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Diagnóstico de gravidez molar

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A gravidez molar é uma complicação rara da gravidez. Para o seu diagnóstico é utilizada principalmente a ultrassonografia.
Diagnóstico de gravidez molar
Sergio Alonso Castrillejo

Revisado e aprovado por o farmacêutico Sergio Alonso Castrillejo

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 20 dezembro, 2022

Durante todo o período gestacional podem ocorrer várias alterações que tornam necessário tomar medidas o quanto antes. Uma dessas complicações (embora rara) é a gravidez molar. A seguir, vamos explicar em que consiste essa patologia e quais técnicas são usadas no seu diagnóstico.

O que é gravidez molar?

Gravidez molar é um termo que se refere à Doença Trofoblástica Gestacional, também conhecida como ETG. Nesse contexto, há uma proliferação anormal do tecido que compõe o trofoblasto (uma das camadas celulares que participam da formação do embrião).

O prognóstico dessa situação é enormemente variável, sendo capaz de distinguir várias categorias de gravidez molar, conforme a natureza da entidade clínica.

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 Diagnóstico da gravidez molar

Por um lado, podemos ter uma doença de tecido benigno, onde não há risco de desenvolver patologia tumoral cancerígena. Neste caso, falamos de doença trofoblástica gestacional benigna, com mola hidatiforme parcial ou completa.

Ao contrário disso, há uma série de patologias relacionadas com a gravidez  molar e que se englobam em geral sob o nome de Neoplasia Trofoblástica Gestacional. Dentro deste grupo, destacam-se a mola hidatiforme maligna ou invasora, os coriocarcinomas, e os tumores epiteliais que acometem o tecido trofoblástico.

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Quais são os sinais e sintomas da gravidez molar?

É importante ter em mente que nas primeiras semanas de gravidez a doença pode passar completamente despercebida. No entanto, à medida que a gravidez progride, uma série de manifestações clínicas irão aparecer, o que ajudará no diagnóstico:

  • Metrorragia: ocorre um sangramento vaginal em quase todas as mulheres com gravidez molar. Isso ocorre porque o tecido trofoblástico possui alta capacidade de invasão, e está localizado entre as camadas celulares, de modo que o sangue vai se acumulando, porque não consegue drenar adequadamente. Quando o volume de sangue excede a capacidade da cavidade, ocorre um sangramento repentino.
  • Toxemia: é um sinal comum em pacientes, mas pode haver casos em que não aparece. A toxemia inclui hipertensão associada à gravidez, e é uma condição grave que requer atenção médica para evitar repercussões.
  • Altura uterina anormal: o fundo do útero cresce cerca de 4 cm de altura por mês de gravidez. Antigamente, poderia ser calculada a idade gestacional apalpando-se a altura uterina. Hoje em dia essa técnica foi desativada graças à introdução do ultrassom. De qualquer modo, uma altura uterina acima do normal é um sinal associado à gravidez molar.
  • Alterações de natureza hormonal: ao longo da gravidez são realizados vários controles analíticos para verificar se todos os níveis estão corretos. Quando há proliferação do tecido trofoblástico os níveis hormonais são alterados, uma vez que é uma camada celular com capacidade endócrina.

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Como é feito o diagnóstico de gravidez molar?

Primeiro, deve haver uma suspeita com base clínica. As alterações hormonais na análise do sangue são um importante teste na gravidez molar.

No entanto, tudo isso é não específico. Ou seja, pode haver traços em comum com outras alterações da gravidez. Especialmente se a paciente for mãe pela primeira vez, ou se houver alterações genéticas. Sem qualquer dúvida, a técnica principal quando se trata de diagnosticar a gravidez molar é a ultrassonografia.

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  A gravidez molar é uma gravidez de risco

Graças ao uso da ultrassonografia podemos visualizar diretamente o saco gestacional e os cistos que aparecem com frequência próximo a ele. Além disso, em caso de suspeita podem ser realizadas extrações para o estudo biológico. Se, no momento do diagnóstico, houver suspeita de doença neoplásica, além da ultrassonografia é necessário realizar um exame de imagem, como a tomografia computadorizada ou a radiografia.

É essencial realizar uma extração completa para evitar complicações futuras, especialmente no caso de metástases, onde é imprescindível acompanhar com um tratamento coadjuvante cirúrgico, em conjunto com a quimioterapia.

Por outro lado, se a paciente não tiver intenção de ter mais filhos ou o risco de complicações é muito alto, se opta por um tratamento mais agressivo. Mas, como tudo na medicina, sempre se escolhe ter uma atitude mais conservadora no caso de pacientes jovens.

Em suma, o diagnóstico e tratamento da gravidez molar é multidisciplinar. Mas o estudo analítico e as técnicas de imagem são o que realmente ajudam a diagnosticá-la, e estabelecer o prognóstico.

 


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