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10 dicas de cuidado pessoal para pais

7 minutos
O cuidado pessoal é o momento que os pais dão a si mesmos para entregar, renovados, atenção e proteção aos seus filhos. É se cuidar para cuidar. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar nessa tarefa.
10 dicas de cuidado pessoal para pais
Escrito por Ana Núñez
Última atualização: 19 abril, 2023

O cuidado pessoal dos pais é essencial para cuidar dos filhos. A sabedoria acompanha esta reflexão: não podemos dar o que não temos. Nesse mesmo sentido, cuidamos dos outros porque cuidamos de nós mesmos.

Assim como tantas coisas na vida, cuidado e proteção têm um fator comum: o tempo. Essa realidade vital e invisível está em todas as coisas e, embora a consideremos abstrata, ela se expressa na vida cotidiana. O tempo é maleável e assume a forma do que fazemos. Também muda nossos ânimos. O relógio marcará as horas inexoráveis, mas o tempo na vida é mais experiência do que duração.

Como pai, aconselhamos que você reserve um tempo para a família. Em casa, dê forma e conteúdo a esse tempo. Não deixe as horas passarem soltas, mas sim com consciência e programação.

Aspectos importantes que não devem ser negligenciados

A saúde está intimamente ligada ao cuidado pessoal dos pais. O tempo de exercício, o tempo de sono e uma alimentação balanceada são vetores cuja interação contribui para a manutenção da boa saúde.

É óbvio que o cuidado das crianças depende de práticas saudáveis. As demandas são muitas, principalmente nos primeiros meses e anos, quando a inexperiência e a novidade exigem mais vigilância e geram ansiedade.

Dicas para uma vida melhor como pai

A distância permite que os pais, em certas situações, tenham uma visão geral. Desta forma, afastar-se para ver e refletir, aproximar-se para chegar aos detalhes, tomar decisões e agir são movimentos conscientes e responsáveis.

Dedicar tempo aos cuidados pessoais serve para se reconhecer, se valorizar e se preparar. Aqui estão algumas dicas para iniciar um plano de cuidado pessoal para pais.

1. Pegue o tempo pelas mãos

O tempo não é apenas uma abstração. Podemos moldá-lo, dobrá-lo e adaptá-lo às nossas necessidades pessoais, familiares e sociais.

Entramos em crise quando o tempo nos asfixia e não nos deixa outra alternativa a não ser cumprir ou deixar de cumprir obrigações incômodas.

É verdade que a liberdade de ação é incompleta, mas a maturidade passa sempre por pesar as decisões. Uma delas é dizer com segurança e firmeza: “Estou onde quero estar” . Não é fácil, mas devemos lutar para conseguir. Estar onde escolhemos estar é, de certa forma, exercer um controle relativo sobre o uso do tempo.

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O tempo é um problema quando não sabemos como organizá-lo, mas devemos assumir a tarefa de controlá-lo.

Não deixe de ler: 8 estratégias para fazer o tempo render mais

2. Organizar e planejar

A consequência do controle sobre o tempo é a capacidade de organizar e planejar. Você tem autonomia e capacidade de ter os elementos que fazem parte da nossa realidade. Sempre haverá margens de erro e imprevistos, mas isso só nos tirará do caminho se tivermos abandonado tudo ao acaso.

Tentemos estabelecer rotas e um campo de ação. Com mentalidade de estrategista, com alegria e otimismo, arrumamos as peças no tabuleiro do dia a dia. O que queremos fazer, quantos recursos temos e por quanto tempo. Além disso, com quem contamos e como podemos lidar com as eventualidades. Vamos nos dar uma chance de ser livres. Este é um desafio.

3. Verifique periodicamente a saúde

Precisamos priorizar a saúde como parte da prevenção, o que nos permitirá estar preparados para o cuidado integral da família. A saúde pessoal é projetada na saúde da família. A doença de um membro afeta emocionalmente todo o grupo.

Vamos fazer um check-up periódico e, na medida do possível, estabelecer uma proximidade com o médico, principalmente o pediatra. Ajuda muito ter uma voz sábia e informada sobre o que devemos fazer diante de pequenas doenças.

4. O que fazer primeiro e o que deixar para depois

Nesta mesma ordem de ideias, é fundamental estabelecer prioridades. Nem é preciso dizer que o que é importante para alguns não precisa ser para outros. A lista pode corresponder, mas não é necessária.

Isso é extremamente valioso porque indica o que é relevante para cada membro da família com base nos seus interesses pessoais. Somente se conhecermos a nós mesmos poderemos refletir e nos doar aos demais. Ninguém dá o que não tem.

5. Não negligencie seus amigos

Ficamos mais próximos de nós mesmos quando nos aproximamos dos nossos amigos. Não basta pensar neles e ficar preso à nostalgia. Devemos materializar continuamente proximidade e afeto.

Caso contrário, a distância torna-se distanciamento e depois afastamento. O calor da comunicação acende a chama da vida. Não vamos deixar para depois.

6. Manter um diário ou escrever cartas para os amigos

As redes sociais nos permitem diversas formas de abordagem; não apenas vozes, mas imagens e vídeos nos aproximam como nunca antes. Mas eles têm uma contrapartida que nem sempre notamos, porque costumamos mostrar uma imagem que é feita para ser vista.

Que tal tentarmos manter um diário? A escrita funciona como uma terapia perfeita, ainda mais íntima do que o que sai e o que exibimos nos vídeos. Ao escrever, surge um “eu” que o outro vê com novos olhos. E nessa alteridade nos vemos iguais, mas diferentes.

Um diário pode receber o que somos, como um blog que não nos deixa nos perder no turbilhão dos dias. Escrever cartas aos amigos fará com que eles nos recebam com outro grau de intimidade e confiança.

7. Compartilhe gostos e afinidades

Em qualquer caso, seja na escrita ou no formato audiovisual, o importante é compartilhar gostos e afinidades. Encontrar caminhos que façam nossa existência fluir. Os outros nos ajudam a ser quando damos e recebemos de forma altruísta.

É fácil concordar em assistir a um filme, um show online, compartilhar a leitura de um livro e, a partir daí, trocar opiniões e critérios.

8. Escute música

Se escrever é terapêutico, ouvir música pode ser curativo. A música é uma forma de tempo, por isso pode se adaptar a qualquer situação e nos ajudar a lhe dar forma e sentido.

É feita de memória e sensibilidade. Ajuda-nos a sentir e reproduzir sentimentos. Ocupar os espaços da casa com música transmite alegria ao coração.

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Leia também: Benefícios da música no desenvolvimento de bebês

9. Passeie, distraia-se, caminhe

Passear ou simplesmente caminhar, ouvir som ambiente, música ou um podcasté uma forma de concentrar o prazer, a saúde e o crescimento. Vamos gerar momentos que revitalizem o resto das horas do dia. Isso nos permitirá contemplá-los com a convicção de que a vida guarda um segredo maravilhoso.

10. Organização da casa: imagem da ordem interior

Finalmente, organizar a casa se reflete na ordem interna. Existe uma gramática dos objetos que dialoga com a nossa constituição mais íntima. Podemos ter problemas ou nos desengajar se não nos sentirmos confortáveis ​​com o ambiente.

A tarefa de organizar deve ser da família, pois cada um tem, adota e adapta o seu espaço, para além dos quartos pessoais. Os locais favoritos têm uma marca. Vamos descobrir a nossa e cultivá-la como parte do nosso jeito de ser.

Cuidado pessoal para os pais: que seja mútuo e compartilhado

Várias evidências e estudos mostraram que os pais passam menos tempo com os filhos do que as mães. No contexto da questão que abordamos, isso não significa que eles gastem mais tempo cuidando de si e depois dando para a família. Geralmente ocorre o oposto.

Os papéis da família tradicional tiravam o pai de casa e colocavam a mãe dentro. E embora os tempos estejam mudando, ainda há muito a fazer. Dentre as urgências, é preciso que a mãe e o pai cuidem de si para cuidar melhor de toda a família.

Isso significa que o cuidado pessoal dos pais se traduz em uma família mais harmoniosa. Para fazer isso, os pais precisam oferecer tempo de qualidade, primeiro para si mesmos e depois um para o outro. Consequentemente, o cuidado será estendido a todos.


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