Sonda de Foley: usos e técnicas

A Sonda de Foley também é conhecida como cateter urinário. É um tubo que permite a saída da urina desde a bexiga até uma bolsa de drenagem.
Sonda de Foley: usos e técnicas
Nelton Abdon Ramos Rojas

Escrito e verificado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas.

Última atualização: 11 agosto, 2022

A sonda de Foley é um tipo de cateter flexível empregado para drenar a urina da bexiga ao exterior. Por esse motivo também é conhecida como sonda urinária ou sonda vesical.

O material do tubo geralmente é de látex o que brinda mais comodidade ao paciente. Entretanto, se a pessoa for alérgica ao látex, pode empregar-se outro tipo de plástico que permita manter a esterilidade da sonda para evitar assim, infecções.

Como mera curiosidade, essas sondas devem seu nome ao Dr. Foley, um cirurgião americano. Aliás, como explicaremos mais adiante, são utilizadas com muita frequência em procedimentos médicos.

Qual é o formato da sonda de Foley?

Dor por infecção urinária

A sonda de Foley se introduz pela uretra para chegar até a bexiga, motivo pelo qual se trata de um tubo que deve se adaptar a diferentes medidas. Por isso existem variedades para crianças, mulheres e homens.

Há também diferentes calibres de espessura para que se adapte melhor às particularidades da anatomia de cada paciente.

Então, de acordo com tudo isso, encontramos uma escala que serve para descrever o tamanho dos cateteres. Trata-se de uma escala francesa chamada de Charrière (nome de seu fabricante) onde uma unidade equivale a 0,33 mm.

O número de unidades Charrière equivale ao tamanho da circunferência do cateter em milímetros. Quer dizer, com o número de unidades Cherrière (representadas com o símbolo F) podemos saber o diâmetro da sonda e, portanto, da uretra.

Apesar da variedade de tamanhos de sondas, todas têm em comum o fato de incorporar ao tubo um balão inflável. No momento de sua introdução o balão não está insuflado.

O balão é crucial para que a sonda de Foley funcione corretamente já que é o único elemento que permite que a sonda não se desloque ou saia.

Qual é a técnica de colocação da sonda de Foley?

Antes de passar à colocação é necessário comprovar que a sonda não esteja defeituosa. Hoje em dia os fabricantes realizam controles de qualidade muito estritos. Entretanto,  pode acontecer que de vez em quando haja algum problema com a sonda por estar defeituosa.

Para comprovar que a sonda funcione se deve introduzir água estéril através da válvula do balão. Se notarmos que o balão se infla e não há vazamentos de água, então se pode proceder à colocação da sonda no paciente.

O paciente deve estar com a área genital perfeitamente lavada e limpa. Com a ajuda de um pouco de lubrificante se introduz com muito cuidado a sonda através da uretra. Para facilitar a entrada do tubo à bexiga se pode fazer pressão abdominal mediante manobras de respiração ou simulando o ato de urinar.

Uma vez que o tubo já está alojado na bexiga se infla o balão para evitar que a sonda saia. Com a ajuda de uma seringa se infla o balonete com ar ou com água estéril através da válvula.

Finalmente, conecta-se a válvula do próprio cateter a uma bolsa para que a urina seja armazenada. Para facilitar a medição do volume de líquido geralmente há marcas de graduação em milímetros na bolsa coletora.

Para que se utiliza?

Sonda de Foley para problemas de próstata

As indicações mais frequentes para o uso da sonda de Foley são:

  • Incontinência urinária: é típico em idosos e em pacientes que tenham sofrido danos neurológicos onde os nervos responsáveis pela micção deixam de cumprir sua função.
  • Qualquer situação que impeça o esvaziamento completo da bexiga: é o caso do câncer de próstata.
  • Pacientes que tenham passado por uma intervenção cirúrgica e haja que controlar o volume de urina eliminado.

Quais são os inconvenientes da sonda?

O principal problema na hora de usar a sonda de Foley é o risco de infecção na urina. O cateter não deixa de ser um corpo estranho situado em uma área onde pode haver bactérias vindas da parte externa dos genitais ao interior da bexiga. Por isso é necessário prestar especial cuidado à higiene íntima do paciente.

Aliás, é importante evitar que a bolsa de drenagem se estrangule para que o fluxo de urina não se interrompa e se acumule de forma retrógrada. Uma maneira simples de evitar isso é fixar o cateter com fita adesiva ao músculo. Se o paciente estiver em cama, deixe a bolsa coletora debaixo da cama para que a urina flua a favor da gravidade.


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