Atresia biliar: sintomas e tratamento

Hoje as causas responsáveis ​​pelo desenvolvimento da atresia biliar ainda são desconhecidas. Alguns pesquisadores acreditam que os bebês nascem com ela. Outros, que é devido à exposição à substâncias tóxicas ou infecções.     
Atresia biliar: sintomas e tratamento
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 dezembro, 2022

A atresia biliar é uma doença hepática crônica e progressiva. Torna-se evidente logo após o nascimento.

O fígado é um órgão que contém em seu interior um conhecido tubo sob o nome de dutos biliares. A função dessas estruturas é drenar um líquido do fígado chamado bile. O filtrado passa para os intestinos e os rins.

A bile é essencial para uma boa digestão e transporta substâncias do fígado para o intestino e os rins, para eliminá-los.

Uma pessoa que sofre de atresia biliar tem esses dutos biliares bloqueados, de modo que a bile não pode deixar o fígado. Desta forma, este órgão é danificado, afetando inúmeras funções vitais do corpo.

Por outro lado, mencionar que a atresia biliar é a causa mais comum de transplante de fígado em crianças. Ocorre uma vez à cada 18.000 nascimentos, e é mais comum em mulheres do que em homens. Além disso, bebês asiáticos, afro-americanos e prematuros geralmente sofrem com essa doença mais frequentemente, em comparação com bebês caucasianos.

Causas da atresia biliar

Fígado com artresia biliar

Hoje, as causas responsáveis ​​pelo desenvolvimento dessa doença ainda são desconhecidas. Alguns pesquisadores acreditam que os bebês nascem com a doença, então a doença pode ser desencadeada durante a gravidez, quando o fígado está em desenvolvimento.

Outros especialistas acreditam que a doença aparece após o nascimento, possivelmente devido à exposição a substâncias tóxicas ou infecciosas.

Inicialmente, acredita-se que a atresia biliar não está associada a medicamentos que a mãe tomou, às doenças que ela teve, ou a qualquer coisa que a mãe tenha feito durante a gravidez.

Atualmente também é desconhecido se há uma relação genética no desenvolvimento da doença; além disso, é improvável que a doença se repita mais de uma vez em uma família.

Quais são os sintomas?

Os recém-nascidos com essa condição podem parecer normais ao nascer, no entanto, a icterícia (uma coloração amarelada da pele e membranas mucosas) ocorre na segunda ou terceira semana de vida.

O bebê pode ganhar peso normalmente durante o primeiro mês. Após esse período perderá peso, ficará mais irritado e piorará da icterícia. Além disso, também pode desenvolver outros sintomas, como:

  • Crescimento lento
  • Fezes pálidas ou cor de barro
  • Urina escura.
  • Pouco ou nenhum ganho de peso.
  • Esplenomegalia (aumento do baço).

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Tratamento da atresia biliar

A atresia biliar pode provocar icterícia

O manejo terapêutico da atresia biliar é muito controverso, uma vez que os 80-855 daqueles que sofrem da doença acabarão sendo submetidos a um transplante.

Além disso, como já mencionamos, é uma doença irreversível e não há medicamentos que possam desbloquear os dutos biliares ou estimular o desenvolvimento de novos dutos biliares. Atualmente, a portoenterostomia de Kasai é considerada a primeira linha de tratamento.

No entanto, como mencionamos, é controverso, já que muitos especialistas defendem as vantagens dessa intervenção como primeira linha, contra os que defendem o transplante como primeira opção.

Portoenterostomia de Kasai

Esta operação visa conectar a drenagem da bile do fígado diretamente no trato intestinal. A portoenterostomia de Kasai é mais eficaz se for feita antes dos 3 meses de idade.

Além disso, ajuda a criança a crescer e ter uma saúde relativamente boa por muitos anos. No entanto, é importante levar em conta que pode aparecer colestase, que é um acúmulo de bile no fígado e pode causar danos ao fígado.

Transplante do fígado

Como o nome sugere, esta cirurgia envolve o transplante de um fígado por outro saudável. Este novo órgão pode provir da parte do fígado de um dador falecido ou de um fígado de um familiar, ou outra pessoa cujo tipo de tecido é compatível com o tipo de tecido do paciente.

Após a cirurgia, a saúde da criança geralmente melhora rapidamente, embora precise de medicamentos para impedir que o corpo rejeite o novo órgão. Esta rejeição é um mecanismo protetor normal do corpo, que tenta se defender contra vírus, tumores, e outras substâncias estranhas.


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