Seu filho tem ansiedade social? 4 conselhos para ajudá-lo
Revisado e aprovado por bióloga, médica María Belén del Río
Neste artigo, apresentaremos alguns parâmetros que permitem avaliar a ansiedade social em crianças. Além disso, daremos algumas dicas que podem ser de grande ajuda para os pais que enfrentam essa situação com os seus filhos.
Você acha que o seu filho pode ter ansiedade social? Ele acha difícil interagir com seus colegas e costuma sentir medos, angústia ou vergonha nas situações cotidianas? Ele está com medo de que tirem sarro dele ou de ser ridicularizado pelos colegas?
Ansiedade social em crianças
A ansiedade social tem sido avaliada de maneira científica para estabelecer alguns parâmetros, entre os quais são levados em consideração:
- Medo da avaliação negativa de colegas da mesma idade.
- Angústia social na presença de novos amigos, pessoas do sexo oposto, etc.
- Ansiedade.
- Medos do tipo social.
- Depressão.
É importante que os pais saibam que, para que se trate de ansiedade social, esta não deverá afetar o ambiente familiar. Ou seja, essas crianças sempre devem apresentar habilidades normais de interação com a sua família.
Algumas dicas úteis
Com essas dicas, queremos ajudar os pais a modificar os comportamentos de seus filhos que sofrem de ansiedade social. Dessa forma, podemos tentar atuar sobre as suas atitudes e emoções.
O primeiro passo é avaliar o comportamento da criança para saber se realmente se trata de um quadro de ansiedade social. Em outros casos, o comportamento pode estar mais relacionado a problemas familiares, como diante do divórcio dos pais, por exemplo.
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1. Descubra se o seu filho tem ansiedade social
Em quais cenários a ansiedade social se manifesta? Pais e professores serão capazes de detectar algumas situações:
- A criança se sente preocupada com o fato de ser provocada, ridicularizada, ou de que falem mal dela, especialmente pelas costas.
- Ela não consegue pedir para brincar com os colegas ou fazer um convite por medo da rejeição.
- Pode se sentir nervosa ao agir na frente de outros colegas, especialmente se eles forem desconhecidos.
- Sente-se muito envergonhada ao falar em público.
- Sente angústia por medo do ridículo.
2. Uso positivo e controlado da internet
O uso da Internet está crescendo e os pais estão enfrentando um verdadeiro desafio para controlar e limitar o acesso dos filhos. No entanto, embora devam sempre estar atentos, alguns estudos mostram que a Internet pode ser positiva em casos de ansiedade social.
O anonimato e a liberdade oferecidos pela Internet são uma boa maneira dessas crianças fazerem novos amigos e compartilharem ideias e preocupações. Nesse contexto, elas podem sentir uma grande desinibição, ao contrário do que acontece na interação “cara a cara”.
No entanto, a Internet pode ser um risco se a criança passar muito tempo navegando sem a supervisão dos pais. Isso também pode estar relacionado a níveis mais altos de ansiedade em geral.
3. Meu filho sofre bullying?
Estudos mostram uma relação entre a ansiedade social e o bullying em alguns casos. Nesse sentido, a criança pode ser vítima ou observadora desses tipos de situações que estão afetando alguns colegas de classe.
Nesse caso, é essencial conversar com o professor da criança para saber o que está acontecendo. Além disso, algumas escolas possuem programas ou mecanismos de ação específicos para erradicar esse tipo de comportamento.
Alguns desses programas ainda têm um formato lúdico. Dessa maneira, enquanto as crianças brincam, elas se conscientizam de problemas comuns e ousam compartilhar alguns medos, sentindo-se mais seguras e protegidas por seus colegas e professores.
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4. Desempenho escolar
Conversar com o professor também pode ser muito útil se detectarmos problemas no desempenho escolar da criança. Se estes aparecerem repentinamente e sem uma explicação aparente, devemos sempre suspeitar de uma possível ansiedade social.
Além disso, lembre-se de que a criança não se sente à vontade entre os colegas, por isso ela terá uma grande dificuldade para realizar muitas tarefas, como falar na frente dos outros alunos, fazer trabalhos em grupo, brincar, etc.
Por fim, agora sabemos um pouco mais sobre a ansiedade social em crianças e quais são suas características específicas em seu comportamento diário. Não devemos hesitar em pedir ajuda a professores, pedagogos ou psicólogos, dependendo de cada caso, para ajudar nossos filhos a enfrentarem e superarem esse problema.
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