7 coisas que você nunca deve fazer com a sua vagina

O excesso de limpeza da região vaginal pode acabar sendo prejudicial, já que podemos alterar sua flora bacteriana. Com algumas exceções, o cheiro desprendido pela vagina é completamente natural.
7 coisas que você nunca deve fazer com a sua vagina

Escrito por Okairy Zuñiga

Última atualização: 23 agosto, 2022

A vagina  é um órgão muito sensível a alterações ambientais e muito suscetível ao desequilíbrio. Certamente, você já deve conhecer alguns dos fatores que podem prejudicar a saúde desta região, tais como falta de higiene, o uso de roupas muito apertadas ou o sexo sem proteção, entre outros.

No entanto, existem muitas mulheres que se preocupam demais com a aparência da sua região íntima e cometem erros em seus cuidados. Por esta razão, hoje queremos rever com algumas das coisas que você nunca deve fazer com a sua “melhor amiga”.

Coisas que você nunca deve fazer com a sua vagina

1. Usar protetores diários todos os dias

Esses produtos foram criados para absorver a secreção que normalmente passa pelo canal vaginal no início e no final de cada período menstrual. O uso deste tipo de absorvente todos os dias pode prejudicar a saúde íntima porque deixa esta região mais quente e úmida.

O resultado disso é que ele transforma o local em um ambiente perfeito para o cultivo de bactérias. Isso favorece o aparecimento de infecções e o aumento do corrimento vaginal.

Se você é usuária desse tipo de produto, podemos recomendar a redução da utilização do mesmo ou a troca mais frequente. O ideal é fazê-lo a cada quatro horas.

2. Tentar se livrar do seu cheiro natural

Banho de banheira

Esta região tem um odor particular e este cheiro é completamente normal. Talvez você fique incomodada e ache que cheira mal, mas provavelmente isso não é verdade.

A vagina é um órgão fechado, úmido e quente, que produz uma transpiração que causa um cheiro que é natural e totalmente saudável.

Você só deve se preocupar quando:

  • O odor for mais forte do que o normal
  • O cheiro vier acompanhado de coceira
  • Apresentar um corrimento excessivo ou fora do normal

3. Usar qualquer coisa como lubrificante

A vaselina e qualquer outro tipo de produto derivado do petróleo podem causar algumas formas de infecção. Se você quiser usar lubrificante, precisa de um óleo de boa qualidade com pH neutro.

Não é nada bom usar produtos improvisados, como manteiga ou óleos de cozinha, porque é provável que você cause queimaduras e altere o seu pH natural. Nunca introduza objetos estranhos, alimentos ou dispositivos que não tenham sido feitos para essa finalidade dentro da sua vagina.

4. Fazer duchas vaginais

Coisas que você nunca deve fazer com a sua vagina

É compreensível que você queira manter seu corpo limpo e livre de odores, mas deve ter em mente que o excesso de limpeza não faz nada bem para a sua vagina. Algumas mulheres gostam de fazer duchas vaginais para limpar suas partes íntimas, mas isso é totalmente desnecessário.

Na verdade, pode ser muito perigoso pois pode causar um terrível desequilíbrio de bactérias. Alguns ginecologistas responsabilizam este hábito pelas inflamações pélvicas e vaginoses bacterianas, conforme afirma este estudo da Universidade de Washington.

A melhor coisa que você pode fazer para manter a sua vagina limpa é lavá-la com água e sabão com pH neutro durante o banho. Depois, seque com uma toalha limpa de algodão sem fazer muito atrito ou fricção.

5. Não exponha a sua vagina a vapores

“Cozinhar” a sua vagina em um spa está se tornando uma tendência nos dias de hoje… sim, essa palavra descreve perfeitamente o que acontece com ela. Você se senta em um tipo específico de spa sem calcinha, em assentos especiais que têm vapores saindo deles e emanando diretamente para a sua parte íntima.

Com qualquer tipo de tratamento quente, melhoramos a circulação do sangue na área, mas esses métodos têm causado queimaduras e irritações. Além disso, não há nenhuma evidência científica da eficácia deste procedimento.

6. Cuidados nas relações sexuais

Não é novidade que, se você não tiver um parceiro estável, deve, pelo bem da sua vagina e saúde sexual, usar preservativos, conforme sugere este estudo do Instituto Nacional de Higiene, Epidemiología y Microbiología (Cuba).

Sabemos que muitos casais gostam de usar a criatividade na hora do sexo, mas não é aconselhável usar calda de chocolate e creme chantilly ou produtos similares, especialmente no interior da vagina.

Qualquer coisa que contenha açúcar pode alterar as proporções de leveduras e bactérias e causar infecções. Estas substâncias também podem ser irritantes para a pele vaginal.

7. Limpar-se forma errada depois de usar o banheiro

Banheiro organizado

Para o bem da higiene íntima feminina, é fundamental se secar corretamente depois de urinar. A limpeza incorreta é a causa mais comum de infecções.

Pelo fato de o ânus estar localizado muito perto da vagina, as bactérias podem ser transportadas de um para o outro, fixando-se na mucosa vaginal, que é muito sensível.

A maneira correta de se limpar depois de urinar ou evacuar é da vagina para o ânus, ou seja, da frente para trás.

Saiba o que fazer e o que não fazer com a sua vagina

A pele da vagina é a mais fina e sensível de todo o corpo, e coisas que muitas vezes imaginamos ser inofensivas podem causar queimaduras, irritação ou infecções

Há hábitos que são aprendidos desde crianças  e que praticamos pelo resto de nossas vidas. No entanto, há coisas que nunca devemos fazer se quisermos evitar situações desconfortáveis.

Colocando estas dicas em prática, você vai evitar desequilíbrios no seu ecossistema vaginal.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Alemán Mondeja, Linet Diana, Caridad Almanza Martínez, and Octavio Fernández Limia. “Diagnóstico y prevalencia de infecciones vaginales.” Revista Cubana de Obstetricia y Ginecología 36.2 (2010): 62-103.
  • Chávez, Natividad, et al. “Duchas vaginales y otros riesgos de vaginosis bacteriana.” Revista peruana de medicina experimental y salud pública 26.3 (2009): 299-306.
  • González, Carolina, et al. “Flora vaginal en pacientes que asisten a consulta ginecológica.” Revista de la Sociedad Venezolana de Microbiología 26.1 (2006): 19-26.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.