Por que um médico prescreve opioides?

Os opioides são medicamentos utilizados para aliviar as dores. O mais conhecido é a morfina, mas existem muitos outros.
Por que um médico prescreve opioides?
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 dezembro, 2022

A prescrição de opioides costuma ser normal entre os médicos, sempre que seja indicado, mas podem gerar tolerância. De modo que quando se utilizam doses altas, o paciente se acostuma ao fármaco e cada vez requer quantidades maiores para que seja produzido o mesmo efeito.

Os compostos mais utilizados são: hidrocodona, oxicodona, morfina e codeína. Existem muitos outros, mas estes são os que apresentam maior margem de segurança.

Para que se utilizam os opioides?

Uso dos opioides

Os opioides se utilizam para aliviar a dor quando esta é muito severa e afeta diretamente a qualidade de vida do paciente. Seu mecanismo de ação permite modular os estímulos dolorosos que chegam ao sistema nervoso através da interação com os receptores de opioides.

Como resultado desta reação em cadeia, a intensidade com a qual a dor é sentida diminui ou desaparece por completo.

O primeiro opioide que se utilizou foi a morfina. Para calcular qual é o poder analgésico de um opioide se utiliza uma escala que toma como ponto de partida a morfina. Ou seja, a morfina seria o valor 1. A partir disso, com um número se indica a porcentagem de ação que o medicamento possui.

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Os receptores de opioides são proteínas que se situam na superfície das células do Sistema Nervoso Central (como no cérebro, a medula espinal, etc.) e de maneira contínua ao longo do trato digestivo.

O mecanismo de dependência reside precisamente nestas moléculas, já que com cada uso se sintetizam novos receptores graças à ativação do gene encarregado de codificar a informação para esta proteína.

Como há mais receptores, o sinal ativador se modula e cada vez se requer aumentar a dose para que haja mais partículas que possam unir-se aos receptores de superfície e provocar o efeito desejado.

Por que a prescrição de opioides pelo médico?

A prescrição de opioides

O principal motivo para a prescrição de opioides é a dor. Quando um paciente apresenta dor crônica se produzem alterações psíquicas e físicas que pioram a sua qualidade de vida.

Neste tipo de situações, a única alternativa é prescrever opioides menores. Este subgrupo de substâncias apresenta uma ação analgésica moderada mas seu manejo é mais fácil.

Entretanto, quando o paciente está com dores agudas de muita intensidade, é melhor optar por um conjunto de opioides mais fortes. Este tipo é mais potente, mas apresenta uma margem terapêutica limitada, portanto é necessário vigiar que não haja tolerância.

Seja qual for o tipo de fármaco, somente se deve consumir pelo tempo que o médico indicar. Esta é a única maneira de evitar os efeitos secundários, os quais explicaremos a seguir.

Sempre devem ser administrados sob prescrição médica. Além da dose, deverá também ser respeitado o intervalo entre uma toma e outra e as pausas.

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Quais são os efeitos secundários?

Cuidado com a adição aos medicamentos

Como já comentamos anteriormente, o principal inconveniente é a tolerância. Entretanto, a prescrição de opioides é necessária quando não há outra alternativa possível. Outra coisa muito diferente, mas que também se deve ter em conta, é o abuso destas substâncias sem fins terapêuticos.

Neste caso, a pessoa não tem justificativa médica para o seu uso, mas a sensação prazerosa que produzem os opioides se convertem em uma adição. Quando se chega a este ponto, a tolerância é tão grande que se produzem mecanismos responsáveis por gerar dependência, e a pessoa apresenta o síndrome de abstinência.

Por último, devemos destacar que apesar de sua má reputação, os opioides são muito úteis não somente por sua grande capacidade de aliviar a dor, mas também porque melhoram o estado de ânimo do paciente.

Quando a pessoa está livre da dor, recupera sua capacidade funcional e é capaz de desempenhar tarefas com normalidade. E isso é muito importante nos pacientes crônicos já que influencia a sua capacidade mental.


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