O que fazer para tratar o pus na garganta?

Infecções bacterianas e virais podem causar pus na garganta. Estas são frequentemente acompanhadas por outras manifestações clínicas.
O que fazer para tratar o pus na garganta?
Mariel Mendoza

Revisado e aprovado por a médica Mariel Mendoza.

Escrito por Mariel Mendoza

Última atualização: 04 setembro, 2024

O pus na garganta é um exsudato esbranquiçado, amarelado ou esverdeado composto por leucócitos e células mortas. Aparece após um processo inflamatório nas amígdalas ou faringe secundário a infecções por vírus ou bactérias. Muitas vezes é acompanhado por outros sintomas, como dor de garganta, dificuldade para engolir e febre.

O tratamento dessa condição é baseado em antibióticos se for de origem bacteriana. Além disso, anti-inflamatórios não esteroides e remédios caseiros podem ser incluídos para melhorar a dor e o desconforto na região. Se as bactérias não forem a causa, o especialista poderá avaliar outros tratamentos.

A seguir, explicamos as principais causas que desencadeiam esse problema, o que fazer se você sofre com isso e as diferentes formas de tratá-lo.

O que causa pus na garganta?

A presença de pus na região da garganta geralmente é resultado de infecções virais e bacterianas. Cerca de 90% das infecções de garganta são causadas por um vírus. Causam dor e inflamação nas amígdalas, porém a presença de pus não é tão comum. Já se a infecção for de origem bacteriana, costuma estar presente pus, além de outros sintomas como dor, inflamação no local e febre.

Agora, não há como determinar se o pus tem origem bacteriana ou viral apenas olhando para ele. Para confirmar isso, deve-se realizar um estudo sorológico ou estudar uma amostra desse exsudato.

Deve-se observar que as infecções de garganta que causam pus tendem a ser mais comuns em crianças pré-escolares (de 2 a 6 anos), mulheres grávidas e idosos. Também são comuns entre quem tem doenças que comprometem o sistema imunológico, como pacientes com câncer.

1. Mononucleose infecciosa

A infecção viral que mais comumente causa pus na garganta é a mononucleose infecciosa, derivada do vírus Epstein-Barr. Nesse caso, o pus aparece nas amígdalas como pequenas placas esbranquiçadas que não cheiram mal. Além disso, existem outras manifestações clínicas, como as seguintes:

2. Infecções respiratórias de origem viral

Às vezes, a presença de pus e dor de garganta resulta de infecções respiratórias virais, como o vírus do resfriado comum (rinovírus). Outros vírus que também podem causar esse sintoma são os adenovírus, o vírus influenza e o vírus sincicial respiratório.

Se essa for a fonte do pus nessa área, pode ser acompanhada pelos seguintes sintomas:

Nesses casos, a presença desse tipo de exsudato na garganta costuma durar entre 5 e 10 dias e se resolve sozinha. No entanto, alguns remédios caseiros podem ser de grande ajuda para aliviar a dor e eliminar o pus mais rapidamente.

3. Amigdalite bacteriana

Amigdalite, ou inflamação das amígdalas, é uma condição comum e responsável por aproximadamente 1,3% das consultas ambulatoriais. Uma de suas causas é a invasão de bactérias aeróbias e anaeróbias, entre as quais se destacam o Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (GABHS), o Staphylococcus aureus, o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae.

Essa condição é caracterizada por dor na região das amígdalas que se irradia para o pescoço e presença de pus nas mesmas. Na maioria dos casos, são necessários antibióticos para tratá-la.

4. Infecção na garganta

As infecções bacterianas que causam pus na garganta são geralmente causadas por Streptococcus pyogenes ou estreptococos do grupo A. Quando esse desconforto ocorre na parte posterior da garganta, é conhecido como faringite estreptocócica. Se as amígdalas estiverem envolvidas, é chamado de faringoamigdalite.

Nessa condição, as amígdalas e a faringe apresentam-se vermelhas e aumentadas, com placa esbranquiçada ou amarelada e de mau odor. Além da presença do referido sintoma, está associado às seguintes manifestações clínicas:

  • Dor que aumenta ao engolir.
  • Febre.
  • Dor de cabeça.
  • Dor abdominal, náuseas, vômitos e erupção cutânea (especialmente em crianças).

Se essa for a causa, o exsudato da garganta pode durar cerca de 7 dias. É claro que para uma recuperação mais rápida e para evitar outras complicações, o especialista pode prescrever antibióticos.

5. Abscesso peritonsilar ou abscesso retrofaríngeo

Quando não há tratamento adequado para a infecção de garganta, o pus pode se acumular próximo e atrás das amígdalas, gerando um abscesso periamigdaliano. Esta é uma infecção comum que geralmente aparece após amigdalite aguda ou mononucleose infecciosa.

Por sua vez, um abscesso retrofaríngeo é uma complicação rara em que uma bolsa de pus se forma atrás da parede posterior da garganta. Afeta principalmente crianças de 5 anos ou menos e às vezes pode ocorrer em adultos. Se não for tratada, pode aumentar e causar complicações graves, até mesmo fatais, como obstrução do trato respiratório superior.

Em ambos os casos, a antibioticoterapia deve ser mais agressiva e deve ser realizada a drenagem do pus acumulado. A remoção das amígdalas pode ser justificada.

6. Restos de comida

Quando essa placa branca na garganta não é acompanhada de sintomas de infecção subjacente, como febre, mal-estar geral e dor ao engolir, pode se dever ao acúmulo de restos de comida e secreções da boca nas amígdalas.

São pequenas bolas amarelas ou brancas, chamadas caseum ou tonsilólitos. Nesse caso, geralmente também se manifesta com mau hálito. Felizmente, podem ser eliminados com higiene dental adequada, enxaguantes bucais e gargarejos com água morna e sal.

Tratamento para pus na garganta

Como já mencionamos, o tratamento depende da causa da infecção, que é determinada pelo clínico geral ou otorrinolaringologista. Muitas vezes, o tratamento inicial consiste em melhorar os sintomas.

Por isso, os anti-inflamatórios não esteroides são indicados para reduzir dor de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos e febre. Eles cobrem as seguintes opções:

  • Ibuprofeno.
  • Diclofenaco.
  • Cetoprofeno.
  • Nimesulida.
  • Naproxeno.

Além disso, sprays ou enxaguantes bucais contendo diclonina, fenol ou clorexidina podem ser indicados para dor de garganta. Ao melhorar esse desconforto, há também uma melhora na dificuldade de engolir.

No caso de infecções virais, o tratamento envolve manter-se hidratado, descansar e tomar medidas para reduzir os sintomas. Enquanto isso, se o pus na garganta for causado por infecção de garganta, o médico pode prescrever antibióticos como penicilina, amoxicilina com ácido clavulânico ou azitromicina.

Se não houver melhora na inflamação da garganta, podem ser prescritos corticosteroides orais, como a prednisona. Em qualquer caso, esses tratamentos farmacológicos devem ser realizados sob prescrição médica.

Remédios caseiros para infecção de garganta

Existem alguns tratamentos naturais que podem ajudar a eliminar o pus, além de aliviar os sintomas que o acompanham como dor de garganta, irritação e inflamação no local. Vamos ver os mais usados.

Mel

O mel é reconhecido por suas propriedades antimicrobianas e pode ser de grande ajuda no tratamento de infecções na garganta e nas vias aéreas superiores. Para obter resultados, basta tomar uma colher de mel ou preparar uma infusão de mel e limão cerca de 2 vezes ao dia.

Água salgada

Fazer gargarejos com água morna e sal alivia a dor e a irritação e também limpa a garganta, removendo assim os microorganismos que estão aderidos a ela. Faça esses gargarejos duas vezes ao dia.

Gengibre

Outro remédio caseiro para pus na garganta que você deve experimentar é a infusão de gengibre. Tem atividade anti-inflamatória e antimicrobiana, por isso pode ajudar a tratar infecções de garganta, como as causadas por Streptococcus pyogenes.

Uma condição que deve ser tratada

O melhor é ir ao especialista se notar placas brancas e dores de garganta que não diminuem após uma semana e que são acompanhadas de outros sintomas como febre e aumento dos gânglios linfáticos.

Além disso, é importante não tentar remover o pus da garganta com o dedo, um cotonete ou uma escova de dentes. Isso piora a inflamação e a dor. Às vezes, até leva ao aparecimento de superinfecções.

O pus na garganta é um exsudato esbranquiçado, amarelado ou esverdeado composto por leucócitos e células mortas. Aparece após um processo inflamatório nas amígdalas ou faringe secundário a infecções por vírus ou bactérias. Muitas vezes é acompanhado por outros sintomas, como dor de garganta, dificuldade para engolir e febre.

O tratamento dessa condição é baseado em antibióticos se for de origem bacteriana. Além disso, anti-inflamatórios não esteroides e remédios caseiros podem ser incluídos para melhorar a dor e o desconforto na região. Se as bactérias não forem a causa, o especialista poderá avaliar outros tratamentos.

A seguir, explicamos as principais causas que desencadeiam esse problema, o que fazer se você sofre com isso e as diferentes formas de tratá-lo.

O que causa pus na garganta?

A presença de pus na região da garganta geralmente é resultado de infecções virais e bacterianas. Cerca de 90% das infecções de garganta são causadas por um vírus. Causam dor e inflamação nas amígdalas, porém a presença de pus não é tão comum. Já se a infecção for de origem bacteriana, costuma estar presente pus, além de outros sintomas como dor, inflamação no local e febre.

Agora, não há como determinar se o pus tem origem bacteriana ou viral apenas olhando para ele. Para confirmar isso, deve-se realizar um estudo sorológico ou estudar uma amostra desse exsudato.

Deve-se observar que as infecções de garganta que causam pus tendem a ser mais comuns em crianças pré-escolares (de 2 a 6 anos), mulheres grávidas e idosos. Também são comuns entre quem tem doenças que comprometem o sistema imunológico, como pacientes com câncer.

1. Mononucleose infecciosa

A infecção viral que mais comumente causa pus na garganta é a mononucleose infecciosa, derivada do vírus Epstein-Barr. Nesse caso, o pus aparece nas amígdalas como pequenas placas esbranquiçadas que não cheiram mal. Além disso, existem outras manifestações clínicas, como as seguintes:

2. Infecções respiratórias de origem viral

Às vezes, a presença de pus e dor de garganta resulta de infecções respiratórias virais, como o vírus do resfriado comum (rinovírus). Outros vírus que também podem causar esse sintoma são os adenovírus, o vírus influenza e o vírus sincicial respiratório.

Se essa for a fonte do pus nessa área, pode ser acompanhada pelos seguintes sintomas:

Nesses casos, a presença desse tipo de exsudato na garganta costuma durar entre 5 e 10 dias e se resolve sozinha. No entanto, alguns remédios caseiros podem ser de grande ajuda para aliviar a dor e eliminar o pus mais rapidamente.

3. Amigdalite bacteriana

Amigdalite, ou inflamação das amígdalas, é uma condição comum e responsável por aproximadamente 1,3% das consultas ambulatoriais. Uma de suas causas é a invasão de bactérias aeróbias e anaeróbias, entre as quais se destacam o Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (GABHS), o Staphylococcus aureus, o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae.

Essa condição é caracterizada por dor na região das amígdalas que se irradia para o pescoço e presença de pus nas mesmas. Na maioria dos casos, são necessários antibióticos para tratá-la.

4. Infecção na garganta

As infecções bacterianas que causam pus na garganta são geralmente causadas por Streptococcus pyogenes ou estreptococos do grupo A. Quando esse desconforto ocorre na parte posterior da garganta, é conhecido como faringite estreptocócica. Se as amígdalas estiverem envolvidas, é chamado de faringoamigdalite.

Nessa condição, as amígdalas e a faringe apresentam-se vermelhas e aumentadas, com placa esbranquiçada ou amarelada e de mau odor. Além da presença do referido sintoma, está associado às seguintes manifestações clínicas:

  • Dor que aumenta ao engolir.
  • Febre.
  • Dor de cabeça.
  • Dor abdominal, náuseas, vômitos e erupção cutânea (especialmente em crianças).

Se essa for a causa, o exsudato da garganta pode durar cerca de 7 dias. É claro que para uma recuperação mais rápida e para evitar outras complicações, o especialista pode prescrever antibióticos.

5. Abscesso peritonsilar ou abscesso retrofaríngeo

Quando não há tratamento adequado para a infecção de garganta, o pus pode se acumular próximo e atrás das amígdalas, gerando um abscesso periamigdaliano. Esta é uma infecção comum que geralmente aparece após amigdalite aguda ou mononucleose infecciosa.

Por sua vez, um abscesso retrofaríngeo é uma complicação rara em que uma bolsa de pus se forma atrás da parede posterior da garganta. Afeta principalmente crianças de 5 anos ou menos e às vezes pode ocorrer em adultos. Se não for tratada, pode aumentar e causar complicações graves, até mesmo fatais, como obstrução do trato respiratório superior.

Em ambos os casos, a antibioticoterapia deve ser mais agressiva e deve ser realizada a drenagem do pus acumulado. A remoção das amígdalas pode ser justificada.

6. Restos de comida

Quando essa placa branca na garganta não é acompanhada de sintomas de infecção subjacente, como febre, mal-estar geral e dor ao engolir, pode se dever ao acúmulo de restos de comida e secreções da boca nas amígdalas.

São pequenas bolas amarelas ou brancas, chamadas caseum ou tonsilólitos. Nesse caso, geralmente também se manifesta com mau hálito. Felizmente, podem ser eliminados com higiene dental adequada, enxaguantes bucais e gargarejos com água morna e sal.

Tratamento para pus na garganta

Como já mencionamos, o tratamento depende da causa da infecção, que é determinada pelo clínico geral ou otorrinolaringologista. Muitas vezes, o tratamento inicial consiste em melhorar os sintomas.

Por isso, os anti-inflamatórios não esteroides são indicados para reduzir dor de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos e febre. Eles cobrem as seguintes opções:

  • Ibuprofeno.
  • Diclofenaco.
  • Cetoprofeno.
  • Nimesulida.
  • Naproxeno.

Além disso, sprays ou enxaguantes bucais contendo diclonina, fenol ou clorexidina podem ser indicados para dor de garganta. Ao melhorar esse desconforto, há também uma melhora na dificuldade de engolir.

No caso de infecções virais, o tratamento envolve manter-se hidratado, descansar e tomar medidas para reduzir os sintomas. Enquanto isso, se o pus na garganta for causado por infecção de garganta, o médico pode prescrever antibióticos como penicilina, amoxicilina com ácido clavulânico ou azitromicina.

Se não houver melhora na inflamação da garganta, podem ser prescritos corticosteroides orais, como a prednisona. Em qualquer caso, esses tratamentos farmacológicos devem ser realizados sob prescrição médica.

Remédios caseiros para infecção de garganta

Existem alguns tratamentos naturais que podem ajudar a eliminar o pus, além de aliviar os sintomas que o acompanham como dor de garganta, irritação e inflamação no local. Vamos ver os mais usados.

Mel

O mel é reconhecido por suas propriedades antimicrobianas e pode ser de grande ajuda no tratamento de infecções na garganta e nas vias aéreas superiores. Para obter resultados, basta tomar uma colher de mel ou preparar uma infusão de mel e limão cerca de 2 vezes ao dia.

Água salgada

Fazer gargarejos com água morna e sal alivia a dor e a irritação e também limpa a garganta, removendo assim os microorganismos que estão aderidos a ela. Faça esses gargarejos duas vezes ao dia.

Gengibre

Outro remédio caseiro para pus na garganta que você deve experimentar é a infusão de gengibre. Tem atividade anti-inflamatória e antimicrobiana, por isso pode ajudar a tratar infecções de garganta, como as causadas por Streptococcus pyogenes.

Uma condição que deve ser tratada

O melhor é ir ao especialista se notar placas brancas e dores de garganta que não diminuem após uma semana e que são acompanhadas de outros sintomas como febre e aumento dos gânglios linfáticos.

Além disso, é importante não tentar remover o pus da garganta com o dedo, um cotonete ou uma escova de dentes. Isso piora a inflamação e a dor. Às vezes, até leva ao aparecimento de superinfecções.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.