Conheça os alimentos alergênicos mais comuns e seus melhores substitutos

Alimentos alergênicos como camarão, amendoim, ovo e leite comumente desencadeiam alergias em muitas pessoas. Saiba como substituí-los.
Conheça os alimentos alergênicos mais comuns e seus melhores substitutos
Eliana Delgado Villanueva

Escrito e verificado por a nutricionista Eliana Delgado Villanueva.

Última atualização: 23 agosto, 2022

As alergias alimentares podem desencadear fortes reações e colocar a vida do paciente em risco. É uma condição que deve ser tratada corretamente. Seu tratamento inclui uma dieta baseada em substitutos para os alimentos alergênicos.


Os alimentos considerados alergênicos desencadeiam as chamadas alergias alimentares. Esta condição resulta em uma intolerância do organismo em relação a proteínas encontradas nos alimentos.

Quando isso ocorre, a pessoa pode sofrer sintomas leves, como coriza e vermelhidão, ou reações graves, como choque anafilático.

A alergia alimentar geralmente aparece durante os primeiros anos de infância. Sua evolução dependerá dos tipos de alimentos e da reação que eles causam.

O que é um alérgeno? O que é um alimento alergênico?

Um alérgeno é uma substância capaz de produzir uma reação anormal no sistema imunológico de pessoas suscetíveis a ele.

E um alimento alergênico é um produto ou ingrediente que contém um determinado composto (alérgeno), capaz de causar reações graves em pessoas alérgicas.

Quais são os alimentos alergênicos mais comuns?

Alimentos alergênicos

Atualmente, existem mais de 160 alimentos alergênicos. No entanto, de acordo com as leis que regulamentam os rótulos dos alimentos, os mais comuns são os seguintes:

Leite. A alergia às proteínas do leite é a mais comum, principalmente nos bebês. No entanto, os sintomas tendem a desaparecer antes dos 3 anos de idade.

Ovos. Os ovos podem causar reações graves, como a anafilaxia, afetando o organismo e os órgãos em questão de minutos.

Frutos do mar. Camarões e outros crustáceos podem causar reações bastante fortes. Na verdade, há pessoas que só ao inalar o aroma desses ingredientes já apresentam sintomas alérgicos.

Oleaginosas. Quanto mais um alimento pode resistir ao calor durante o processo digestivo, mais aguda é a alergia que provoca. Este é o caso das nozes.

Amendoim. É o principal gatilho da anafilaxia.

Trigo e soja. Embora não sejam muito frequentes, os cereais podem reagir de forma cruzada com alérgenos do pólen.

Quais são os sintomas da alergia alimentar?

Normalmente, os sintomas das alergias alimentares aparecem alguns minutos ou até duas horas após a ingestão dos alimentos alergênicos. Alguns desses sintomas são:

  • Urticária
  • Vermelhidão na pele
  • Sensação de formigamento
  • Comichão na boca
  • Inflamação do rosto
  • Vômitos ou diarreia
  • Cólicas abdominais
  • Tosse ou sibilos ao respirar
  • Tontura
  • Inflamação na garganta
  • Pressão no peito
  • Perda de consciência

O que causa a alergia alimentar?

Mulher comendo hamburguer

Para que uma pessoa desenvolva uma reação alérgica a um alimento, precisa ter sido exposta a ele antes, pelo menos uma vez em sua vida. A alergia aparece quando o organismo entra em contato uma segunda vez com o alimento alergênico.

Naquele momento, os anticorpos do paciente reagem ao antígeno, particularmente à histamina, que causa os sintomas. Existem diferentes fatores que podem desencadear uma alergia alimentar, incluindo:

  • Componente hereditário
  • Exposição a antígenos
  • Alterações na permeabilidade gastrointestinal
  • Fatores ambientais

Substitutos para alimentos alergênicos

A verdade é que a eliminação de alimentos alergênicos da dieta pode causar deficiências proteicas a longo prazo. Isso produz um desequilíbrio energético e uma falta de nutrientes no organismo, o que torna necessário recorrer a substitutos.

Em seguida, citamos alguns substitutos de alérgenos alimentares:

1. Substitutos do leite

Garrafa e copo de leite com florzinhas

As pessoas que têm alergia ao leite de vaca não devem se preocupar, pois existem outros alimentos ricos em cálcio, tais como:

  • Vegetais de folhas verde-escuras
  • Macarrão
  • Leguminosas
  • Oleaginosas
  • Peixe

Além disso, existem outras formas de leite que também fornece vitaminas, dentre elas:

Soja. Tem menos proteína, mas não contém colesterol. Tem 50% menos de gordura que o leite integral bovino.
Amêndoas. São ricas em vitamina E e B12.
Arroz. Tem vitamina B12, ferro e cálcio.
Avelãs. Fornecem cálcio, fósforo, magnésio e potássio, além de uma quantidade significativa de antioxidantes.
Coco. Contém cálcio, fósforo, potássio, selênio e ácido fólico.
Quinoa. Contém magnésio, ferro, zinco, vitamina E e vitamina B1, B2 e B6.

2. Substitutos do ovo

A gema do ovo conta com um ótimo valor nutricional devido à variedade de vitaminas e minerais que fornece. Contém vitaminas A, E, D, B12, B6, B2, B1 e ácido fólico, além de ser rica em ferro, fósforo, potássio e magnésio. No entanto, para substituí-la, podemos comer:

  • Carnes
  • Leguminosas
  • Frutos do mar
  • Vegetais verde-folhosos
  • Abóbora
  • Cenoura

3. Substitutos do peixe

Salmão para combater as rugas

Peixes contêm proteínas e nutrientes, como o sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, iodo, ferro e vitaminas do grupo B. Além disso, é uma fonte natural de ácidos graxos poli-insaturados. Para equilibrar sua ausência, podemos consumir:

  • Laticínios
  • Carne
  • Ovo
  • Mariscos
  • Cereais
  • Leguminosas
  • Oleaginosas

4. Substitutos de oleaginosas

Muitos não as incluem na sua dieta, mesmo sem reações alérgicas. Mas a verdade é que as oleaginosas fornecem proteína, fibra solúvel, potássio, ácidos graxos insaturados, magnésio, fósforo, vitamina E e cálcio. E a maneira de substituí-las é consumir os seguintes alimentos:

  • Carne
  • Peixe
  • Ovos
  • Leguminosas
  • Grão-de-bico
  • Azeite de oliva
  • Azeitona
  • Abacate

Em resumo, a alergia alimentar é um problema que requer cuidado e atenção, por isso, nunca se automedique. Os alérgenos podem mudar de forma inesperada e o efeito do medicamento pode ser contraproducente.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Caubet JC, Wang J. Current understanding of egg allergy. Pediatr Clin North Am. 2011;58(2):427–xi. doi:10.1016/j.pcl.2011.02.014
  • Martín Esteban, M., & Anadón Navarro, A. (2007). Informe del Comité Científico de la Agencia Española de Seguri- dad Alimentaria y Nutrición ( AESAN) sobre Alergias Alimentarias. Nutrition, 58.
  • Sánchez, J., Restrepo, M. N., Mopan, J., Chinchilla, C., & Cardona, R. (2014). Alergia a la leche y al huevo: Diagnóstico, manejo e implicaciones en América Latina. Biomedica. Instituto Nacional de Salud. https://doi.org/10.7705/biomedica.v34i1.1677
  • Tong WS, Yuen AW, Wai CY, Leung NY, Chu KH, Leung PS. Diagnosis of fish and shellfish allergies. J Asthma Allergy. 2018;11:247–260. Published 2018 Oct 8. doi:10.2147/JAA.S142476
  • Zukiewicz-Sobczak WA, Wróblewska P, Adamczuk P, Kopczyński P. Causes, symptoms and prevention of food allergy. Postepy Dermatol Alergol. 2013;30(2):113–116. doi:10.5114/pdia.2013.34162
  • Yu W, Freeland DMH, Nadeau KC. Food allergy: immune mechanisms, diagnosis and immunotherapy. Nat Rev Immunol. 2016;16(12):751–765. doi:10.1038/nri.2016.111

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.