Transtorno do desejo sexual hipoativo em homens
Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte
O transtorno do desejo sexual hipoativo em homens é uma alteração caracterizada quando o indivíduo afetado deixa de sentir necessidades sexuais.
Em situações que anteriormente teriam aumentado sua libido, o homem dificilmente experimenta excitação. O problema se torna aparente quando as dificuldades ocorrem repetidamente e se ele está ou não em um relacionamento.
Nós falaremos sobre alguns dos fatores físicos e psicológicos que ocorrem nesses casos. Claro, a consulta com o especialista será o primeiro passo se os sintomas persistirem.
Conceito e classificação do desejo sexual hipoativo em homens
A mencionada alteração encontra-se amparada em uma redução ou até mesmo absoluta perda da libido por parte do homem. Nesse cenário, o desejo sexual hipoativo aparece em uma de duas formas:
- Primário: neste caso, o homem não sente desejo sexual em relação à sua parceira. Por outro lado, pode sim sentir atração por outras pessoas.
- Secundário: na qual a pessoa afetada não experimenta nenhum tipo de desejo sexual, nem pela parceira nem por ninguém.
Quanto à evolução do transtorno, ela pode se desenvolver de diferentes maneiras:
Como um evento específico, no caso em que o homem teve um desejo sexual normalizado anteriormente em sua vida, ou como uma condição crônica se ele nunca sentiu excitação em termos naturais.
O que causa o transtorno do desejo sexual hipoativo em homens?
Existem várias causas que podem levar ao desejo sexual hipoativo nos homens. Como indica uma revisão dos pesquisadores Eric JH Meuleman e Jacques JDM Van Lankveld, entre os mais frequentes estão, por exemplo:
- Estresse e ansiedade.
- Deficiências hormonais
- Rotina no relacionamento.
- Ingestão de medicamentos, como antidepressivos.
- Certas patologias de tipo endócrino.
No entanto, dada esta variedade de condições e a coexistência comum entre elas, muitas vezes é difícil separar aquelas de origem bastante orgânica daquelas que representam aspectos principalmente psicossociais.
Aconteça o que acontecer, na medida em que seja possível identificar os diferentes fatores envolvidos, a forma de enfrentar o problema também será mais precisa. Vamos agora examinar essas categorias de variáveis separadamente.
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Causas orgânicas
Essas causas correspondem a certas doenças crônicas, como nos rins, fígado, insuficiência cardíaca ou diabetes.
Da mesma forma, certas alterações nos níveis hormonais também influenciam, que se manifestam em maior proporção durante a andropausa. Ou seja, no momento em que a concentração de testosterona (hormônio sexual masculino relacionado ao desejo) começa a diminuir gradativamente com a idade.
Por outro lado, é preciso mencionar que a ingestão continuada de álcool, drogas ou medicamentos está associada, por sua vez, ao transtorno do desejo sexual hipoativo em homens.
Causas psicossociais
Conforme observado em um artigo da psicóloga canadense Lori A. Brotto, o estresse está frequentemente presente em homens que apresentam desejo sexual hipoativo.
Esse é um dos fatores que se torna mais importante, seguido pelos problemas que afetam diretamente o relacionamento, caso o homem esteja se encontre em um.
Nesse sentido, déficits de comunicação, perda de confiança na parceira ou outros conflitos no casal costumam ser os principais motivos.
Outro dos aspectos psicossociais a se considerar referem-se à vivência de experiências traumáticas. Por exemplo, repressão excessiva durante a infância ou ter sofrido abuso sexual.
Por outro lado, outras dificuldades com o sexo, como a ejaculação precoce ou a incapacidade de manter uma ereção, desencadeiam sentimentos de frustração. Às vezes, esse desconforto também inibe a excitação.
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O que fazer para resolver isso?
Como podemos ver, o desejo sexual hipoativo nos homens responde às mais diversas causas. Por este motivo, e se a alteração se manifestar de forma persistente, é prioritário procurar ajuda profissional.
Dependendo das condições que estão sendo exploradas, cada especialista, seja o médico, o sexólogo ou o psicólogo, vai nos dar as orientações adequadas para iniciar um tratamento adequado às circunstâncias.
A solução nesses casos é possível, mas para isso será fundamental reconhecer o problema e solicitar os conselhos necessários para enfrentar a situação.
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- Brotto, L. A., Knudson, G., Inskip, J., Rhodes, K., & Erskine, Y. (2008). Asexuality: A Mixed-Methods Approach. Archives of Sexual Behavior, 39(3), 599–618. https://doi.org/10.1007/s10508-008-9434-x
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