Exame de urina: tudo que você precisa saber

O exame de urina pode analisar diferentes variáveis. O objetivo principal é estabelecer a presença ou ausência de certos componentes na urina. Esta informação é essencial para o diagnóstico.
Exame de urina: tudo que você precisa saber

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

O exame de urina é um teste de diagnóstico usado para detectar diferentes tipos de distúrbios de saúde . Esta análise examina a aparência, a concentração e o conteúdo da urina. Os resultados podem sugerir a presença de uma doença que será confirmada com outros métodos.

É importante observar que um exame de urina não permite, por si só, obter um diagnóstico definitivo . É o médico que interpreta as implicações dos resultados. Esses tipos de exames são feitos para estabelecer a presença de um distúrbio, mas também para preveni-lo ou monitorá-lo.

Os exames de urina detectam substâncias que o corpo não é capaz de reter ou que devem ser eliminadas . Com apenas 10 mililitros de urina é possível obter indicações claras de um bom número de doenças, como a diabetes, o mieloma múltiplo e a insuficiência renal.

Para que serve o exame de urina?

Em termos gerais, o médico solicita um exame de urina para qualquer um dos seguintes propósitos :

  • Avaliar a função dos rins: a densidade da urina permite determinar se os rins estão funcionando adequadamente ou não.
  • Detectar germes: se houver suspeita de infecção urinária, o exame de urina é solicitado para detectar a presença de germes e/ou o tipo exato de germe presente, por meio de uma urocultura subsequente.
  • Detectar a presença de algumas substâncias: existem substâncias que, em condições normais, não devem estar presentes na urina. Se estiverem, podem indicar um distúrbio de saúde.
  • Avaliar o impacto de algumas doenças ou medicamentos: a presença ou o nível de alguns componentes permite determinar se uma doença melhorou ou piorou, ou se um medicamento provocou um efeito colateral indesejável.
Urina para fazer exame

Tipos de exames de urina

Existem diferentes tipos de exames de urina , dependendo do procedimento usado para realizá-los e do objetivo pretendido. As análises mais comuns são as seguintes:

  • Uroscopia: é a análise da aparência da urina a olho nu. A cor, a turbidez e o cheiro oferecem dados importantes, mas inconclusivos.
  • Tiras reagentes: consiste em colocar uma pequena quantidade de urina em uma tira especial que possui alguns componentes químicos. Estes reagem à presença de algumas substâncias na urina e a tira muda de cor.
  • Sedimento urinário: é realizado em laboratório e consiste, primeiro, em separar os líquidos dos sólidos presentes na urina. Estes últimos são examinados com o microscópio para determinar se existem certas partículas ou elementos celulares.
  • Estudo bioquímico: é realizado em laboratório e também permite estabelecer a presença de algumas substâncias ou elementos que podem ser indicativos de uma doença. É uma análise mais completa realizada por bioquímicos com técnicas especiais.
  • Estudo microbiológico: este exame é a cultura da urina, ou urocultura, capaz de estabelecer se há infecção, bem como nomear o germe que a causou.

Os resultados do exame de urina

Análise de urina
O profissional de saúde deve indicar a análise a ser realizada, e em que momento do processo de diagnóstico ela deve ser feita.

Em princípio, a urina deve ser inspecionada de modo a detectar a presença de características anormais na sua aparência. A urina normal é transparente e tem um cheiro leve. Por isso, quando está turva ou emite um odor muito forte, é possível suspeitar de que algo não está certo.

O que se segue é fazer um exame inicial com uma tira reagente. Ao aplicar uma pequena amostra de urina sobre ela, essa tira permanece na cor habitual se a urina estiver normal, ou muda de cor se houver a presença uma substância que não deveria estar lá.

Este instrumento detecta:

  • Acidez ou pH: se for anormal, sugere problemas no trato urinário ou nos rins.
  • Densidade: a alta densidade é um sintoma de desidratação.
  • Proteína: a presença elevada de proteína sugere dificuldades renais.
  • Glicose: se a urina contiver glicose, isso pode indicar diabetes.
  • Corpos cetônicos: também indicativos de diabetes, especialmente de desequilíbrios que podem ser graves.
  • Bilirrubina: sua presença sugere a possibilidade de doença hepática ou lesão hepática.
  • Sangue: pode ser um sinal de infecção, danos nos rins, pedras nos rins, câncer nos rins ou na bexiga. É um sinal que requer a aplicação de métodos complementares para chegar ao diagnóstico.
  • Nitritos ou esterase leucocitária: sugerem a presença de uma infecção.

A presença de alguns componentes na urina implica a necessidade de uma análise laboratorial mais detalhada – como sedimento urinário, estudo bioquímico ou estudo microbiológico. O médico é quem vai determinar os passos a serem seguidos.

É essencial que você siga as instruções do profissional para evitar pular etapas. Além disso, é importante marcar uma consulta se notar a presença de sintomas urinários em seu organismo.


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  • del Carmen Laso, M. (2002). Interpretación del análisis de orina. Archivo argentino pediatría, 100(2), 179.

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