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Bromidrose: o que causa o mau cheiro corporal?

4 minutos
Em muitos casos, o forte odor corporal pode resultar da transpiração excessiva, embora existam outros fatores determinantes. Continue lendo para saber mais.
Bromidrose: o que causa o mau cheiro corporal?
Última atualização: 08 julho, 2021

A bromidrose é um odor corporal forte, uma doença comum que afeta seriamente a qualidade de vida. É definida como um forte cheiro desagradável. Transmite fortes sinais não verbais e, portanto, causa um grande constrangimento social, principalmente se o paciente apresentar anosmia seletiva, ou seja, a incapacidade de perceber esse odor.

A transpiração em si não tem mau cheiro, mas quando o suor entra em contato com as bactérias da pele, ele pode surgir. Muitas vezes, isso pode ser tratado ou evitado mudando os hábitos de higiene, embora também haja opções de abordagem médica. A seguir, compartilharemos mais detalhes sobre esta condição.

O que é a bromidrose?

Segundo estudos do International Journal of Cosmetic Science, a bromidrose ocorre devido à biotransformação de secreções naturais inodoras em moléculas odoríferas voláteis e está relacionada à sudorese excessiva. Ou seja, o distúrbio aparece com mais frequência nas pessoas que suam mais.

Na axila, a Microbiome conclui que a Corynebacterium spp. da microflora residente é importante nesta biotransformação. A obesidade também pode ser um fator que contribui para a bromidrose. O mecanismo subjacente é a mudança que as moléculas sofrem quando são metabolizadas por microrganismos.

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O mau cheiro aparece quando a transpiração entra em contato com as bactérias da pele.

Causas do odor corporal

As glândulas sudoríparas são divididas em glândulas écrinas, que se encontram por todo o corpo, e glândulas apócrinas, que estão nas axilas, nas mamas e na região da virilha. Essas são as duas grandes variedades desse tecido, e todos os seres humanos as possuem.

As glândulas apócrinas não são ativadas até a puberdade. É por isso que o forte odor corporal não costuma ser um problema em crianças pequenas, mas aparece como um sinal de crescimento e desenvolvimento.

Um mecanismo importante é a interação da secreção das glândulas sudoríparas apócrinas axilares com as bactérias, gerando ácidos graxos insaturados que possuem um odor particular. A presença desse mau cheiro também é importante para o diagnóstico da bromidrose.

Embora o metabolismo bacteriano do suor apócrino seja a causa geral do odor, o suor écrino também pode se tornar desagradável. Nessa segunda situação, os gatilhos geralmente são a ingestão de certos alimentos, como o alho e o álcool.

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Como combater a bromidrose?

Geralmente as tentativas de tratamento através de um método conservador, indicadas pelo médico, tendem a fracassar. Hoje em dia as abordagens mais utilizadas para a bromidrose são medicamentos e cirurgia.

Cirurgia: simpatectomia

A cirurgia é o método mais escolhido para a bromidrose e é usada em casos graves. No entanto, complicações pós-operatórias e a formação de cicatrizes são os problemas decorrentes do tratamento cirúrgico.

É reservada para aqueles pacientes refratários à terapia medicamentosa e nos quais a hiperidrose está tendo um impacto significativo em suas atividades de vida diária. Segundo estudos do Annals of Surgery, a simpatectomia torácica endoscópica é o último recurso para o tratamento da hiperidrose palmar, axilar e craniofacial. Essa técnica age interrompendo as fibras dos gânglios simpáticos.

Toxina botulínica

O principal mecanismo de ação da toxina botulínica para a bromidrose é a inibição da liberação de acetilcolina dos nervos simpáticos que inervam as glândulas sudoríparas écrinas. O tratamento é muito eficaz nas palmas das mãos e na planta dos pés, embora a dor durante as injeções possa ser um fator limitante para o seu uso.

A dose para as injeções intradérmicas depende da área afetada. Nas axilas, por exemplo, são utilizadas de 50 a 100 unidades. A desvantagem do tratamento com toxina botulínica é que o efeito desaparece depois de um tempo, portanto, várias aplicações podem ser necessárias ao longo de um ano.

Antitranspirantes com compostos de alumínio

Enquanto a maioria dos antitranspirantes convencionais de supermercados contém cloreto de alumínio, os agentes mais fortes devem conter cloridrato de alumínio. Agentes com essas substâncias inibem o crescimento de bactérias que produzem o mau cheiro.

Esses sais metálicos também reduzem o suor, pois bloqueiam os dutos excretores das glândulas sudoríparas, minimizando a fonte de água que favorece o crescimento bacteriano. Devem ser aplicados uma vez ao dia, geralmente à noite, quando a pele está seca.

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Os antitranspirantes de alumínio são a melhor opção para a bromidrose se a cirurgia não for considerada.

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Recomendações para pacientes com bromidrose

Tanto a hiperidrose quanto a bromidrose são condições comuns e angustiantes, pois complicam as relações sociais e o vínculo com outras pessoas. O manejo sensível e o encaminhamento apropriado podem ajudar a minimizar o impacto na qualidade de vida do paciente, tanto individual quanto funcionalmente.

A higiene frequente e a depilação das axilas são úteis. Os antitranspirantes perfumados são um tratamento de primeira linha no controle do odor corporal. Além de reduzir o volume do suor, também são antibacterianos.


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