Sintomas de câncer de orofaringe para conhecer
O câncer de orofaringe não se associa apenas ao hábito do tabaco. Esta doença localizada na boca, língua, palato e faringe está relacionada também com os raios solares e com o vírus do papiloma humano (VPH).
Cabe dizer que, apesar de que este tipo de câncer não tem uma alta incidência, aparece sobretudo a partir dos 50 anos.
À medida que aumenta a expectativa de vida também se eleva a aparição desta enfermidade que, de maneira geral, é mais comum nos homens.
É importante conhecer seus sintomas iniciais, principalmente porque podem ser confundidos com simples herpes, aftas ou uma infecção bucal, coisas que todos já tivemos alguma vez.
O problema se complica mais nos não fumantes. Quando falamos do câncer de orofaringe, muita gente logo o associa apenas a pessoas fumantes.
Entretanto, fumantes ou não, todos nós temos probabilidade de sofrer com essa doença.
É então vital dispormos de adequada informação para nos advertirmos de seus sintomas na fase mais inicial.
Sintomas do câncer de orofaringe
A grande maioria dos cânceres de orofaringe iniciam na forma de carcinomas.
Os carcinomas são um tipo muito específico de células em formato de escamas pequenas e planas. Não são apenas simples feridas, simples aftas.
É habitual que as pessoas com um sistema imunológico debilitado, acostumadas a terem infecções bucais, feridas ou sangramentos de gengiva, por exemplo, não percebam essa sintomatologia previa associada a esta enfermidade.
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Em seguida, é através de uma biopsia que se determina e confirma a presença deste tipo de doença oncológica.
Vejamos agora os principais sintomas.
Mudanças físicas na boca
- O sintoma mais inicial do câncer de orofaringe é o desenvolvimento de pequenas feridas que nunca se curam.
- Por outro lado, também é habitual a aparição de manchas vermelhas ou brancas tanto na área da língua, na gengiva ou, inclusive, nos cantos dos lábios.
- É importante estar consciente de que qualquer mudança não habitual que não melhore com o passar dos dias, um médico deve ser consultado.
Pequenas moléstias que se agravam com o tempo
Outra das características mais habituais do câncer de orofaringe é a dor ao mastigar ou tragar. As pessoas que possuem dentadura postiça notam que, de um dia para o outro, suas próteses machucam, causam sangramentos e dor.
- Até falar pode ser algo doloroso.
- Mover a língua ou, inclusive, só com um toque na mandíbula aparece a dor, a moléstia persistente.
- Além disso, a dor pode se irradiar até os ouvidos.
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A sensação de ter “um nódulo” na garganta
Essa dificuldade para engolir, a sensação de ter sempre esse ardor tão habitual nas amígdalas ou, inclusive, chegar a tossir sangue em alguns casos, é algo que jamais deve ser descartado.
- Cabe dizer, no entanto, que muitas vezes estas moléstias podem acontecer devido a algo sem importância e, inclusive, que esse tumor que se desenvolveu na área da faringe seja benigno.
- O mais importante é encontrar um diagnóstico cedo e, para isso, é preciso estar atento a essas mudanças.
Perda de peso inexplicável
A maioria das enfermidades oncológicas inicia com perda de peso. No caso do câncer de orofaringe, é comum que a pessoa deixe de ter fome e, inclusive, não consiga mastigar de maneira normal.
Além disso, o sistema imunológico sempre está com as defesas baixas e isso fará, sem dúvida, que se vá perdendo peso pouco a pouco.
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Podemos prevenir o câncer de orofaringe?
Como geralmente comentamos, nenhuma enfermidade pode ser prevenida em 100%.
É possível, contudo, controlar seus desencadeantes para reduzir assim sua aparição, na medida do possível.
Este tipo de câncer associa-se a diversos fatores:
- O tabaco
- O álcool
- O vírus do papiloma humano (VPH). O tipo associado com o câncer de garganta (incluindo o câncer de orofaringe) é o VPH16.
- A luz ultravioleta. O câncer de lábios, por exemplo, é mais comum nas pessoas que trabalham ao ar livre e que, portanto, estão mais expostos à luz solar.
- Má alimentação e sistema imunológico debilitado.
- Enfermidades genéticas como a Anemia de Fanconi.
Conhecendo seus desencadeantes, seria interessante que, sem obsessões, nos limitássemos a cuidar dos nossos hábitos de vida.
Por exemplo, deixar de fumar, comer de forma variada e equilibrada, assim como utilizar protetores solares para a pele e para os lábios, nunca será demais.
Por fim, o mais importante nestes casos é não ter medo. Não temer, por exemplo, assim como manter a consulta com o médico para que faça uma simples exploração.
Vale a pena ser uma pessoa precavida e lembrar sempre que a saúde nunca deve ficar em segundo plano.
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