Atacante ensina massagista do clube a ler e escrever
O atacante Caio Cézar, de 26 anos, que joga pelo Inhumas, clube líder da Divisão de Acesso do Goianão, teve uma atitude admirável. Caio descobriu por mensagem de áudio que o massagista do clube, Rincon, não teve a oportunidade de ser alfabetizado e não pensou duas vezes em ajudar.
“Eu soube que o Rincon não sabia ler e escrever, quando eu estava com uma lesão no tornozelo e precisava falar com ele urgente para pegar uma medicação. Mandei uma mensagem por escrito e ele pediu para eu enviar um áudio porque não sabia ler e escrever e foi assim que eu descobri,” contou Caio Cézar.
Caio ficou sensibilizado ao descobrir que o homem era analfabeto. Diferente da maioria das pessoas que apenas lamentam, o atacante decidiu ajudar e se ofereceu para dar aulas a Rincon.
“O que me tocou foi quando eu perguntei se tinha interesse em aprender a ler e escrever, ele prontamente respondeu com muito entusiasmo que sim e na resposta dele eu senti que era um sonho se alfabetizar”, disse Caio.
Então, a partir daquele dia, Rincon deixou de ser analfabeto e passou a ter aulas na casa de Caio, com a ajuda da esposa do atacante também.
As aulas acontecem todos os dias no período da noite, na casa do próprio jogador, que conta com a ajuda de sua esposa para ensinar o massagista.
Os dois se engajaram em oferecer a alfabetização ao massagista, que agora poderá interpretar o mundo de forma diferente.
“O sentimento é de gratidão a Deus por ter me dado a oportunidade de conhecê-lo e poder estar ajudando. Pode ser um ato simples pra muitos, mas para ele será uma grande mudança de vida, principalmente no mundo de hoje que é tão digital,” concluiu o jogador.
Infelizmente, o país tem 11 milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples.
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