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O que é a estrongiloidíase e como é a contaminação?

4 minutos
Pacientes imunossuprimidos são mais propensos a complicações dessa doença. Isso inclui pessoas com infecção por HIV ou que são tratadas com esteroides.
O que é a estrongiloidíase e como é a contaminação?
Última atualização: 19 maio, 2021

A estrongiloidíase é uma doença parasitária causada pelo Strongyloides stercoralis, um patógeno capaz de se reproduzir no intestino humano. Embora a maioria dos casos seja leve, pode ser fatal em pacientes com um sistema imunológico deficiente.

É um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, embora existam focos da patologia em todo o mundo. Quer saber mais? Então, continue conosco!

Quais são os seus sintomas?

Um paciente com estrongiloidíase pode apresentar diversas manifestações clínicas, muitas delas inespecíficas. Portanto, o médico pode demorar para fazer o diagnóstico, a menos que o paciente seja proveniente de uma área endêmica.

Alguns dos sintomas mais comuns são dor abdominal difusa, sangramento através das fezes, diarreia e vômitos ocasionais. Fora do sistema digestivo, pode ocorrer mal-estar geral, erupções cutâneas e perda de peso inexplicável.

Pessoas com algum grau de imunossupressão apresentam formas mais graves da doença. Discutiremos isso em detalhes mais tarde.

O que causa a estrongiloidíase?

A infecção pelo parasita Strongyloides stercoralis é o evento que dá origem à doença. Este tipo de microrganismo é caracterizado por ter vários ciclos de vida, e a sua forma muda constantemente desde que haja um ambiente ideal para a sua reprodução.

O surpreendente sobre o S. stercoralis é que ele pode se desenvolver dentro do corpo humano. Para que a infecção persista por meses ou anos, não é necessário que o paciente seja infectado continuamente, pois o parasita se reproduz no interior do organismo.

Isso explica o fato de muitos casos de estrongiloidíase serem importados de outros países, como confirma uma pesquisa. Isso está relacionado às mudanças nas condições de vida em ambientes rurais.

No Brasil, a faixa de infecção varia de menos de 5% até 80%, sendo que essas variações ocorrem em função da idade da população estudada e também em função das diferenças geográficas e socio­econômicas. As condições de vida precárias de uma grande parcela da população influenciam o aumento do desenvolvimento de infecções por parasitas intestinais.

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Os sintomas digestivos decorrentes da parasitose podem se espalhar para outros órgãos quando há expansão dos parasitas pela parede intestinal.

Não deixe de ler: Como fazer uma cura depurativa para combater os parasitas intestinais

Fatores de risco

Fora do corpo humano, o parasita tem a capacidade de viver na terra. É encontrado com mais frequência em comunidades onde os humanos tendem a defecar ao ar livre.

A via de entrada mais comum no corpo é através da pele, quando as pessoas andam descalças em solo contaminado. A partir daí, o parasita passa para a corrente sanguínea e para o sistema respiratório.

Este vai se mobilizando até a sua deglutição. Então, aloja-se no sistema digestivo, onde encontra as condições ideais para se reproduzir. Portanto, os fatores de risco mais importantes para a sua aquisição são os seguintes:

  • Morar em ambientes rurais.
  • Más condições socioeconômicas.
  • Ter algum tipo de imunossupressão.

Diagnóstico de estrongiloidíase

Os médicos utilizam vários métodos para fazer o diagnóstico. Entre eles, estão os seguintes:

  • Hemograma completo: pode revelar um aumento de eosinófilos no sangue. É um tipo de célula relacionada à resposta a infecções por parasitas.
  • Exame de fezes: embora muitas vezes possa ser negativo, existem técnicas específicas capazes de detectar o parasita. A mais eficaz é o método de Baermann.
  • ELISA: é uma técnica de biologia molecular capaz de identificar anticorpos contra o parasita em amostras de pacientes.

Tratamento disponível

Existem vários tratamentos específicos para a doença, embora em geral também seja necessário o controle de outras doenças capazes de causar imunossupressão em um grande grupo de pacientes.

Os medicamentos mais prescritos são os seguintes:

Saiba mais: Como tratar parasitas intestinais

Possíveis complicações da estrongiloidíase

Quando o sistema imunológico de um paciente é afetado, a reprodução do parasita é consideravelmente acelerada. Isso resulta em um fenômeno denominado síndrome de hiperinfecção, no qual esses organismos penetram nas paredes do intestino.

Com essa modalidade, chegam a órgãos como cérebro, fígado e sistema urinário. Qualquer uma dessas formas geralmente está associada a diarreia e dor intensa, febre e fraqueza crônica.

As manifestações clínicas tendem a surgir após um episódio de imunossupressão, como o uso de corticoesteroides.

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Os exames de fezes podem detectar alguns parasitas enquanto permanecem no intestino.

Expectativa e prevenção

Poucos pacientes desenvolvem quadros clínicos graves desta doença. Inclusive, muitos podem persistir sem sintomas por anos, devido à capacidade do parasita de se alojar e se reproduzir no intestino dos humanos.

Apesar disso, devido aos potenciais efeitos negativos à saúde que os casos mais graves podem causar, em algumas áreas a detecção precoce da estrongiloidíase é recomendada antes de iniciar alguns tratamentos com esteroides.

Outras medidas básicas de prevenção incluem o uso de calçados especiais para trabalhadores da zona rural, higiene pessoal adequada e educação das crianças sobre os riscos de colocar terra ou areia na boca durante as atividades ao ar livre.

Estrongiloidíase: um exemplo de parasitose que pode ser fatal

Apesar da maioria dos casos ser registrada em países em desenvolvimento, ainda existem áreas endêmicas em países desenvolvidos. A promoção adequada dos hábitos de higiene costuma ser suficiente para prevenir a estrongiloidíase, embora seja sempre aconselhável consultar um médico de confiança ao apresentar os primeiros sintomas.

A estrongiloidíase é uma doença parasitária causada pelo Strongyloides stercoralis, um patógeno capaz de se reproduzir no intestino humano. Embora a maioria dos casos seja leve, pode ser fatal em pacientes com um sistema imunológico deficiente.

É um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, embora existam focos da patologia em todo o mundo. Quer saber mais? Então, continue conosco!

Quais são os seus sintomas?

Um paciente com estrongiloidíase pode apresentar diversas manifestações clínicas, muitas delas inespecíficas. Portanto, o médico pode demorar para fazer o diagnóstico, a menos que o paciente seja proveniente de uma área endêmica.

Alguns dos sintomas mais comuns são dor abdominal difusa, sangramento através das fezes, diarreia e vômitos ocasionais. Fora do sistema digestivo, pode ocorrer mal-estar geral, erupções cutâneas e perda de peso inexplicável.

Pessoas com algum grau de imunossupressão apresentam formas mais graves da doença. Discutiremos isso em detalhes mais tarde.

O que causa a estrongiloidíase?

A infecção pelo parasita Strongyloides stercoralis é o evento que dá origem à doença. Este tipo de microrganismo é caracterizado por ter vários ciclos de vida, e a sua forma muda constantemente desde que haja um ambiente ideal para a sua reprodução.

O surpreendente sobre o S. stercoralis é que ele pode se desenvolver dentro do corpo humano. Para que a infecção persista por meses ou anos, não é necessário que o paciente seja infectado continuamente, pois o parasita se reproduz no interior do organismo.

Isso explica o fato de muitos casos de estrongiloidíase serem importados de outros países, como confirma uma pesquisa. Isso está relacionado às mudanças nas condições de vida em ambientes rurais.

No Brasil, a faixa de infecção varia de menos de 5% até 80%, sendo que essas variações ocorrem em função da idade da população estudada e também em função das diferenças geográficas e socio­econômicas. As condições de vida precárias de uma grande parcela da população influenciam o aumento do desenvolvimento de infecções por parasitas intestinais.

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Os sintomas digestivos decorrentes da parasitose podem se espalhar para outros órgãos quando há expansão dos parasitas pela parede intestinal.

Não deixe de ler: Como fazer uma cura depurativa para combater os parasitas intestinais

Fatores de risco

Fora do corpo humano, o parasita tem a capacidade de viver na terra. É encontrado com mais frequência em comunidades onde os humanos tendem a defecar ao ar livre.

A via de entrada mais comum no corpo é através da pele, quando as pessoas andam descalças em solo contaminado. A partir daí, o parasita passa para a corrente sanguínea e para o sistema respiratório.

Este vai se mobilizando até a sua deglutição. Então, aloja-se no sistema digestivo, onde encontra as condições ideais para se reproduzir. Portanto, os fatores de risco mais importantes para a sua aquisição são os seguintes:

  • Morar em ambientes rurais.
  • Más condições socioeconômicas.
  • Ter algum tipo de imunossupressão.

Diagnóstico de estrongiloidíase

Os médicos utilizam vários métodos para fazer o diagnóstico. Entre eles, estão os seguintes:

  • Hemograma completo: pode revelar um aumento de eosinófilos no sangue. É um tipo de célula relacionada à resposta a infecções por parasitas.
  • Exame de fezes: embora muitas vezes possa ser negativo, existem técnicas específicas capazes de detectar o parasita. A mais eficaz é o método de Baermann.
  • ELISA: é uma técnica de biologia molecular capaz de identificar anticorpos contra o parasita em amostras de pacientes.

Tratamento disponível

Existem vários tratamentos específicos para a doença, embora em geral também seja necessário o controle de outras doenças capazes de causar imunossupressão em um grande grupo de pacientes.

Os medicamentos mais prescritos são os seguintes:

Saiba mais: Como tratar parasitas intestinais

Possíveis complicações da estrongiloidíase

Quando o sistema imunológico de um paciente é afetado, a reprodução do parasita é consideravelmente acelerada. Isso resulta em um fenômeno denominado síndrome de hiperinfecção, no qual esses organismos penetram nas paredes do intestino.

Com essa modalidade, chegam a órgãos como cérebro, fígado e sistema urinário. Qualquer uma dessas formas geralmente está associada a diarreia e dor intensa, febre e fraqueza crônica.

As manifestações clínicas tendem a surgir após um episódio de imunossupressão, como o uso de corticoesteroides.

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Os exames de fezes podem detectar alguns parasitas enquanto permanecem no intestino.

Expectativa e prevenção

Poucos pacientes desenvolvem quadros clínicos graves desta doença. Inclusive, muitos podem persistir sem sintomas por anos, devido à capacidade do parasita de se alojar e se reproduzir no intestino dos humanos.

Apesar disso, devido aos potenciais efeitos negativos à saúde que os casos mais graves podem causar, em algumas áreas a detecção precoce da estrongiloidíase é recomendada antes de iniciar alguns tratamentos com esteroides.

Outras medidas básicas de prevenção incluem o uso de calçados especiais para trabalhadores da zona rural, higiene pessoal adequada e educação das crianças sobre os riscos de colocar terra ou areia na boca durante as atividades ao ar livre.

Estrongiloidíase: um exemplo de parasitose que pode ser fatal

Apesar da maioria dos casos ser registrada em países em desenvolvimento, ainda existem áreas endêmicas em países desenvolvidos. A promoção adequada dos hábitos de higiene costuma ser suficiente para prevenir a estrongiloidíase, embora seja sempre aconselhável consultar um médico de confiança ao apresentar os primeiros sintomas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Martínez L, et al. Diagnóstico y tratamiento de la estrongiloidosis. Revista Cubana de Medicina Militar 2011;40(2):157-167.
  • Dourmishev AL, Dourmishev LA, Schwartz RA. Ivermectin: pharmacology and application in dermatology. Int J Dermatol. 2005;44(12):981-8.
  • Llagunes, J., et al. “Hiperinfección por Strongyloides stercoralis.” Medicina intensiva 34.5 (2010): 353-356.
  • Igual R, et al. Estrongiloidiasis: epidemiología, manifestaciones clínicas y diagnóstico. Experiencia en una zona endémica: la comarca de La Safor (Valencia). Enferm Infecc Microbiol Clin 2007;25 Supl 3:38-44.
  • Campo Polanco, Laura, Lina A. Gutiérrez, and Jaiberth Cardona Arias. “Infección por Strongyloides stercoralis: metanálisis sobre evaluación de métodos diagnósticos convencionales (1980-2013).” Revista Española de Salud Pública 88.5 (2014): 581-600.

 


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