Trombose por contraceptivos hormonais

Os contraceptivos hormonais são um método usado em todo o mundo, embora provoquem efeitos adversos. Explicaremos qual é a relação entre o estrogênio e a trombose neste artigo.
Trombose por contraceptivos hormonais

Última atualização: 10 novembro, 2020

Os anticoncepcionais à base de hormônios estão cada vez mais difundidos como método de prevenção da gravidez. Embora seu uso costume ser seguro, é verdade que há dados que revelam que as mulheres que usam contraceptivos hormonais têm um risco aumentado de trombose.

Os contraceptivos hormonais são um tipo de medicamento que previne a gravidez liberando hormônios sexuais no organismo da mulher. Esses hormônios inibem a ovulação durante o ciclo menstrual.

Além disso, eles também agem deixando o muco vaginal mais grosso, dificultando a passagem do esperma. Sua eficácia é bastante alta quando usado de acordo com as diretrizes estabelecidas.

O que são os contraceptivos hormonais?

Existem muitos tipos diferentes de contraceptivos hormonais. Eles podem incluir:

  • Oral: isto é, na forma de pílulas anticoncepcionais.
  • DIU hormonal: um dispositivo que é inserido na entrada do colo do útero da mulher e permanece lá por anos, liberando hormônios.
  • Adesivo: é um tecido adesivo que gruda na pele e libera hormônios.
  • Anel vaginal: é um dispositivo que é inserido na vagina em cada ciclo menstrual e libera hormônios localmente.
  • Implante hormonal: é uma cápsula que é colocada sob a pele e mantida por anos liberando hormônios em cada ciclo.

Como estes não são métodos contraceptivos de barreira, devemos lembrar que eles não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis, apenas previnem a gravidez. Por isso, a recomendação de uso do preservativo permanece.

Preservativo
Ao contrário do preservativo, os contraceptivos hormonais não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis.

O que é a trombose?

Trombose é a formação de um coágulo sanguíneo nas veias profundas do corpo. Acontece especialmente nas pernas. O coágulo pode viajar pela corrente sanguínea até ficar preso em um vaso de menor calibre e prejudicar a circulação sanguínea normal.

Caso este coágulo viaje para os pulmões, fica conhecido como êmbolo, e o resultado será uma embolia pulmonar. Esta é uma situação muito séria, com alta mortalidade para os afetados.

Existem muitos fatores de risco para o desenvolvimento da trombose. Entre os mais proeminentes estão a obesidade e a imobilização.

Após uma operação em que é necessário permanecer prostrado, ou em caso de viagens muito longas, será necessário tomar as precauções necessárias para que a trombose não se desenvolva. Outros fatores de risco incluem tabagismo e gravidez.

Qual é o risco de trombose por contraceptivos hormonais?

Casos de trombose
A formação de uma trombose representa um evento sério que deve ser atendido imediatamente para evitar complicações.

Parece que o estrogênio, um componente-chave dos contraceptivos hormonais, provoca alterações na coagulação sanguínea. É por isso que, diante da exposição prolongada e dos altos níveis desses hormônios, aumenta o risco de coagulação alterada e formação de trombos.

Estima-se que o risco de trombose por contraceptivos seja de 1 em cada 100.000 mulheres que os tomam.

Embora pareça um baixo risco, devemos estar cientes de que geralmente são mulheres jovens e previamente saudáveis, e que há milhões de usuárias de contraceptivos em todo o mundo. Isso se torna mais um fator a ser considerado ao escolher esse tipo de contraceptivo.

No entanto, nem todos os contraceptivos hormonais têm a mesma composição. Cada vez mais contraceptivos estão sendo desenvolvidos, e alguns contêm uma dose menor de estrogênio. Com isso, é possível minimizar esse e outros riscos que esses hormônios representam.

A contracepção hormonal permanece segura

Apesar dessa preocupação com a trombose, os contraceptivos hormonais continuam sendo um método muito seguro para a prevenção da gravidez. Seu uso generalizado e os avanços no desenvolvimento farmacológico os tornam cada vez menos arriscados. No entanto, eles não estão isentos de efeitos colaterais.

Portanto, recomenda-se que, antes de começar a tomar ou usar qualquer tipo de contraceptivo, a mulher consulte um médico. Ele avaliará cada caso e os possíveis fatores de risco associados à decisão, se o uso de contraceptivos for recomendado. Se assim for, ele vai indicar qual formato e composição oferecem um nível de segurança maior.


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