O que é a telemedicina?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A definição mais rápida de telemedicina vem de seu significado etimológico, ou seja, do significado do conceito na própria palavra do idioma grego. O prefixo ‘tele’, proveniente do grego, significa ‘distância’.
Portanto, falar de telemedicina é falar de medicina à distância, mais precisamente da prestação de um serviço vinculado à saúde e praticado à distância. Essa definição abre um vasto leque de situações que podem ser consideradas parte da telemedicina.
Desde uma cirurgia realizada por um robô localizado em uma parte do mundo e comandado por um médico que se encontra fisicamente em outro país, até a simples realização de uma webconferência entre profissionais para a discussão de um caso clínico.
Falando sobre um desses exemplos, a operação de robôs cirúrgicos à distância já é possível desde 2001. Naquela data, foi realizada uma colecistectomia – remoção da vesícula biliar – de um paciente francês através de um dispositivo operado por um médico que se encontrava em Nova York.
Mas, antes disso, a comunicação entre profissionais à distância já era uma prática cotidiana. Devemos considerar que, desde meados da década de 1990, as grandes clínicas e grandes hospitais do mundo já contavam com conexões em tempo real para a análise de casos complexos.
Com a internet presente em larga escala, e atualmente com a presença da internet das coisas (no celular, na televisão, nos veículos), foi acrescentado o conceito de ‘ehealth’. Diferentemente da telemedicina, a ehealth envolve necessariamente o uso da internet como meio para a medicina.
Algumas aplicações da telemedicina
Entre os diferentes usos da telemedicina, temos como exemplos mais relevantes:
Histórico médico eletrônico
Diferentemente do clássico e tradicional histórico médico em papel, o potencial de um registro de paciente em suporte eletrônico é enorme.
Com a telemedicina, abriu-se a possibilidade de armazenar históricos médicos em dispositivos eletrônicos e em nuvens na internet, tornando-os acessíveis de qualquer lugar, inclusive para o paciente, com uma senha em casa. A facilidade desse mecanismo melhora a velocidade do atendimento.
Diagnóstico à distância
Graças à telemedicina, é possível que um paciente e um médico façam uma consulta mesmo localizados em pontos geográficos distantes. Ela também possibilita que a interconsulta entre profissionais se torne fluida. Para regiões geográficas com pouca acessibilidade, é uma forma de melhorar a igualdade no acesso à saúde.
Monitoramento
As ações de controle de parâmetros vitais, como checagem da pressão arterial ou da saturação de oxigênio, não exigem necessariamente que uma pessoa o faça constantemente de forma física.
Com a telemedicina é possível realizar a medição remotamente, economizando recursos e liberando tempo para profissionais, como os enfermeiros, realizarem outras atividades de maior prioridade.
Educação à distância
A formação do recurso humano na área da saúde também se beneficia da telemedicina. Ao contar com uma conexão à internet, é possível assistir a aulas, matérias e até mesmo cursos completos de pós-graduação em qualquer lugar do mundo.
Continue lendo: O uso adequado da internet melhora o seu bem-estar
Vantagens da telemedicina
Agora, vamos discutir quais são, em linhas gerais, as vantagens da aplicação da telemedicina para, em seguida, analisar quais seriam os seus problemas:
- Redução das desigualdades: as conexões remotas tornam possível que o atendimento médico chegue a pessoas geograficamente isoladas, por exemplo.
- Aumento da velocidade: como é possível consultar especialistas em outras partes do planeta em minutos, o tempo para chegar ao diagnóstico é reduzido.
- Maior participação: a telemedicina permite incorporar diferentes visões sobre um processo clínico, e permite fazer isso em tempo real. Assim, é possível enriquecer o caminho em direção à saúde de uma pessoa ou de uma população.
- Estatísticas: o armazenamento eletrônico de históricos médicos, o registro de vacinação em suportes eletrônicos, os relatórios de efeitos adversos que ficam armazenados na nuvem na internet, aumentam a possibilidade de gerar estatísticas quase em tempo real para saber o que está acontecendo com a saúde. Essas estatísticas são a base para a tomada de decisões em questões de saúde pública.
Leia também: Com que frequência é preciso fazer exame de sangue?
Problemas da telemedicina
Agora, vamos ver quais são as dificuldades atuais da telemedicina:
- Privacidade: um grande tema de discussão nessa área é a preservação da confidencialidade dos dados. É importante que os históricos clínicos eletrônicos sejam seguros e que o eixo fundamental da relação entre médico e paciente seja respeitado.
- Ética do atendimento à distância: embora seja realizado por meio de uma teleconferência, o atendimento médico não deixa de ser um ato vinculado à ética dos profissionais. Inclusive, a Associação Médica Mundial tem uma declaração sobre a ética em telemedicina.
- Infraestrutura fraca: embora os países que mais se beneficiariam com as possibilidades da telemedicina sejam os subdesenvolvidos, também é verdade que, devido às suas condições econômicas, não possuem infraestrutura de redes e conexões suficientes para suportar a telemedicina.
- Diferenças culturais: tanto profissionais quanto pacientes estão sujeitos a diferenças. Essas diferenças se relacionam a crenças e práticas habituais de atendimento no âmbito da telemedicina. O processo de adaptação pode ser longo e gerar suspeitas.
Em suma, embora algumas desvantagens tenham sido encontradas, a telemedicina oferece vantagens muito importantes em termos de diagnóstico, informação sobre doenças e educação. Provavelmente, vai continuar evoluindo caminhando lado a lado com a tecnologia.
A definição mais rápida de telemedicina vem de seu significado etimológico, ou seja, do significado do conceito na própria palavra do idioma grego. O prefixo ‘tele’, proveniente do grego, significa ‘distância’.
Portanto, falar de telemedicina é falar de medicina à distância, mais precisamente da prestação de um serviço vinculado à saúde e praticado à distância. Essa definição abre um vasto leque de situações que podem ser consideradas parte da telemedicina.
Desde uma cirurgia realizada por um robô localizado em uma parte do mundo e comandado por um médico que se encontra fisicamente em outro país, até a simples realização de uma webconferência entre profissionais para a discussão de um caso clínico.
Falando sobre um desses exemplos, a operação de robôs cirúrgicos à distância já é possível desde 2001. Naquela data, foi realizada uma colecistectomia – remoção da vesícula biliar – de um paciente francês através de um dispositivo operado por um médico que se encontrava em Nova York.
Mas, antes disso, a comunicação entre profissionais à distância já era uma prática cotidiana. Devemos considerar que, desde meados da década de 1990, as grandes clínicas e grandes hospitais do mundo já contavam com conexões em tempo real para a análise de casos complexos.
Com a internet presente em larga escala, e atualmente com a presença da internet das coisas (no celular, na televisão, nos veículos), foi acrescentado o conceito de ‘ehealth’. Diferentemente da telemedicina, a ehealth envolve necessariamente o uso da internet como meio para a medicina.
Algumas aplicações da telemedicina
Entre os diferentes usos da telemedicina, temos como exemplos mais relevantes:
Histórico médico eletrônico
Diferentemente do clássico e tradicional histórico médico em papel, o potencial de um registro de paciente em suporte eletrônico é enorme.
Com a telemedicina, abriu-se a possibilidade de armazenar históricos médicos em dispositivos eletrônicos e em nuvens na internet, tornando-os acessíveis de qualquer lugar, inclusive para o paciente, com uma senha em casa. A facilidade desse mecanismo melhora a velocidade do atendimento.
Diagnóstico à distância
Graças à telemedicina, é possível que um paciente e um médico façam uma consulta mesmo localizados em pontos geográficos distantes. Ela também possibilita que a interconsulta entre profissionais se torne fluida. Para regiões geográficas com pouca acessibilidade, é uma forma de melhorar a igualdade no acesso à saúde.
Monitoramento
As ações de controle de parâmetros vitais, como checagem da pressão arterial ou da saturação de oxigênio, não exigem necessariamente que uma pessoa o faça constantemente de forma física.
Com a telemedicina é possível realizar a medição remotamente, economizando recursos e liberando tempo para profissionais, como os enfermeiros, realizarem outras atividades de maior prioridade.
Educação à distância
A formação do recurso humano na área da saúde também se beneficia da telemedicina. Ao contar com uma conexão à internet, é possível assistir a aulas, matérias e até mesmo cursos completos de pós-graduação em qualquer lugar do mundo.
Continue lendo: O uso adequado da internet melhora o seu bem-estar
Vantagens da telemedicina
Agora, vamos discutir quais são, em linhas gerais, as vantagens da aplicação da telemedicina para, em seguida, analisar quais seriam os seus problemas:
- Redução das desigualdades: as conexões remotas tornam possível que o atendimento médico chegue a pessoas geograficamente isoladas, por exemplo.
- Aumento da velocidade: como é possível consultar especialistas em outras partes do planeta em minutos, o tempo para chegar ao diagnóstico é reduzido.
- Maior participação: a telemedicina permite incorporar diferentes visões sobre um processo clínico, e permite fazer isso em tempo real. Assim, é possível enriquecer o caminho em direção à saúde de uma pessoa ou de uma população.
- Estatísticas: o armazenamento eletrônico de históricos médicos, o registro de vacinação em suportes eletrônicos, os relatórios de efeitos adversos que ficam armazenados na nuvem na internet, aumentam a possibilidade de gerar estatísticas quase em tempo real para saber o que está acontecendo com a saúde. Essas estatísticas são a base para a tomada de decisões em questões de saúde pública.
Leia também: Com que frequência é preciso fazer exame de sangue?
Problemas da telemedicina
Agora, vamos ver quais são as dificuldades atuais da telemedicina:
- Privacidade: um grande tema de discussão nessa área é a preservação da confidencialidade dos dados. É importante que os históricos clínicos eletrônicos sejam seguros e que o eixo fundamental da relação entre médico e paciente seja respeitado.
- Ética do atendimento à distância: embora seja realizado por meio de uma teleconferência, o atendimento médico não deixa de ser um ato vinculado à ética dos profissionais. Inclusive, a Associação Médica Mundial tem uma declaração sobre a ética em telemedicina.
- Infraestrutura fraca: embora os países que mais se beneficiariam com as possibilidades da telemedicina sejam os subdesenvolvidos, também é verdade que, devido às suas condições econômicas, não possuem infraestrutura de redes e conexões suficientes para suportar a telemedicina.
- Diferenças culturais: tanto profissionais quanto pacientes estão sujeitos a diferenças. Essas diferenças se relacionam a crenças e práticas habituais de atendimento no âmbito da telemedicina. O processo de adaptação pode ser longo e gerar suspeitas.
Em suma, embora algumas desvantagens tenham sido encontradas, a telemedicina oferece vantagens muito importantes em termos de diagnóstico, informação sobre doenças e educação. Provavelmente, vai continuar evoluindo caminhando lado a lado com a tecnologia.
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- Wootton. Twenty years of telemedicine in chronic disease management – an evidence synthesis. J Telemed Telecare, 18 (2012), pp. 211-220.
- Roca, Olga Ferrer. Telemedicina. Ed. Médica Panamericana, 2001.
- Mahtani Chugani, R.L. Martín Fernández, E. Soto Pedre, V. Yanes López, P. Serrano Aguilar. Implantación de programas de telemedicina en la sanidad pública de España: Experiencia desde la perspectiva de clínicos y decisores. Gac Sanit, 23 (2009), pp. 223-229
- Ibáñez, Carlos Ruiz, Ángela Zuluga de Cadena, and Andrés Trujillo Zea. “Telemedicina: introducción, aplicación y principios de desarrollo.” Ces Medicina 21.1 (2007).
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.