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Como viver de forma mais consciente?

7 minutos
Ser consciente de quem somos e do que está ao nosso redor é a melhor forma de estarmos em harmonia. Continue lendo para saber o que você deve fazer para que isso seja alcançado.
Como viver de forma mais consciente?
Última atualização: 23 agosto, 2022

Na atualidade, com tantos meios e fontes de distração que nos convidam a focar no outro e não em nós mesmos, viver de forma consciente é algo cada vez mais difícil. Aparentemente, o nosso interior não chama tanto a nossa atenção.

E por que devemos nos interessar ​​em viver de forma consciente? Por que precisamos explorar as nossas próprias experiências? Não se trata apenas do nosso eu, mas sim de termos total consciência do momento e da circunstância em que vivemos.

O aprofundamento nessas respostas é parte do que vamos abordar neste artigo, no qual vamos conhecer o que significa viver de forma consciente, o que nos impede de viver dessa forma e o que podemos fazer para que isso seja alcançado.

O que significa viver de forma consciente?

Viver de forma consciente é saber o que você é, quem você é e qual é o seu lugar no mundo e em relação às outras pessoas ao seu redor. É se lembrar das suas responsabilidades, qualidades, virtudes, e também reconhecer o seu lado negativo.

De certa forma, isso nos leva de volta ao conceito de dasein, do filósofo alemão Martin HeideggerDasein significa ‘ser no mundo’, estando situado nele de uma forma dinâmica, experimentando e vivenciando. Em suma, trata-se uma relação com o próprio ser.

Por outro lado, lembrando o grande pensador espanhol José Ortega y Gassetviver de forma consciente tem a ver conosco e com nossas circunstâncias, pois o que somos depende tanto da própria pessoa quanto da cultura e da época.

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O que nos impede de viver de forma consciente no presente?

Além das distrações do dia a dia e do excesso de trabalho e atividades, existem certas atitudes que nos afetam e que são sinais de que não estamos vivendo de forma consciente no momento presente.

Algumas delas são as seguintes:

  • Ressentimento: o ressentimento é uma emoção negativa relacionada a uma lembrança amarga, uma afronta ou um insulto que acreditamos que recebemos indevidamente. Está relacionado ao rancor e à tristeza.
  • Medo e ansiedade: temos medo do perigo, de morrer, de adoecer, de que algo ruim aconteça aos nossos filhos. Quando nos tornamos vítimas do medo, deixamos de viver plenamente. Tanto o medo quanto a ansiedade produzem sentimentos de angústia, insegurança e incerteza quanto ao futuro.
  • Excesso de amor próprio: uma certa dose de amor próprio é algo positivo, mas não em excesso. O ego exagerado nos impede de nos conectarmos com o mundo e com as pessoas.
  • Fugas: ser consciente de quem somos implica aceitar a nossa realidade. Fugir para o passado, para momentos aparentemente mais agradáveis ​​ou para um futuro idealizado pode fornecer um alívio temporário, mas não é a solução.
  • Distração: só é possível viver plenamente prestando atenção a si mesmo, às suas circunstâncias e ao seu momento presente.
  • Tédio: se você fica entediado com algo que está fazendo ou tem diante de si, é porque talvez desejasse estar fazendo outra coisa nesse momento. Porém, se você sempre está entediado, este é um mau sinal.
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O tédio é capaz de nos tirar do momento presente e nos impede de aproveitar o que acontece ao nosso redor.

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Dicas para viver de forma mais consciente

Ainda que possamos presumir que viver de forma consciente no presente seja algo necessário, nem todos sabem como focar mais no aqui e agora. Precisamos treinar a nossa mente para vivenciar cada experiência. Temos que reaprender o que desaprendemos.

1. Meditação

Por meio da meditação, começa-se a viver de forma consciente. Quando meditamos, não fazemos nada além de estar presentes no momento atual, vivendo o momento.

Foram encontradas evidências de que a meditação tem efeitos biopsicossociais benéficos em diferentes áreas da vida humana, tanto em relação aos estados emocionais quanto nos processos cognitivos e na saúde geral. Ela influencia até mesmo os sintomas de doenças crônicas.

Assim, desenvolver a prática da meditação como um hábito nos ajuda a viver de forma consciente e a parar de pensar com angústia sobre o que está por vir ou com ressentimento sobre o que já aconteceu.

2. Yoga e exercícios

O yoga não é apenas uma série de exercícios de alongamento para beneficiar o corpo. Acima de tudo, permite trabalhar a conexão entre a mente e o físico.

De fato, diversas pesquisas mencionam que a atividade física e o yoga são agentes redutores do estresse e promotores de uma melhor qualidade de vida em relação aos aspectos físicos, emocionais, intelectuais, sociais e espirituais.

3. Abandonar julgamentos e expectativas

Definir expectativas nos leva a não aceitar. A crença de que as coisas deveriam ser diferentes nos esgota e nos impede de ver o que está ao nosso redor.

Sem dúvida, podemos mudar para melhor e tentar melhorar. Afinal, aceitar não significa concordar com tudo da forma que é, mas sim deixar de lado a atitude de negação e de eterna batalha contra o mundo.

Os julgamentos que fazemos sobre nós mesmos ou o medo dos julgamentos dos outros nos afastam da nossa realidade, criando uma ideia distorcida do que esperamos ou do que esperam de nós.

4. Evitar emoções negativas

Ter uma atitude de confiança no presente é viver de forma consciente. Porém, ter confiança no presente significa abandonar o medo, a angústia e a ansiedade.

O mesmo se aplica à raiva, ao ódio e ao ressentimento. Eles nos acorrentam a momentos negativos, impedindo-nos de ver o que está além deles.

5. Praticar a aceitação e a gratidão

Nossa vida pode não parecer perfeita, mas ninguém disse que ela precisaria ser assim. Existem momentos ou acontecimentos que são desagradáveis.

No entanto, para cada situação de que não gostamos, há outra para compensar. Se percebermos as primeiras e não as últimas, é porque pensamos nas coisas ruins mais do que o necessário.

Não podemos viver apenas de alegria em alegria, mas também não vivemos de tristeza em tristeza. O escritor francês Albert Camus disse certa vez que não se pode ser permanentemente feliz nem permanentemente infeliz.

Por outro lado, quando agradecemos, vemos o que temos e esquecemos o que não temos. Esta é precisamente a essência de viver de forma consciente.

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Não existe uma maneira única de meditar. Cada um deve encontrar a mais adequada para o seu estilo de vida.

6. Atenção plena

A atenção plena ou mindfulness está relacionada a estar em contato com a realidade do momento presente, com plena consciência do que está sendo feito, sem pensar ou desejar outra coisa. Viver de forma consciente e com atenção plena são conceitos tão inseparáveis quanto as faces de uma moeda.

Várias pesquisas mostram que a atenção plena é eficaz no tratamento do estresse e de outros problemas psicológicos, a ponto de já ter sido introduzida em vários programas de psicoterapia.

O desenvolvimento da atenção plena é algo que podemos alcançar por meio da prática, evitando qualquer coisa que distraia a nossa mente do que estamos fazendo e nos esforçando para permanecermos focados em uma única tarefa.

Existem várias atividades que nos ajudam a aprender a difícil, porém necessária, arte da atenção plena e de viver de forma consciente. Entre elas, estão as seguintes:

Os benefícios de viver de forma consciente no presente

Se não vivermos o que corresponde, não vamos obter o conhecimento que cada experiência oferece. A aprendizagem será nula e estaremos condenados a repetir os erros.

Quando vivemos de forma consciente, ficamos mais abertos para conhecer, para aprender com o que está ao nosso redor e com nós mesmos. Lidamos melhor com o sofrimento e o estresse.

Conseguir viver de forma consciente no presente é algo que está ao nosso alcance. Disso dependerá a existência futura, muito mais do que das outras coisas que não podemos controlar.

Podemos nos libertar de sofrimentos desnecessários. Basta sair da concha em que nos escondemos, baixar o volume do ruído que vem de fora, abrir os olhos para o que temos dentro de nós e ousar viver de verdade.


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