Uma nova forma de tratar a artrite

Esta nova forma de tratar a artrite dará um sopro de alívio a quem sofre das dores crônicas. Além disso, pode constituir um primeiro passo para a sua cura.
Uma nova forma de tratar a artrite

Escrito por Ángela Aragón

Última atualização: 23 agosto, 2022

A inflamação dos ossos costuma ser atribuída à terceira idade. Porém, a artrite pode aparecer em qualquer momento. Pensando nisso, hoje falaremos sobre uma nova forma de tratar a artrite.

Sintomas como a dor crônica ou a deformação da estrutura óssea acompanham desde o momento em que se apresenta.

Não é só um assunto de pessoas idosas, mas pode acontecer com todos, sem importar a idade.

Quando a pessoa sofre deste problema, levar uma vida normal é complicado, já que a dor crônica é muito difícil de suportar.

Tanto é assim que quando esta é muito aguda, há pacientes que terminam desenvolvendo quadros de ansiedade e de depressão bastante complexos.

Isto ocorre porque além das consequências físicas da artrite, poucas pessoas compreendem o problema.

Assim, os doentes se adentram em um sentimento de solidão que os leva a uma tristeza profunda.

Esta situação se agrava quando se é consciente de que não existe uma cura.

Ainda que até o momento não se tenha dado uma solução definitiva, foi descoberta uma nova forma de tratar a artrite que diminuirá a inflamação e melhorará a qualidade de vida das pessoas que convivem dia a dia com ela.

Ela foi publicada na regista Science Translational Medicine.

A universidade Queen Mary encontra uma nova forma de tratar a artrite

Idoso com artrite

O protocolo habitual quando se descobre a doença é receitar medicação. Ao mesmo tempo, os médicos recomendam complementar os fármacos com terapias alternativas.

As mais populares são a homeopatia, a meditação, a aplicação de color e frio, a acupuntura ou as massagens. Todas elas são paliativas, mas em raras ocasiões a dor desaparece completamente.

A equipe de cientistas da universidade de Londres deu um passo adiante com sua nova forma de tratar a artrite.

Até a apresentação de seu estudo, era impossível chegar à cartilagem, onde o problema reside. Porém, este grupo de investidores facilitou o caminho até isso.

Consegue-se graças a “microvesículas” que se deslocam pelas células até chegar à cartilagem. O genial veículo, as microvesículas, são estruturas subcelulares de um tamanho muito pequeno.

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Estas fazem parte das membranas e contêm um fluido. O maravilhoso das mesmas é que costumam estar nos leucócitos que se acumulam especialmente nas articulações das pessoas com diagnóstico de artrite.

Neste sentido, os glóbulos brancos levarão ditas estruturas e suas mais de 300 proteínas até a cartilagem para protegê-la.

A nova forma de tratar a artrite ainda tem margem de melhora

Ossos com artrite

A nova terapia foi testada em ratos com pouco sucesso. Apesar disso, a equipe londrina afirma que as oportunidades que se abrem com a mesma são numerosas.

O seguinte passo seria incluir nas microvesículas outros componentes, como o ômega 3, para enriquecer a cobertura.

Segundo Stephen Simpson, diretor do Arthritis Reasearch UK (Centro de pesquisa sobre a artrite do Reino Unido) e coautor do trabalho, a descoberta nos levará a desenvolver os tratamentos mais eficazes que nunca tivemos, e com muita diferença.

Por outro lado, destaca a vantagem da comodidade de sua aplicação. Os pacientes apenas precisarão de um dia no hospital para que seja feita a transfusão.

Depois, poderão voltar para casa e continuar com suas vidas sem nenhum impedimento. Enquanto isso, o conteúdo introduzido reabilitará o osso.

Trata-se, pois, de uma estratégia que, além de se dirigir para evitar a presença de dores constantes, tem por objetivo reparar os ossos.

Portanto, estamos diante de uma inovação revolucionária que poderia desenhar a antesala para a criação de uma solução curativa.

Para consegui-lo, falta começar com o ensaio clínico em seres humanos. Espera-se que os resultados sejam tão positivos como os obtidos com os roedores.

Joelho com artrite

Conclusão

Se as expectativas se cumprirem, estaremos muito próximos de eliminar uma doença que afeta a milhares de pessoas e que dificulta suas vidas.

Isto demonstra os benefícios de investir em inovação e em saúde.

Os recursos dedicados a este campo não só são bons para os doentes, mas também significam uma economia para os sistemas sanitários, visto que será muito mais fácil atacar e erradicar a doença.


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