8 dicas que ajudarão seu filho a superar a fobia escolar

Quando uma criança sente um medo incontrolável e irracional de ir à escola, isso é chamado de fobia escolar. O terror gerado na criança à mera ideia de frequentar as aulas é acompanhado por desconfortos físicos e emocionais.
A fobia escolar deve ser entendida como um transtorno mental, já que todas as fobias devem ser consideradas dessa forma. No entanto, alguns especialistas consideram que o problema real que aflige a criança é a ansiedade da separação.
A fobia escolar é mais comum a partir dos 12 anos, enquanto a ansiedade de separação é mais comum em crianças pequenas. No entanto, o problema afeta crianças de todas as idades. Além dos aspectos técnicos, estamos diante de uma situação que afeta o cotidiano das crianças que sofrem com isso.
O que causa a fobia escolar?
Crianças com fobia escolar sentem uma profunda ansiedade pela simples possibilidade de frequentar as aulas. É muito mais profundo que o medo típico ou a falta de adaptação dos primeiros dias.
Os pequenos costumam narrar que o medo se deve à possibilidade de falhar nos estudos. Também pode ser motivado por bullying ou assédio escolar. Outra causa provável é que a criança esteja passando por um luto (morte de um dos pais ou divórcio) e manifesta essa sensação com a fobia à escola.
Ao contrário do abandono escolar associado à negligência familiar, neste caso, os pais estão conscientes da falta de frequência escolar e querem que a situação seja resolvida. As dificuldades logísticas que são geradas com o fato de as crianças não irem à escola aumentam o mal-estar geral.
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Distinguir a fobia escolar e a ansiedade de separação é difícil. Às vezes, considera-se que eles são o mesmo distúrbio. Pode ser encontrado de forma conjunta na mesma criança, mas eles também aparecem separadamente.
Como a fobia escolar acontece?
- O medo que a criança sente faz com que ela se recuse a assistir às aulas.
- A criança apresenta sintomas de desconforto físico antes de ir à escola, o que faz com que ela não compareça.
- Esses sintomas são mais intensos nas horas antes de ir para a escola, melhoram durante o dia e pioram novamente à noite diante da expectativa de ir à escola novamente no dia seguinte.
- Os sintomas desaparecem nas férias ou quando a criança fica em casa. Eles reaparecem aos domingos à noite, nas manhãs de segunda-feira e no final do período de férias.
- A medida que o número de ausências aumenta, ocorre um atraso acadêmico que alimenta o medo sentido pela criança.
- Em crianças mais velhas e adolescentes, a mudança de comportamento é gradual. Em crianças pequenas é abrupto.
Quais são os sintomas?
- Ansiedade intensa
- Náusea, vômito, diarreia ou anorexia
- Reclamações sobre dores de cabeça ou dor abdominal
- Crise de angústia, com choro e palidez
- Podem aparecer sintomas de depressão como isolamento, perda de interesse e dificuldade nas relações interpessoais
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Como posso ajudar meu filho a superar a fobia escolar?
Uma criança com fobia escolar deve ser atendida por um psicólogo ou psiquiatra, que indicará qual é a melhor terapia para superar o medo irracional gerado pelas aulas. Você também pode ajudar seu filho seguindo as 8 recomendações a seguir.
1. Evite que a criança fique sem frequentar a escola, sem ter uma atitude rígida e taxativa em relação a isso. Isso pode piorar a situação.
2. A atitude tem que ser compressiva e de aceitação sobre o que acontece com a criança. A empatia é a chave: “Eu entendo que você está tendo dificuldades para ir à escola. Nós vamos encontrar uma maneira de ajudá-lo a superar esse medo, mas ficar em casa você não vai resolver o problema.”
3. Ajude a criança a fazer exercícios de relaxamento antes de ir para a aula.
4. Ajude a criança a visualizar imagens agradáveis sobre as coisas boas que ela encontra na escola, assim como a maneira de resolver as dificuldades que ela possa ter com um professor ou outros colegas.
5. Se o motivo que causa a fobia escolar for conhecido, é necessário falar sobre isso com o professor, o conselheiro pedagógico e a equipe administrativa da instituição. A atitude tolerante e compreensiva dos professores é fundamental para resolver a situação.
6. Com gentileza e firmeza, é necessário insistir que a criança retorne todos os dias à escola.
7. Durante o caminho para a escola, é bom ter uma conversa sobre temas agradáveis. Caso a criança insista em expressar seu desconforto, devemos motivá-la a enfrentar seu medo.
8. Ajude seu filho a passar mais tempo com as crianças da idade dele fora do horário de aula.
Você pode validar essas recomendações com o terapeuta. Juntos, vocês encontrarão a melhor maneira de superar os medos da criança. Inclusive pode até haver a indicação de medicamentos se houver sintomas de depressão.
É importante que sempre te expliquem quais são os efeitos colaterais gerados pelo uso desse tipo de medicação.