3 alternativas ao gel desinfetante
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Com os alertas acionados por causa da propagação da COVID-19, não é uma surpresa que alguns produtos, como o gel desinfetante, estejam começando a faltar nas prateleiras de farmácias e supermercados. Por isso, muitas pessoas têm se perguntado se existem outras alternativas.
Bem, a verdade é que existem outros produtos que podem garantir uma boa higiene quando se trata de reduzir o risco de infecção por esse vírus. De acordo com informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o gel desinfetante não é a primeira opção.
Embora algumas pessoas possam pensar que esse produto é superior quando se trata de eliminar os germes das mãos, na verdade esta nem sempre é a opção mais eficaz. Além disso, muitas pessoas têm usado soluções antibacterianas em vez de desinfetantes, o que é um problema quando consideramos que estamos lidando com um vírus, e não uma bactéria.
Gel desinfetante: o que você deve saber
Diante do panorama causado pela propagação do coronavírus no mundo, milhares de pessoas optaram por comprar qualquer tipo de gel desinfetante para as mãos, com o objetivo de garantir uma boa higiene. Inclusive, com a alta da demanda, o custo desses produtos aumentou consideravelmente no mercado.
No entanto, alguns erros estão sendo cometidos na utilização desse produto. Em primeiro lugar, muitas pessoas não levam em consideração que o gel desinfetante é diferente do gel antibacteriano. A função do gel antibacteriano é eliminar as bactérias ou impedir seu crescimento. No caso do coronavírus, estamos lidando com um vírus e, portanto, o correto é usar produtos com capacidade virucida.
Muitas vezes, as fórmulas virucidas também são bactericidas. No entanto, devem conter pelo menos 70% de álcool. Como explica o farmacêutico Mar Sieira ao jornal espanhol La Vanguardia, o gel deve conter mais do que apenas álcool. Para agir contra vírus, o produto deve conter etanol.
Portanto, não é correto optar por produtos que contêm brilhos, perfumes e outros componentes que os tornam visivelmente atrativos, mas pouco eficazes. Para ter mais certeza, você deve verificar o rótulo a fim de confirmar que o produto têm as propriedades mencionadas.
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Alternativas ao gel desinfetante
Quando se trata de reduzir os riscos associados ao coronavírus, e até mesmo a outros vírus, existem alternativas para o gel desinfetante. Aliás, o gel desinfetante não é exatamente a melhor opção. A comunidade médica e científica ressalta que existem alternativas mais eficazes que, inclusive, estão disponíveis para todos.
Esse é o caso do sabão, que ganhou protagonismo em meio à crise que o mundo está enfrentando por causa da COVID-19. A seguir, explicamos por que ele é mais eficaz e quais outras opções podemos considerar.
1. Água e sabão
Lavar as mãos com água e sabão é uma das alternativas mais importantes ao gel desinfetante. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças sugere essa medida como a primeira opção preventiva diante da ameaça do coronavírus.
Em relação a isso, recomendamos lavar as mãos por, pelo menos, 20 segundos, principalmente depois de ficar em locais públicos, assoar o nariz, tossir ou espirrar. Por que água e sabão? Existem razões científicas que explicam isso.
O coronavírus é protegido por uma membrana lipídica que se dissolve em contato com o sabão. Isso causa um colapso na estrutura do vírus, permitindo que ele seja inativado. O mais interessante é que qualquer tipo de sabão funciona: sabonete líquido, sabão em barra, sabonete para banho, roupas íntimas etc., desde que seja usado junto com a água.
2. Lenços desinfetantes
Dada a escassez de gel desinfetante, outra opção que podemos considerar são os lenços desinfetantes. Eles são uma boa alternativa quando, por algum motivo, não podemos lavar as mãos usando água e sabão. Além disso, também são úteis para limpar superfícies com as quais costumamos ter contato direto e contínuo.
Assim como no caso do gel, é importante ler os rótulos para determinar se são apenas bactericidas ou se também funcionam contra os vírus. A vantagem é que são descartáveis e, portanto, o risco de propagação dos germes diminui. De qualquer forma, os lenços só devem ser uma opção quando não for possível lavar as mãos com água e sabão.
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3. Gel higienizador: proposta da OMS
Diante do desabastecimento de desinfetantes comerciais, a Organização Mundial de Saúde compartilhou como fazer um gel higienizador, também conhecido como álcool em gel ou gel antisséptico. No entanto, a entidade adverte que o preparo desse tipo de receita é mais difícil do que parece.
O aspecto negativo é que, se a concentração adequada não for obtida, pode ser ineficiente ou causar uma reação indesejada na pele. Isso é algo que não ocorre com os géis comerciais, pois sua concentração é específica, controlada e padronizada.
Por esse motivo, o manual enfatiza que as indicações são direcionadas para o preparo da fórmula por farmacêuticos e propõe a fixação do texto na parede do local escolhido para a elaboração do produto.
Mais especificamente, no manual são descritas duas fórmulas: uma que contém etanol, peróxido de hidrogênio e glicerol; e outra contendo álcool isopropílico, peróxido de hidrogênio e glicerol. As quantidades e o método de preparo estão disponíveis no Manual para o preparo local: Fórmulas recomendadas pela OMS para a desinfecção das mãos.
Alternativas não recomendadas ao gel desinfetante
Em relação ao uso de receitas naturais e caseiras como alternativas ao gel desinfetante, os especialistas da OMS e especialistas em saúde apontam que são opções pouco confiáveis. Embora tenham sido altamente difundidas nas redes sociais, não são recomendadas. Em vez disso, é melhor lavar bem as mãos com água e sabão, várias vezes ao dia.
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