Hidromorfona: usos e efeitos colaterais

Hidromorfona é um medicamento equivalente à morfina em termos de eficácia analgésica e efeitos colaterais. Saiba mais neste artigo.
Hidromorfona: usos e efeitos colaterais

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 dezembro, 2022

Hidromorfona é um fármaco analgésico semissintético derivado da morfina que possui uma atividade 5 vezes mais potente, embora com uma ação mais reduzida.

Como veremos mais adiante, deve sua ação analgésica à interação com os receptores opioides μ, encontrados tanto no sistema nervoso central quanto no músculo liso.

Pode ser administrado tanto por via enteral como por via parenteral. A ligação a receptores μ é a causa tanto dos efeitos analgésicos quanto das reações adversas.

Os analgésicos opioides são um dos grandes pilares que constituem a faixa farmacológica para o tratamento da dor moderada-intensa, principalmente na dor aguda e na dor decorrente de uma doença oncológica.

No tratamento da dor aguda, os ensaios clínicos mostram que este medicamento possui uma equivalência analgésica semelhante à de outros opioides.

Em relação ao tratamento da dor oncológica, sua eficácia foi avaliada com relação a outros opioides e com diferentes formulações. Aliás, foi observado que é um fármaco equivalente à morfina em termos de eficácia analgésica e efeitos colaterais.

Finalmente, no tratamento da dor crônica não oncológica, ainda não existem ensaios clínicos controlados que forneçam evidências científicas da eficácia do uso da hidromorfona nesses pacientes.

Um pouco de história da hidromorfona

Hidromorfoma no tratamento de pacientes oncológicos

A hidromorfona, como vimos, é um medicamento semissintético derivado da morfina. Foi sintetizada na Alemanha em 1921. Os primeiros resultados sobre a eficácia clínica da hidromorfona foram publicados em 1926. No entanto, somente em 1981 as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas dessa molécula foram analisadas em diferentes estudos.

É um medicamento comercializado sob diferentes marcas e em várias formas farmacêuticas com doses diferentes.

Como a hidromorfona exerce seu efeito no organismo?

A hidromorfona é um potente agonista dos receptores opioides μ. Esses receptores, como os outros tipos de receptores opioides, são acoplados às proteínas G e atuam como moduladores, positivos e negativos, da transmissão sináptica que ocorre através dessa proteína.

A hidromorfona não altera o limiar de dor das terminações nervosas, nem afeta a transmissão de impulsos ao longo dos nervos periféricos.

A analgesia que produz é devida às alterações que produz na percepção da dor ao nível da coluna vertebral ao unir esses receptores. Portanto, este medicamento, como outros opioides, possui um teto analgésico muito alto.

Reações adversas da hidromorfona

Comprimidos de hidromorfona

A hidromorfona, como todos os medicamentos vendidos no mercado, não está isento de produzir uma série de efeitos adversos.

Entendemos como efeitos adversos todos os eventos produzidos de maneira indesejável e não intencional que são esperados no tratamento com um medicamento.

Nesse sentido, entre os efeitos adversos mais frequentes observados em pacientes tratados com este medicamento, podemos citar os seguintes:

Quanto às graves reações adversas associadas ao tratamento com este medicamento, estão incluídas principalmente, depressão respiratória e apneia, além de depressão circulatória, parada respiratória, choque e parada cardíaca.

Conclusão

Embora a hidromorfona tenha perfil farmacológico e efeitos colaterais de analgésicos e morfina, ainda existem controvérsias quanto às doses equianalgésicas entre esses dois medicamentos e entre as doses oral e parenteral.

Atualmente, não existem muitos estudos que publicaram dados sobre a qualidade do papel da hidromorfona no tratamento da dor crônica originada em uma doença oncológica. Portanto, a pesquisa deve continuar nessa área e devem realizar-se mais ensaios clínicos estudando o uso do hidromorfona nesse tipo de pacientes.

E lembre-se de que se tiver qualquer dúvida o médico deve ser consultado, porque somente ele poderá avaliar cada paciente.

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