pois este alimenta o fungo.
- Posteriormente, você pode aplicá-lo nas partes externas da vagina.
- Também é benéfico consumir uma porção por dia.
Ácido bórico para uma infecção vaginal fúngica
O ácido bórico é um ingrediente com propriedades antissépticas e antifúngicas que favorece o controle de infecções fúngicas. Pesquisas realizadas em 2009 sugerem que este pode contribuir para a abordagem da vaginose.
No entanto, é essencial saber que, em grandes quantidades é um ingrediente agressivo que pode causar danos nos rins, falência aguda do sistema circulatório ou morte. Por isso, não deve ser usado em peles rachadas e não pode ser tomado por via oral.
Como usá-lo?
- Para lidar com a infecção vaginal por leveduras é aconselhável dissolver uma pequena colher de chá em um balde de água.
- A preparação é aplicada na área da vulva para minimizar o desconforto.
Cuidado: este remédio não deve ser usado durante a gravidez.
Óleo de coco
O óleo de coco é um ingrediente com propriedades antifúngicas que podem ajudar a controlar o crescimento do fungo Cândida albicans. Assim, seu uso regular contribui, de certa forma, para interromper a infecção vagina fúngica.
Como usá-lo?
- Primeiro, adquira óleo de coco puro e 100% orgânico.
- Posteriormente, aplique-o na área afetada.
- Use-o diariamente até sentir uma melhora.
Leia também: Como preparar um sabonete natural para combater infecções vaginais
Alho
Sem dúvida, o alho ainda continua vigorando como um dos melhores remédios naturais contra as infecções. De acordo com os resultados de um estudo de laboratório, o alho poderia ser um remédio potente para controlar a Candida albicans. No entanto, ainda são necessárias evidências para verificar esses efeitos.
Como usá-lo?
- Para tirar proveito de suas propriedades, recomenda-se o consumo diário de um dente de alho cru.
- Também pode ser útil fazer uma preparação para uso externo: esmague um alho, despeje em água quente e deixe esfriar. Em seguida, coe e aplique o líquido como um enxágue.
Cuidado: por nenhuma razão o alho deve ser inserido na vagina. Casos de queimaduras e dores foram relatados por esses tipos de remédios.
Óleo de orégano silvestre para abordar a infecção vaginal fúngica
O óleo de orégano silvestre (Origanum vulgare) contém dois antifúngicos potentes, conhecidos como timol e carvacrol. Esses componentes ajudam a parar ou retardar o desenvolvimento do fungo Candida albicans. Portanto, este remédio é útil contra infecções fúngicas vaginais.
Como usá-lo?
- Combine três gotas de óleo essencial de orégano com o óleo de coco.
- Posteriormente, aplique-o nas partes externas da vagina (área vulvar), com uma massagem leve.
Cuidado: evite usar óleo não diluído. Também não o aplique dentro da vagina. Lembre-se de que os óleos essenciais não devem ser tomados por via oral.
Para levar em conta!
A eficácia desses remédios naturais varia e a evidência de seu sucesso é, acima de tudo, anedótica. Apesar disso, a aplicação regular pode ajudar a aliviar os sintomas em poucos dias. No entanto, se o desconforto piorar ou reaparecer, é melhor consultar o médico de imediato.
Dependendo da gravidade da infecção, é provável que sejam necessários tratamentos farmacológicos. Até mesmo alguns testes complementares podem ser necessários para descartar outras condições mais graves de saúde.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Blostein, F., Levin-Sparenberg, E., Wagner, J., & Foxman, B. (2017). Recurrent vulvovaginal candidiasis. Annals of Epidemiology. https://doi.org/10.1016/j.annepidem.2017.08.010
- Falagas, ME, Betsi, GI, y Athanasiou, S. (2006). Probióticos para la prevención de la candidiasis vulvovaginal recurrente: una revisión. Diario de la quimioterapia antimicrobiana. https://doi.org/10.1093/jac/dkl246
- Xie, HY, Feng, D., Wei, DM, Chen, H., Mei, L., Wang, X., y Fang, F. (2013). Probióticos para la candidiasis vulvovaginal en mujeres no embarazadas. Base de Datos Cochrane de Revisiones Sistemáticas. https://doi.org/10.1002/14651858.CD010496
- Darvishi, M., Jahdi, F., Hamzegardeshi, Z., Goodarzi, S. y Vahedi, M. (2015). La comparación de la crema vaginal de mezclar yogurt, miel y clotrimazol en los síntomas de la candidiasis vaginal. Revista mundial de ciencias de la salud , 7 (6), 108-116. https://doi.org/10.5539/gjhs.v7n6p108
- Reichman, O., Akins, R., & Sobel, J. D. (2009). Boric acid addition to suppressive antimicrobial therapy for recurrent bacterial vaginosis. Sexually Transmitted Diseases. https://doi.org/10.1097/OLQ.0b013e3181b08456
- Ogbolu, D. O., Oni, A. A., Daini, O. A., & Oloko, A. P. (2007). In Vitro Antimicrobial Properties of Coconut Oil on Candida Species in Ibadan, Nigeria. Journal of Medicinal Food. https://doi.org/10.1089/jmf.2006.1209
- Nguyen, V. T. A., Le, T. D., Phan, H. N., & Tran, L. B. (2017). Antibacterial Activity of Free Fatty Acids from Hydrolyzed Virgin Coconut Oil Using Lipase from Candida rugosa. Journal of Lipids. https://doi.org/10.1155/2017/7170162
- Shuford, J. A., Steckelberg, J. M., & Patel, R. (2005). Effects of fresh garlic extract on Candida albicans biofilms [1]. Antimicrobial Agents and Chemotherapy. https://doi.org/10.1128/AAC.49.1.473.2005
- Lemar, K. M., Turner, M. P., & Lloyd, D. (2002). Garlic (Allium sativum) as an anti-Candida agent: A comparison of the efficacy of fresh garlic and freeze-dried extracts. Journal of Applied Microbiology. https://doi.org/10.1046/j.1365-2672.2002.01707.x
- Manohar, V., Ingram, C., Gray, J., Talpur, N. A., Echard, B. W., Bagchi, D., & Preuss, H. G. (2001). Antifungal activities of origanum oil against Candida albicans. Molecular and Cellular Biochemistry. https://doi.org/10.1023/A:1013311632207
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.