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Exame de urina: tudo que você precisa saber

4 minutos
O exame de urina pode analisar diferentes variáveis. O objetivo principal é estabelecer a presença ou ausência de certos componentes na urina. Esta informação é essencial para o diagnóstico.
Exame de urina: tudo que você precisa saber
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

O exame de urina é um teste de diagnóstico usado para detectar diferentes tipos de distúrbios de saúde. Esta análise examina a aparência, a concentração e o conteúdo da urina. Os resultados podem sugerir a presença de uma doença que será confirmada com outros métodos.

É importante observar que um exame de urina não permite, por si só, obter um diagnóstico definitivo. É o médico que interpreta as implicações dos resultados. Esses tipos de exames são feitos para estabelecer a presença de um distúrbio, mas também para preveni-lo ou monitorá-lo.

Os exames de urina detectam substâncias que o corpo não é capaz de reter ou que devem ser eliminadas. Com apenas 10 mililitros de urina é possível obter indicações claras de um bom número de doenças, como a diabetes, o mieloma múltiplo e a insuficiência renal.

Para que serve o exame de urina?

Em termos gerais, o médico solicita um exame de urina para qualquer um dos seguintes propósitos:

  • Avaliar a função dos rins: a densidade da urina permite determinar se os rins estão funcionando adequadamente ou não.
  • Detectar germes: se houver suspeita de infecção urinária, o exame de urina é solicitado para detectar a presença de germes e/ou o tipo exato de germe presente, por meio de uma urocultura subsequente.
  • Detectar a presença de algumas substâncias: existem substâncias que, em condições normais, não devem estar presentes na urina. Se estiverem, podem indicar um distúrbio de saúde.
  • Avaliar o impacto de algumas doenças ou medicamentos: a presença ou o nível de alguns componentes permite determinar se uma doença melhorou ou piorou, ou se um medicamento provocou um efeito colateral indesejável.
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Tipos de exames de urina

Existem diferentes tipos de exames de urina, dependendo do procedimento usado para realizá-los e do objetivo pretendido. As análises mais comuns são as seguintes:

  • Uroscopia: é a análise da aparência da urina a olho nu. A cor, a turbidez e o cheiro oferecem dados importantes, mas inconclusivos.
  • Tiras reagentes: consiste em colocar uma pequena quantidade de urina em uma tira especial que possui alguns componentes químicos. Estes reagem à presença de algumas substâncias na urina e a tira muda de cor.
  • Sedimento urinário: é realizado em laboratório e consiste, primeiro, em separar os líquidos dos sólidos presentes na urina. Estes últimos são examinados com o microscópio para determinar se existem certas partículas ou elementos celulares.
  • Estudo bioquímico: é realizado em laboratório e também permite estabelecer a presença de algumas substâncias ou elementos que podem ser indicativos de uma doença. É uma análise mais completa realizada por bioquímicos com técnicas especiais.
  • Estudo microbiológico: este exame é a cultura da urina, ou urocultura, capaz de estabelecer se há infecção, bem como nomear o germe que a causou.

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Os resultados do exame de urina

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O profissional de saúde deve indicar a análise a ser realizada, e em que momento do processo de diagnóstico ela deve ser feita.

Em princípio, a urina deve ser inspecionada de modo a detectar a presença de características anormais na sua aparência. A urina normal é transparente e tem um cheiro leve. Por isso, quando está turva ou emite um odor muito forte, é possível suspeitar de que algo não está certo.

O que se segue é fazer um exame inicial com uma tira reagente. Ao aplicar uma pequena amostra de urina sobre ela, essa tira permanece na cor habitual se a urina estiver normal, ou muda de cor se houver a presença uma substância que não deveria estar lá.

Este instrumento detecta:

  • Acidez ou pH: se for anormal, sugere problemas no trato urinário ou nos rins.
  • Densidade: a alta densidade é um sintoma de desidratação.
  • Proteína: a presença elevada de proteína sugere dificuldades renais.
  • Glicose: se a urina contiver glicose, isso pode indicar diabetes.
  • Corpos cetônicos: também indicativos de diabetes, especialmente de desequilíbrios que podem ser graves.
  • Bilirrubina: sua presença sugere a possibilidade de doença hepática ou lesão hepática.
  • Sangue: pode ser um sinal de infecção, danos nos rins, pedras nos rins, câncer nos rins ou na bexiga. É um sinal que requer a aplicação de métodos complementares para chegar ao diagnóstico.
  • Nitritos ou esterase leucocitária: sugerem a presença de uma infecção.

A presença de alguns componentes na urina implica a necessidade de uma análise laboratorial mais detalhada – como sedimento urinário, estudo bioquímico ou estudo microbiológico. O médico é quem vai determinar os passos a serem seguidos.

É essencial que você siga as instruções do profissional para evitar pular etapas. Além disso, é importante marcar uma consulta se notar a presença de sintomas urinários em seu organismo.


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  • del Carmen Laso, M. (2002). Interpretación del análisis de orina. Archivo argentino pediatría, 100(2), 179.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.