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Como uma pessoa com daltonismo vê?

4 minutos
O daltonismo é uma doença genética na qual a percepção das cores é alterada. As pessoas daltônicas apresentam graus variados de severidade e as maneiras como as cores são interpretadas em seus cérebros também diferem. Saiba mais neste artigo.
Como uma pessoa com daltonismo vê?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A pessoa com daltonismo sofre de uma doença que altera a sua percepção das cores. O olho humano é capaz de interpretar a cor dos objetos através das ondas de luz que chegam à retina do globo ocular.

Na retina, há células especializadas chamadas cones. Os cones contêm pigmentos no seu interior, que são de três sensibilidades diferentes: vermelho, verde e azul. A combinação dos três pigmentos cria uma gama maior de cores, permitindo compreender a realidade colorida, e não apenas em preto e branco.

Uma vez que a informação da onda de luz é recebida nos cones, o impulso continua através do nervo óptico. Temos dois nervos ópticos, um atrás de cada globo ocular. O caminho de ambos se combina no quiasma óptico e atinge o cérebro, de modo que os neurônios fazem a interpretação final da informação.

No daltonismo, a cor não é percebida normalmente. Embora a onda de luz seja a mesma, no indivíduo daltônico as informações são mal interpretadas. Estima-se que afete aproximadamente 8% dos homens e 0,5% das mulheres.

O que é o daltonismo?

O distúrbio conhecido como daltonismo é uma doença genética. É transmitido como herança no cromossomo X, um dos cromossomos sexuais. Por isso, sua prevalência é maior na população masculina.

O daltonismo é definido como a incapacidade de discernir cores. Muitas variantes da doença estão incluídas nesta definição, desde leves mudanças de gama que se tornam quase imperceptíveis, até a substituição de uma cor por outra.

Em geral, existem três formas clássicas de daltonismo:

  • Monocromatismo: é a forma menos frequente da doença. É também a que traz mais complicações ao paciente, pois geralmente está associada a outros sintomas, como fotofobia ou nistagmo. O prefixo mono se refere ao fato de que, dos três tipos de cones – verde, vermelho e azul – apenas um funciona.
  • Dicromatismo: ao contrário do anterior, é a forma mais frequente de daltonismo. Dos três tipos de cones, um está faltando e os outros dois funcionam. Dentro do dicromatismo, existem mais três variantes, dependendo da cor que não é percebida. Fala-se de protanopia quando o problema é o cone vermelho; deuteranopia se é o verde; e tritanopia quando é o azul.
  • Tricromatismo: é o caso em que todos os cones funcionam, mas algumas alterações são registradas em alguns isolados, afetando sensibilidades baixas de diferença de cor.
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O problema do daltonismo está na retina, na falha de um dos cones.

Leia também: Problemas de visão em crianças pequenas: como detectá-los?

Outras causas do daltonismo

Embora o daltonismo seja uma doença genética ligada ao cromossomo X, existem outras patologias que podem incluí-lo como sintoma. Entre essas doenças, temos:

  • Catarata: a catarata é a opacidade que ocorre nas lentes do globo ocular. Essa opacidade diminui o brilho do que é percebido do lado de fora, e pode alterar a percepção da cor. É uma condição que, atualmente, pode ser resolvida cirurgicamente.
  • Parkinson: nem todos os pacientes com Parkinson são daltônicos, mas pode acontecer que as células nervosas da retina que captam as ondas de luz sejam afetadas.
  • Síndrome de Kallman: como a doença de Parkinson, esta não é uma doença acompanhada por daltonismo, mas em alguns indivíduos, faz parte dos sintomas. Na síndrome de Kallman, o problema central está na glândula pituitária.
  • Doença de Leber: é uma neuropatia óptica transmitida por herança genética. As cores mais afetadas são a verde e a vermelha.
  • Medicamentos: o daltonismo pode ser um efeito adverso a algum medicamento. A droga que tem sido mais associada a esse problema foi a tiagabina, usada no tratamento da epilepsia. Quando o uso é interrompido, os pacientes recuperam a visão normal.

Como uma pessoa com daltonismo enxerga?

Deve-se esclarecer que a pessoa com daltonismo não vê em tons de cinza, nem em preto e branco. Pode ser que percebam uma dessaturação dos tons, isso sim. 

Há também a confusão de cores, que é entendida como confusão para o restante dos indivíduos que não apresentam alteração dos cones. No entanto, para os daltônicos não existe confusão, mas uma outra maneira de interpretar as cores. Ele sempre as viu dessa maneira, possivelmente desde o nascimento, e essa é sua percepção da realidade.

Os exames realizados nos consultórios oftalmológicos para o diagnóstico são variados e subjetivos. O paciente deve relatar o que vê e as cores que considera que está percebendo, para que se compare com a chamada normalidade.

O teste mais famoso é o teste de Ishihara, composto por cartões com números formados por círculos coloridos. As diferenças de cores entre os círculos são pequenas e supõe-se que uma pessoa com daltonismo tenha sérias dificuldades em distinguir os limites.

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O daltonismo é diagnosticado por meio de testes realizados em um consultório oftalmológico.

Saiba mais: Conselhos sobre o uso de óculos de sol para crianças

E se eu achar que sou daltônico?

Se você acha que pode ter daltonismo, é importante consultar um oftalmologista. O médico fará os testes pertinentes e determinará se você tem uma alteração na percepção das cores. De modo geral, não há necessidade de se preocupar. A maioria das pessoas daltônicas leva uma vida normal.

A pessoa com daltonismo sofre de uma doença que altera a sua percepção das cores. O olho humano é capaz de interpretar a cor dos objetos através das ondas de luz que chegam à retina do globo ocular.

Na retina, há células especializadas chamadas cones. Os cones contêm pigmentos no seu interior, que são de três sensibilidades diferentes: vermelho, verde e azul. A combinação dos três pigmentos cria uma gama maior de cores, permitindo compreender a realidade colorida, e não apenas em preto e branco.

Uma vez que a informação da onda de luz é recebida nos cones, o impulso continua através do nervo óptico. Temos dois nervos ópticos, um atrás de cada globo ocular. O caminho de ambos se combina no quiasma óptico e atinge o cérebro, de modo que os neurônios fazem a interpretação final da informação.

No daltonismo, a cor não é percebida normalmente. Embora a onda de luz seja a mesma, no indivíduo daltônico as informações são mal interpretadas. Estima-se que afete aproximadamente 8% dos homens e 0,5% das mulheres.

O que é o daltonismo?

O distúrbio conhecido como daltonismo é uma doença genética. É transmitido como herança no cromossomo X, um dos cromossomos sexuais. Por isso, sua prevalência é maior na população masculina.

O daltonismo é definido como a incapacidade de discernir cores. Muitas variantes da doença estão incluídas nesta definição, desde leves mudanças de gama que se tornam quase imperceptíveis, até a substituição de uma cor por outra.

Em geral, existem três formas clássicas de daltonismo:

  • Monocromatismo: é a forma menos frequente da doença. É também a que traz mais complicações ao paciente, pois geralmente está associada a outros sintomas, como fotofobia ou nistagmo. O prefixo mono se refere ao fato de que, dos três tipos de cones – verde, vermelho e azul – apenas um funciona.
  • Dicromatismo: ao contrário do anterior, é a forma mais frequente de daltonismo. Dos três tipos de cones, um está faltando e os outros dois funcionam. Dentro do dicromatismo, existem mais três variantes, dependendo da cor que não é percebida. Fala-se de protanopia quando o problema é o cone vermelho; deuteranopia se é o verde; e tritanopia quando é o azul.
  • Tricromatismo: é o caso em que todos os cones funcionam, mas algumas alterações são registradas em alguns isolados, afetando sensibilidades baixas de diferença de cor.
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O problema do daltonismo está na retina, na falha de um dos cones.

Leia também: Problemas de visão em crianças pequenas: como detectá-los?

Outras causas do daltonismo

Embora o daltonismo seja uma doença genética ligada ao cromossomo X, existem outras patologias que podem incluí-lo como sintoma. Entre essas doenças, temos:

  • Catarata: a catarata é a opacidade que ocorre nas lentes do globo ocular. Essa opacidade diminui o brilho do que é percebido do lado de fora, e pode alterar a percepção da cor. É uma condição que, atualmente, pode ser resolvida cirurgicamente.
  • Parkinson: nem todos os pacientes com Parkinson são daltônicos, mas pode acontecer que as células nervosas da retina que captam as ondas de luz sejam afetadas.
  • Síndrome de Kallman: como a doença de Parkinson, esta não é uma doença acompanhada por daltonismo, mas em alguns indivíduos, faz parte dos sintomas. Na síndrome de Kallman, o problema central está na glândula pituitária.
  • Doença de Leber: é uma neuropatia óptica transmitida por herança genética. As cores mais afetadas são a verde e a vermelha.
  • Medicamentos: o daltonismo pode ser um efeito adverso a algum medicamento. A droga que tem sido mais associada a esse problema foi a tiagabina, usada no tratamento da epilepsia. Quando o uso é interrompido, os pacientes recuperam a visão normal.

Como uma pessoa com daltonismo enxerga?

Deve-se esclarecer que a pessoa com daltonismo não vê em tons de cinza, nem em preto e branco. Pode ser que percebam uma dessaturação dos tons, isso sim. 

Há também a confusão de cores, que é entendida como confusão para o restante dos indivíduos que não apresentam alteração dos cones. No entanto, para os daltônicos não existe confusão, mas uma outra maneira de interpretar as cores. Ele sempre as viu dessa maneira, possivelmente desde o nascimento, e essa é sua percepção da realidade.

Os exames realizados nos consultórios oftalmológicos para o diagnóstico são variados e subjetivos. O paciente deve relatar o que vê e as cores que considera que está percebendo, para que se compare com a chamada normalidade.

O teste mais famoso é o teste de Ishihara, composto por cartões com números formados por círculos coloridos. As diferenças de cores entre os círculos são pequenas e supõe-se que uma pessoa com daltonismo tenha sérias dificuldades em distinguir os limites.

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O daltonismo é diagnosticado por meio de testes realizados em um consultório oftalmológico.

Saiba mais: Conselhos sobre o uso de óculos de sol para crianças

E se eu achar que sou daltônico?

Se você acha que pode ter daltonismo, é importante consultar um oftalmologista. O médico fará os testes pertinentes e determinará se você tem uma alteração na percepção das cores. De modo geral, não há necessidade de se preocupar. A maioria das pessoas daltônicas leva uma vida normal.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Martínez, Pedro Raúl Montoro. “¿ Qué es el daltonismo?.” (2014).
  • Villegas, Humberto Moreira, and Julio Lillo Jover. Percepción del color y daltonismos. Ediciones Pirámide, 2014.
  • Hoyos, Blanca Cecilia Pinzón. “Anomalías en la percepción cromática.” Revista de la Facultad de Medicina 43.1 (1995): 6-7.
  • Lillo, J., Vitini, I., Ponte, E., & Collado, J. (1999). Daltonismo, pseudoacromatismo y categorías verbales <BR></BR>Color blindness, pseudoachromatism and verbal categories. Cognitiva11(1), 3–22. https://doi.org/10.1174/021435599760374041
  • Daltonism. (2018). In Encyclopedia of Ophthalmology (pp. 580–580). Springer Berlin Heidelberg. https://doi.org/10.1007/978-3-540-69000-9_100480

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