Habilidades cognitivas: o que são e 12 exemplos

Neste artigo, apresentaremos 12 habilidades cognitivas. Para alguns especialistas, isso nos diferencia do restante dos seres vivos.
Habilidades cognitivas: o que são e 12 exemplos

Última atualização: 16 janeiro, 2022

Planejar como estudar para poder chegar a tempo a um exame, pensar em soluções para resolver um problema de trabalho, lembrar de uma senha que você não usa há muito tempo. O que essas situações têm em comum? Que estamos colocando diferentes habilidades cognitivas em uso.

Planejamento, avaliação e memória são apenas alguns exemplos. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.

O que são habilidades cognitivas?

Habilidades cognitivas são aquelas que têm a ver com o processamento, interpretação e recuperação da informação. Por meio de ações, como selecionar, analisar e coletar, permitem a produção de conhecimento.

Algumas classificações distinguem habilidades cognitivas básicas e superiores. As básicos são o foco ou atenção, a memória, a obtenção e recuperação de informação, a capacidade de organização e análise, bem como a transformação dessa informação e percepção.

Aquelas que são superiores são resolução de problemas, tomada de decisão, pensamento crítico e criativo, bem como metacognição. As superiores são entendidas como uma combinação dos básicos.

Para muitas correntes de pensamento, as habilidades cognitivas são aquelas que nos diferenciam do resto dos seres vivos.

Segundo Herrera Clavero, esses tipos de habilidades requerem capacidade de representação (por meio do desenho, da leitura, etc.), seleção (focalização pela atenção) e autodireção (autocontrole).

Pensando em habilidades cognitivas.
Várias capacidades são combinadas nas habilidades cognitivas. Existem básicas e superiores.

Exemplos de habilidades cognitivas

Algumas das habilidades cognitivas são as seguintes:

  1. Memória: permite armazenar as informações e acessá-las em uma recuperação posterior. Existem diferentes tipos de memória. Por exemplo, curto e longo prazo, semântico, episódico, procedimental, entre outros.
  2. Atenção: permite que você se concentre em certos aspectos de uma situação. Com isso faremos uso posterior, pois seria difícil concentrar-se, atendendo a múltiplos estímulos simultaneamente.
  3. Planejamento: antecipar o futuro, desenhando estratégias.
  4. Raciocínio: permite-nos analisar uma situação e tirar conclusões, quer através do indutivo (os padrões são identificados para estabelecer algo geral) ou do dedutivo (partir do geral para ver como se comporta a nível individual).
  5. Avaliação: é uma capacidade que permite analisar uma situação, considerando diferentes aspectos. Também inclui a reorganização a partir de uma leitura da situação.
  6. Compreensão: é a capacidade de compreender informações e colocá-las em relação a outros dados. Dessa forma, nós a utilizamos para a tomada de decisões.
  7. Flexibilidade cognitiva: permite-nos ensaiar pensamentos diferentes do habitual, compreender a perspectiva dos outros. Da mesma forma, aprendemos com as experiências e incorporamos esse novo conhecimento à nossa formação.
  8. Resolução de problemas: é uma habilidade cognitiva intimamente ligada ao ponto anterior, pois por sermos flexíveis com nosso modo de pensar, também somos capazes de buscar novas saídas.
  9. Metacognição: é um nível superior de cognição, que nos permite pensar sobre nossos pensamentos. É o conhecimento do nosso conhecimento.
  10. Percepção: é outra habilidade cognitiva de grande importância, pois nos permite captar alguns sinais do ambiente e transformá-los em informações úteis.
  11. Linguagem: é considerada uma habilidade cognitiva, embora existam algumas teorias que a classificam como consequência da colocação dessas habilidades em jogo.
  12. Habilidades visuoespaciais: são aquelas que permitem manipular objetos por meio de imagens mentais, tanto em duas como em três dimensões. Por exemplo, calcular ou estimar a posição em que algo estará se você girá-lo.
O homem idoso perde habilidades cognitivas.
Algumas habilidades cognitivas se deterioram com o envelhecimento. É o caso da memória, por exemplo.

Muito mais do que apenas repetir

Hoje, sabemos que o desenvolvimento e a promoção de habilidades cognitivas não são alcançados apenas pela repetição de uma ideia indefinidamente. Hoje são aplicados modelos que permitem experimentação e criação com informações, apostando em estratégias lúdicas.

O fato de memorizar não garante a consolidação do conhecimento, muito menos o seu correto uso. Além de possuir as habilidades relevantes, você precisa saber quando e como usá-las.

Na escola, o desenvolvimento das habilidades cognitivas era focado principalmente em textos longos, atividades de memorização, na palavra do professor com pouco dialogo como os estudantes. O mundo de hoje nos desafia a repensar as maneiras como as pessoas lêem, organizam, estudam e aprendem.

Dessa forma, é possível potencializar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, bem como relacioná-las a outros tipos de habilidades; por exemplo, aquelas relacionados à inteligência emocional.

Por isso é importante pensar em práticas e outros tipos de aprendizagem, que permitam relacionar o que se aprende para que não seja um conhecimento hermético, compacto e isolado do contexto.


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