11 filmes imperdíveis que retratam a experiência de um amor maduro
Os tipos de romance que fazem mais sucesso são os que mostram relacionamentos entre dois jovens. Contudo, romances entre pessoas mais experientes podem render filmes igualmente emocionantes e, muitas vezes, ainda mais profundos por dispensar trivialidades. Confira essa lista de filmes que mostram que toda forma de amor é maravilhosa, mas destacam o amor maduro.
1. As Pontes de Madison
A trama gira em torno de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma típica dona de casa estadunidense da década de 1960, mãe de dois adolescentes de 16 e 17 anos. Ela é casada com Richard (Jim Haynie) há tanto tempo que precisa calcular nos dedos desde quando está nesta relação.
Francesca ficará quatro dias sozinha em seu lar, pois o resto da família participará de uma competição estadual de novilhos. É então que o fotógrafo da revista National Geographic, Robert Kincaid (Clint Eastwood) entra na história. Ele vai até o condado de Madison para fotografar as famosas pontes cobertas da região e para na residência de Francesca para pedir orientações.
Em apenas uma cena, As Pontes de Madison (1995) condensa o conflito entre deixar-se levar pela paixão e pelo desconhecido contra o amor pela família. Isso acontece quando Francesa, no furgão ao lado do marido, vê Clint Eastwood―o ator que interpreta o fotógrafo que lhe devolveu a alegria. A mão trêmula de Francesa segurando a maçaneta da porta do carro reflete essa dúvida sobre a decisão que poderia mudar sua vida: abandonar o veículo e ficar com o personagem interpretado por Eastwood.
2. Entre Dois Amores
A África é o pano de fundo dessa deliciosa história de amor. Entre dois Amores, é um filme belíssimo, que nos provoca uma sensação única. O romance entre o trio principal é bem chamativo, e consegue nos despertar curiosidade pela a qual forma irá terminar.
Meryl Streep mais uma vez se mostra mais do que perfeita ao fazer do papel de Karen, uma mulher doce e muito gentil, que desperta olhares por onde passa. A fotografia é outro ponto interessante desse filme, pois cada cena nos enche os olhos com paisagens deslumbrantes, seja com chuva ou sol.
Karen é dona de uma plantação de café. Ela precisa administrar um casamento que odeia, a paixão por Denys, que mantém em segredo, e complicações em sua colheita.
Uma belíssima história de amor maduro! Não perca essa obra prima do cinema.
3. Colcha de retalhos
Enquanto elabora sua tese e se prepara para se casar Finn Dodd (Wynona Ryder), uma jovem mulher, vai morar na casa da sua avó (Ellen Burstyn). Lá estão várias amigas da família, que preparam uma elaborada colcha de retalhos como presente de casamento.
Enquanto o trabalho é feito, ela ouve o relato de paixões e envolvimentos, nem sempre moralmente aprováveis mas repletos de sentimentos, que estas mulheres tiveram. Neste meio-tempo, ela se sente atraída por um desconhecido, criando dúvidas em seu coração que precisam ser esclarecidas.
Um filme que enche os olhos com uma história de mulheres fortes e sensíveis, abordando temas como o casamento e relacionamentos. A fotografia é impecável e a história é contada com uma delicadeza peculiar através do dia a dia. Tudo muito sensível, suave e cheio de sentimentos e emoções.
4. O Clube da Felicidade e da Sorte
Um filme sobre mães e filhas, encontros e desencontros amorosos, expectativas de uma em relação à outra, frustrações, mal-entendidos, o peso que uma figura exerce na vida da outra. São quatro pares de mães e filhas.
Na verdade, há um detalhe relevante: todas as mães são chinesas que emigraram para os Estados Unidos. Embora haja muitas referências à cultura chinesa e à tradição em que as quatro mães foram criadas, o filme é absolutamente universal porque o que conta é a relação de cada mãe com sua filha e de cada filha com sua mãe.
Não há torcida para qualquer uma das partes. O objetivo não é responsabilizar filhas ou mães pelos fracassos e dificuldades das relações, nem pelo que elas têm de acerto. As quatro histórias podem seguramente ser interpretadas pelo espectador da forma como ele preferir, ou seja, as mães podem preferir enxergar mais o lado positivo das mães, assim como as filhas podem valorizar o papel das filhas ou se identificar com o eventual peso deixado pelas mães em sua história particular.
5. O Filho da Noiva
Aos 42 anos, Rafael Belvedere está em crise, pois assumiu muitas responsabilidades e não tem mais tempo para qualquer tipo de diversão. Boa parte de seu tempo é gasto no gerenciamento do restaurante fundado por sua família, no qual até tem um relativo sucesso, mas sem nunca conseguir escapar da sombra de seu pai.
Rafael raramente visita sua mãe, Norma, que está perdendo a memória. Sua ex-esposa o acusa de não dar a devida atenção ao filho e ainda há Naty, atual namorada de Rafael, que lhe exige atenção e comprometimento. Em meio a todas estas responsabilidades, Rafael sofre um ataque cardíaco, que faz com que se encontre novamente com Juan Carlos, um amigo de infância que o ajuda a reconstruir seu passado e ver o presente com outros olhos.
Com grandiosas atuações, um ótimo roteiro e diversos momentos emocionantes (misturados com algumas cenas cômicas), O Filho da Noiva é uma obra tocante e muito bem idealizada que expõe com maestria todos os problemas que podemos adquirir ao nos preocuparmos em excesso com trabalho e nos esquecermos de viver e nos importar com o que e com quem realmente importa, a família e o amor.
6. O encantador de cavalos
Uma adolescente (Scarlett Johansson) em companhia de uma amiga sofre um acidente quando andava a cavalo. Ambas são atropeladas por um caminhão: sua colega morre e a jovem perde uma perna. Seu cavalo fica também bastante ferido e querem sacrificá-lo, mas a mãe da jovem (Kristin Scott Thomas), editora de uma conhecida revista, não autoriza que o matem e tenta trazer para Nova York um especialista em cavalos (Robert Redford) que se recusa a ir.
Assim, a mulher deixa o marido (Sam Neill) em casa, põe a filha no carro, o cavalo em um trailer e viaja até Montana para conhecer este rancheiro, esperando que ele ajude a curar algumas feridas internas, tanto da filha quanto do animal. O processo de recuperação é lento, mas após algum tempo os resultados começam a aparecer e paralelamente a editora e o rancheiro se apaixonam.
Um filme sensacional, que mostra todo o poder de Robert Redford em suas atuações. Apesar de não seguir literalmente o livro, mudando seu final, mostra, através da analogia entre a recuperação do cavalo e a da personagem Grace, de Scarlett Johansson, que a força de espírito é maior que qualquer outra. A personagem de Robert Redford tem, ao mesmo tempo, a magia do amor maduro, a força do cowboy, e a compreensão que só um homem sofrido pode ter.
7. Comer, Rezar, Amar
Liz Gilbert tem tudo o que uma mulher moderna poderia sonhar: um marido, uma casa, uma carreira de sucesso. Mas, assim como muitas outras, ela acaba se vendo perdida, confusa e à procura de algo a mais em sua vida. Depois de tentar por várias vezes engravidar, ela acaba se separando e se distancia de sua zona de conforto. Disposta a arriscar tudo, embarca numa jornada ao redor do mundo com a finalidade de se redescobrir. Na Itália, encontra o prazer da culinária; na Índia, percebe o poder da oração; em Bali, sem que pudesse imaginar, descobre o verdadeiro amor.
O filme é muito bom e dá a sensação de viajarmos junto com a protagonista por três países e suas respectivas culturas: a exuberância da Itália, a religiosidade da Índia e o exotismo de Bali. A busca da personagem pelo autoconhecimento e o equilíbrio interior é emocionante. Após romper dois relacionamentos, ela se sente culpada e primeiro precisa se perdoar para depois se permitir uma nova oportunidade para amar.
8. Meus Dias no Cairo
Juliette (Patricia Clarkson) trabalha como editora de uma revista no Canadá. Ela e seu marido (Tom McCamus), um funcionário da ONU que trabalha em Gaza, resolvem se encontrar no Cairo durante o período de férias. Atarefado, o marido acaba não chegando no dia combinado e pede para que seu amigo Tareq (Alexander Siddig) cuide de sua esposa. Juliette vai aos poucos se apaixonando pela cidade e pelo novo amigo.
Esse filme é uma pérola de uma delicadeza sem fim. Fala do choque cultural entre ocidente e oriente, mas tem como foco principal um amor maduro, que nasce do desejo e da admiração.
9. Sob o Sol da Toscana
Frances Mayes (Diane Lane) é uma escritora que leva uma vida feliz em San Francisco, até que se divorcia de seu marido. Triste e deprimida, ela decide mudar radicalmente de vida e compra uma chácara na Toscana, para descansar e poder terminar em paz seu novo texto. Porém, enquanto cuida da reforma de sua nova casa, acaba conhecendo um novo homem, que reacende sua paixão.
Um filme excelente, com uma paisagem encantadora e uma lição de vida maravilhosa. Esse filme nos faz perceber que nem sempre as coisas acontecem do jeito ou na hora que queremos… Mas quando algo tem que acontecer, simplesmente acontece.
10. Sylvia- Paixão Além das Palavras
Sylvia Plath (interpretada por Gwyneth Paltrow) pode ser considerada uma das grandes escritoras norte-americanas de todos os tempos. Seus livros de poemas ainda são muito populares nos Estados Unidos, e o que lhe deu fama foi Ariel, publicado depois de seu suicídio, em 1963. Mas o caminho que levou Sylvia a uma atitude tão radical começou muito tempo antes.
Ela já havia tentado se matar antes de conhecer Ted Hughes (Daniel Craig), quando estudava em Cambridge. Os dois desenvolveram um relacionamento baseado mais em paixão que em amor e se casaram quando Hughes ficou famoso ao vencer um concurso.
O casal se muda para os Estados Unidos, e Sylvia passa a dar aulas para sustentar a casa – mas não consegue achar nem tempo nem inspiração para escrever. Ao mesmo tempo, começa a desenvolver ciúmes obsessivos em relação a Ted, que poderia (ou não) estar tendo um caso com alguma aluna de Sylvia, e toma algumas atitudes extremas.
Para aliviar a situação, Ted sugere que eles voltem para Londres, mas isso não vai melhorar a vida de Sylvia, pois ela descobrirá que suas suspeitas não eram de todo infundadas. Mesmo com dois filhos para criar, a escritora deixará suas tendências falarem mais alto.
11. Nossas noites
Nossas noites é um lindo filme que retrata a solidão na terceira idade.
Baseado no livro de Kent Haruf, Our Souls at Night, o indiano Ritesh Batra mostra, com muita sensibilidade, a vida de duas almas solitárias. O filme conta a história de um homem, Louis (interpretado por Robert Redford), aposentado e viúvo, que mora sozinho numa cidade no interior dos Estados Unidos e é surpreendido pela visita inesperada de uma vizinha, Addie (Jane Fonda), também viúva e que vai até sua casa para lhe fazer uma estranha proposta.
Ela propõe que eles passem as noites juntos para, desta forma, poderem fazer companhia um ao outro, “porque a noite é um dos momentos mais difíceis da solidão, é difícil dormir, e eles podem conversar até que o sono venha”, diz Addie.
Assim começa o enredo deste filme que tem um ritmo do dia a dia e que vai mostrando de maneira bastante tocante como é estar sozinho no final da vida. O dois vão, aos poucos, se permitindo viver uma história muito bonita de amor e amizade. É delicada, comovente e emocionante a maneira como eles vão se envolvendo e nos envolvendo nesta história de amor.
Os protagonistas se desafiam a romper preconceitos sobre o amor em idade avançada e nos mostram que nunca é tarde para amar e mudar a vida.
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